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31/10/2003 - 06h22

Com CD lançado no país, The Rapture toca hoje no Rio

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LÚCIO RIBEIRO
colunista da Folha

Imediatamente antes de Jack White ligar sua guitarra para mostrar com quanto barulho e energia se faz um show imperdível do White Stripes, a banda Rapture vai estar sacudindo o palco principal do TIM Festival para mostrar com quanta confusão se constrói um dos mais interessantes atos da nova música.

Rapture, uma das obrigatórias atrações de hoje do festival carioca, é mesmo uma confusão só. Punk funk, disco punk, retropop, electrodisco, neo-pós-punk, neogótico art-rock, garagem. É difícil enquadrar em um estilo. É um grupo de vanguarda, mas baseia seu som na cena americana e inglesa dos anos 80. É rock, mas seu nome ganhou da revista de eletrônica "Jockey Slut" a extensão "banda mais importante hoje".

Serve poderosos combustíveis dançantes para as pistas eletrônicas, mas recebeu do jornal britânico "The Observer" um elogio absurdo. Saiu escrito na publicação inglesa que a canção "House of Jealous Lovers", hit absoluto do Rapture, veio para chacoalhar o estado de coisas na música pop assim como ocorreu com "Smells like Teen Spirit" (Nirvana), nos anos 90, e antes, "Blue Monday", do New Order, nos 80.

"Eu adoro cada uma das definições que imputam ao Rapture. Mas também sou confuso na hora de apontar qual se ajusta mais ao som da banda. Acho que fazemos tudo isso aí mesmo: punk, funk, rock. Se bem que o meu rótulo preferido, alguém escreveu, é 'disco inferno'", afirma à Folha, de Nova York, um dos vocalistas e o baixista do grupo, Mattie Safer, que é também um dos tecladistas.

"Às vezes a gente se atrapalha para compor uma música porque temos a idéia, mas nos confundimos na hora de saber qual instrumento tocar. O Rapture é mesmo bagunçado!"

Safer tem uma função vital no som do Rapture. Seu pujante baixo é às vezes mais alto do que as guitarras e leva o som da grupo a se chocar com bandas como Cure, Gang of Four e PIL, lá nos anos 80. Quando entra o vocal gritado e por vezes histérico de Luke Jenner, então, o Rapture "É" o Cure, Gang of Four e PIL, tudo junto e carregado de modernidade.

"É, por mais que a gente olhe para a frente na hora de compor, essas bandas surgem como fortes influências, infectando nossas músicas. Mas citaria também Beatles e hip hop", explica Safer, complicando ainda mais.

Já disponível no Brasil, o disco do Rapture, o monumental "Echoes", foi lançado nos EUA no último dia 21. Uma semana depois, era computado como o segundo disco de "novos artistas" mais vendido no país.

Muito antes de "Echoes", o Rapture ganhou fama levando todo mundo para dançar com "House of Jealous Lovers", que apareceu como single no verão do ano passado. Virou a música obrigatória na bolsa de qualquer DJ decente. Foi considerada a canção mais alto astral das pistas no verão (eles falam "feel good hit of the summer"), como se o verão do ano passado durasse até hoje.

"Não há nenhuma casa dos amantes ciumentos. Fizemos a música numa sessão, buscando batidas legais combinando com uma guitarra estridente. Na hora de botar a letra, essas palavras 'house', 'jealous' e 'lovers' eram as que mais se encaixavam", afirma.

A gostosa confusão do Rapture vai estar à prova hoje no TIM Festival. Simples assim.

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