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30/09/2003 - 04h07

Depoimentos inéditos atestam universalidade de Chaplin

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PEDRO BUTCHER
crítico da Folha de S.Paulo

Quando foi convidado para coordenar a coleção de Chaplin em DVD, Serge Toubiana teve a idéia de produzir a série "Chaplin Hoje", um conjunto de documentários curtos que comprovasse a universalidade e a atualidade do cineasta para além dos clichês.

Com 26 minutos cada, os documentários, incluídos nos DVDs, trazem depoimentos de cineastas consagrados. No primeiro volume, o italiano Bernardo Bertolucci comenta "Luzes da Ribalta", os belgas Luc e Pierre Dardenne falam de "Tempos Modernos", e Idrissa Ouedraogo, africano de Burkina Faso, dá seu testemunho sobre "Em Busca do Ouro". Apenas "O Grande Ditador" foge ao formato, pois é acompanhado pelo longa "O Vagabundo e o Ditador", que faz um paralelo entre as vidas de Hitler e Chaplin.

Os próximos volumes reforçam a busca por visões de culturas diversas, com depoimentos do iraniano Abbas Kiarostami ("O Garoto"); do iugoslavo Emir Kusturica ("O Circo"), do francês Claude Chabrol ("Monsieur Verdoux"); do inglês Peter Lord (diretor da animação "A Fuga das Galinhas", que fala de "Luzes da Cidade"), do americano Jim Jarmusch ("Um Rei em Nova York") e da norueguesa Liv Ullmann ("Casamento ou Luxo").

Toubiana, em entrevista à Folha, apontou um elemento em comum aos depoimentos: "Todos revelam um prazer imenso. Chaplin é um tesouro da infância, é como se todos devêssemos a ele um pouco da nossa felicidade".

O crítico descreve, por exemplo, o entusiasmo dos irmãos Dardenne ("Rosetta", Palma de Ouro em Cannes em 99) ao falar de "Tempos Modernos": "Além de demonstrar como o filme foi importante para suas formações, eles fazem um paralelo com 'Rosetta', principalmente sobre o problema do trabalho na sociedade atual".

Ao convidar Kiarostami, Toubiana descobriu que Carlitos é o único estrangeiro nos imensos murais pintados em Teerã. Já Ouedraogo, que também fez um filme sobre o garimpo ("Obi", de 1991), narra sua alegria ao ter visto "Em Busca do Ouro" e a compartilha exibindo o filme para crianças da sua região natal. "Para Chaplin, os sentimentos são mais importantes que tudo, e sentimentos são universais", diz.

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