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30/11/2003
-
08h54
colunista da Folha
Alarmado com a desinformação e o despreparo de modelos adolescentes, o ginecologista Vinícius Paula de Almeida, 32, se dispôs a atender de graça algumas dessas meninas.
A agência Mega já solicitou seus serviços 38 vezes para o atendimento de modelos em início de carreira. E a que conclusão ele chegou? "Falta informação e prevenção", diz.
Folha - Como estava a saúde das modelos da Mega?
Almeida - Entre todas, 98% apresentavam o indício de algum problema patológico; 76% já eram sexualmente ativas, 69% não haviam realizado o papanicolau nos últimos 12 meses, só 35% usavam camisinha em todas as relações sexuais e 22% já haviam provocado abortos. Eu as examino, medico e elas desaparecem. Sessenta e sete por cento delas não voltaram mais.
Folha - Quantas modelos da Mega você já atendeu?
Almeida - Trinta e oito. Mesmo sem cobrar consulta, acho que as agências não as têm estimulado a passar no consultório. Não é uma preocupação da agência.
Folha - Já atendeu alguma modelo adolescente grávida?
Almeida - Grávida, não. Mas, durante a conversa que eu tenho com elas, algumas se referem a aborto.
Folha - E isso pode ser uma imposição da profissão? Elas podem receber alguma orientação no próprio local de trabalho?
Almeida - Eu não tenho essa informação. O nome dos medicamentos que abortam é de conhecimento público. Acredito que uma acaba falando para a outra.
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Alarmado com a desinformação e o despreparo de modelos adolescentes, o ginecologista Vinícius Paula de Almeida, 32, se dispôs a atender de graça algumas dessas meninas.
A agência Mega já solicitou seus serviços 38 vezes para o atendimento de modelos em início de carreira. E a que conclusão ele chegou? "Falta informação e prevenção", diz.
Folha - Como estava a saúde das modelos da Mega?
Almeida - Entre todas, 98% apresentavam o indício de algum problema patológico; 76% já eram sexualmente ativas, 69% não haviam realizado o papanicolau nos últimos 12 meses, só 35% usavam camisinha em todas as relações sexuais e 22% já haviam provocado abortos. Eu as examino, medico e elas desaparecem. Sessenta e sete por cento delas não voltaram mais.
Folha - Quantas modelos da Mega você já atendeu?
Almeida - Trinta e oito. Mesmo sem cobrar consulta, acho que as agências não as têm estimulado a passar no consultório. Não é uma preocupação da agência.
Folha - Já atendeu alguma modelo adolescente grávida?
Almeida - Grávida, não. Mas, durante a conversa que eu tenho com elas, algumas se referem a aborto.
Folha - E isso pode ser uma imposição da profissão? Elas podem receber alguma orientação no próprio local de trabalho?
Almeida - Eu não tenho essa informação. O nome dos medicamentos que abortam é de conhecimento público. Acredito que uma acaba falando para a outra.
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