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19/03/2004
-
12h07
LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador
O presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Geraldo Majella Agnelo, disse ontem que os católicos devem assistir ao filme "A Paixão de Cristo", de Mel Gibson, que tem estréia prevista para hoje.
"O filme é um retrato fiel da Bíblia. São cenas que estão no Evangelho. O sofrimento de Jesus é muito grande. Porém não há nenhum exagero nas cenas", disse.
Dom Geraldo Majella Agnelo disse também que a obra de Mel Gibson não faz a propagação do anti-semitismo. "Cristo morreu por causa do pecado. E onde está o pecado? O pecado está no povo. É claro que também houve a contribuição dos judeus para a morte de Cristo", acrescentou.
Para lembrar que não se pode responsabilizar o povo judeu como um todo pela morte de Cristo, o cardeal primaz do Brasil usou o episódio do embarque da delegação do Corinthians para Fortaleza, ocorrido na última terça-feira em São Paulo.
"Alguns torcedores jogaram ovos nos jogadores do Corinthians, o que não quer dizer que todos os corintianos são favoráveis a essa atitude. O mesmo podemos dizer dos judeus. Alguns judeus participaram da morte de Cristo, mas não podemos generalizar", disse.
Segundo o cardeal, a obra de Gibson, que retrata as últimas horas de Cristo, tem a intenção de "mostrar o sofrimento no mundo" e não tem exagero nas cenas violentas. "O que existe é muito sofrimento, muita angústia. As pessoas que assistirem ao filme vão se aprofundar um pouco mais na história de Jesus."
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Presidente da CNBB diz que "A Paixão de Cristo" é "fiel à Bíblia"
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da Agência Folha, em Salvador
O presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Geraldo Majella Agnelo, disse ontem que os católicos devem assistir ao filme "A Paixão de Cristo", de Mel Gibson, que tem estréia prevista para hoje.
"O filme é um retrato fiel da Bíblia. São cenas que estão no Evangelho. O sofrimento de Jesus é muito grande. Porém não há nenhum exagero nas cenas", disse.
Dom Geraldo Majella Agnelo disse também que a obra de Mel Gibson não faz a propagação do anti-semitismo. "Cristo morreu por causa do pecado. E onde está o pecado? O pecado está no povo. É claro que também houve a contribuição dos judeus para a morte de Cristo", acrescentou.
Para lembrar que não se pode responsabilizar o povo judeu como um todo pela morte de Cristo, o cardeal primaz do Brasil usou o episódio do embarque da delegação do Corinthians para Fortaleza, ocorrido na última terça-feira em São Paulo.
"Alguns torcedores jogaram ovos nos jogadores do Corinthians, o que não quer dizer que todos os corintianos são favoráveis a essa atitude. O mesmo podemos dizer dos judeus. Alguns judeus participaram da morte de Cristo, mas não podemos generalizar", disse.
Segundo o cardeal, a obra de Gibson, que retrata as últimas horas de Cristo, tem a intenção de "mostrar o sofrimento no mundo" e não tem exagero nas cenas violentas. "O que existe é muito sofrimento, muita angústia. As pessoas que assistirem ao filme vão se aprofundar um pouco mais na história de Jesus."
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