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08/03/2004
-
09h23
FABIO CYPRIANO
da Folha de S.Paulo
O curador Nelson Aguilar será o responsável por selecionar o representante brasileiro na 26ª Bienal de São Paulo, programada para ser aberta no dia 25 de setembro. Convidado pelo curador geral da mostra, o alemão Alfons Hug, Aguilar aceitou a missão na última sexta-feira. A Bienal de São Paulo, a exemplo da de Veneza, é das únicas mostras a manter a representação nacional em sua configuração.
Ao contrário das edições mais recentes da Bienal, que apresentavam um amplo time de brasileiros --na versão mais recente, de 2002, Agnaldo Farias indicou 23 artistas para a seleção nacional--, a exposição deste ano terá apenas um representante do país. "É melhor concentrar", defende Hug.
A escolha de Aguilar, responsável pela 22ª e 23ª Bienal de São Paulo, pelo curador alemão é bastante óbvia. "Temos uma relação de trabalho há mais de dez anos. Começamos em 1992, quando Aguilar me convidou para fazer uma palestra na Bienal. Além do mais, ele é um profundo conhecedor da arte contemporânea", diz Hug. Foi o próprio Aguilar, em 2001, após a crise desencadeada na Fundação Bienal com a saída de Ivo Mesquita à frente da 25ª mostra, quem indicou Hug para o papel central da Bienal. No ano passado, Aguilar foi o curador da 4ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, e levou Hug como responsável por um dos segmentos da mostra denominado "O Delírio de Chimborazo".
Mais brasileiros
O nome do representante nacional ainda não está definido por Aguilar. Entretanto, já é certo que a 26ª Bienal terá 15 brasileiros na mostra principal, escolhidos pelo próprio Hug, nem todos já determinados. O último nome a entrar para a lista foi o da carioca Beatriz Milhazes que, junto com Rosângela Rennó, representou o país na Bienal de Veneza do ano passado.
A seleção de Hug parte de um critério geográfico. São cinco artistas por São Paulo, cinco pelo Rio e os outros cinco pelo restante do país. Os outros artistas já anunciados são: por São Paulo, Caio Reisewitz, Paulo Climachauska, Laura Vinci e Fabiano Marques, pelo Rio, Lívia Flores e Cabelo, pelo Recife, Paulo Bruscky.
A 26ª Bienal de São Paulo tem como tema "Território Livre" e será uma mostra econômica, perto das edições anteriores. A exposição apresentará 85 artistas na mostra temática, cerca de 60 nas representações nacionais, totalizando 165, 35 a menos que na 25ª Bienal.
Outra novidade dessa edição é que as salas especiais, que substituíram os tradicionais núcleos históricos --artistas já com grande projeção, como o russo Kasimir Malévitch (1878-1935), exposto na 22ª Bienal de SP, e os espanhóis Goya (1746-1828) e Picasso (1881-1973), exibidos na 23ª--, também estarão incluídas na mostra principal. Dos dez artistas programados para o segmento, seis já estão definidos: o pintor belga Luc Tuymans, o pintor chileno Eugenio Dittborn, os chineses Cai Guo Chang e Huang Yong Ping, o fotógrafo alemão Thomas Struth e o brasileiro Artur Barrio.
Hug pretende ressaltar a pintura na 26ª edição da Bienal e dar menos destaque ao vídeo. Por isso, a montagem da exposição terá um reduzido número de espaços fechados. "Espero permitir que haja uma circulação bastante ampla e um diálogo entre as obras e o parque Ibirapuera", conta o curador.
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da Folha de S.Paulo
O curador Nelson Aguilar será o responsável por selecionar o representante brasileiro na 26ª Bienal de São Paulo, programada para ser aberta no dia 25 de setembro. Convidado pelo curador geral da mostra, o alemão Alfons Hug, Aguilar aceitou a missão na última sexta-feira. A Bienal de São Paulo, a exemplo da de Veneza, é das únicas mostras a manter a representação nacional em sua configuração.
Ao contrário das edições mais recentes da Bienal, que apresentavam um amplo time de brasileiros --na versão mais recente, de 2002, Agnaldo Farias indicou 23 artistas para a seleção nacional--, a exposição deste ano terá apenas um representante do país. "É melhor concentrar", defende Hug.
A escolha de Aguilar, responsável pela 22ª e 23ª Bienal de São Paulo, pelo curador alemão é bastante óbvia. "Temos uma relação de trabalho há mais de dez anos. Começamos em 1992, quando Aguilar me convidou para fazer uma palestra na Bienal. Além do mais, ele é um profundo conhecedor da arte contemporânea", diz Hug. Foi o próprio Aguilar, em 2001, após a crise desencadeada na Fundação Bienal com a saída de Ivo Mesquita à frente da 25ª mostra, quem indicou Hug para o papel central da Bienal. No ano passado, Aguilar foi o curador da 4ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, e levou Hug como responsável por um dos segmentos da mostra denominado "O Delírio de Chimborazo".
Mais brasileiros
O nome do representante nacional ainda não está definido por Aguilar. Entretanto, já é certo que a 26ª Bienal terá 15 brasileiros na mostra principal, escolhidos pelo próprio Hug, nem todos já determinados. O último nome a entrar para a lista foi o da carioca Beatriz Milhazes que, junto com Rosângela Rennó, representou o país na Bienal de Veneza do ano passado.
A seleção de Hug parte de um critério geográfico. São cinco artistas por São Paulo, cinco pelo Rio e os outros cinco pelo restante do país. Os outros artistas já anunciados são: por São Paulo, Caio Reisewitz, Paulo Climachauska, Laura Vinci e Fabiano Marques, pelo Rio, Lívia Flores e Cabelo, pelo Recife, Paulo Bruscky.
A 26ª Bienal de São Paulo tem como tema "Território Livre" e será uma mostra econômica, perto das edições anteriores. A exposição apresentará 85 artistas na mostra temática, cerca de 60 nas representações nacionais, totalizando 165, 35 a menos que na 25ª Bienal.
Outra novidade dessa edição é que as salas especiais, que substituíram os tradicionais núcleos históricos --artistas já com grande projeção, como o russo Kasimir Malévitch (1878-1935), exposto na 22ª Bienal de SP, e os espanhóis Goya (1746-1828) e Picasso (1881-1973), exibidos na 23ª--, também estarão incluídas na mostra principal. Dos dez artistas programados para o segmento, seis já estão definidos: o pintor belga Luc Tuymans, o pintor chileno Eugenio Dittborn, os chineses Cai Guo Chang e Huang Yong Ping, o fotógrafo alemão Thomas Struth e o brasileiro Artur Barrio.
Hug pretende ressaltar a pintura na 26ª edição da Bienal e dar menos destaque ao vídeo. Por isso, a montagem da exposição terá um reduzido número de espaços fechados. "Espero permitir que haja uma circulação bastante ampla e um diálogo entre as obras e o parque Ibirapuera", conta o curador.
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