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10/01/2004 - 02h23

Filósofo Norberto Bobbio tinha 50 livros de política e direito

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da Folha de S.Paulo

Um dos principais filósofos políticos do século 20, o italiano Norberto Bobbio, morto ontem, aos 94 anos, por problemas respiratórios e cardíacos, era professor emérito da Universidade de Turim.

Autor de mais de 50 livros, boa parte deles publicados no Brasil, Bobbio estava lúcido e encerrou sua bibliografia com reflexões sobre sua vida e sobre a velhice.

Senador vitalício desde 1984, o autor de livros de impacto, como "Direita e Esquerda", tinha como principais matrizes de sua obra a discussão da guerra e da paz, os direitos humanos e a democracia.

Suas posições políticas chegaram a levá-lo ao cárcere na juventude. Por sua atuação anti-fascista, Bobbio foi preso em 1935.

"Iluminista pessimista", como se auto-definia, deixara de opinar sobre política nos últimos anos. Nas últimas manifestações, repudiou a vitória de Silvio Berlusconi para o comando de seu país.

No Brasil, o pensador foi tema de nota do presidente do PT, José Genoino, que o qualificou como "grande fonte de inspiração de toda a esquerda democrática".

Amigo e entusiasta de sua obra, o ex-chanceler Celso Lafer, que esteve com Bobbio no dia 30 de novembro, disse à Folha que o filósofo foi "dos grandes intelectuais da segunda metade do século 20". "Pela clareza da sua reflexão, pelo uso e combinação dos conceitos e pela discussão que fez sobre a relação entre democracia, direitos humanos e paz, exerceu grande magistério de influência."

Bobbio, que havia perdido a mulher em 2001, deixou filhos, netos e bisnetos. Seu enterro será na segunda, em Turim.

Com agências internacionais

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