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20/03/2004 - 04h48

Autores lembram golpe de 64 em textos inéditos

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SYLVIA COLOMBO
editora do Folhateen

Naquela manhã de 1945, em que explodiu a bomba de Hiroshima, um japonês acordou, foi até o banheiro, abriu a torneira e, desconfiado de que aquele seu simples gesto poderia ter detonado um mecanismo infernal, morreu.

É assim que Carlos Heitor Cony, 78, ironiza os relatos pessoais que se posicionam como eixo da história de determinado episódio. Comparando-se ao assombrado japonês da anedota, o escritor e colunista da Folha diz que até hoje não compreendeu direito a "explosão" histórica que testemunhou, o golpe militar de 1964.

Como cronista do diário carioca "Correio da Manhã", Cony foi um crítico duro do regime que se impôs no país a partir da noite de 31 de março daquele ano. "Muitos acharam que seria algo passageiro, de correção da ordem, e apoiaram. Mas eu já sabia que a coisa ia piorar e que iria durar", diz.

O "making of" desses já históricos textos está em "A Revolução dos Caranguejos", que integra a coleção "Vozes do Golpe", lançada agora pela Companhia das Letras. Já as crônicas propriamente ditas estão em "O Ato e o Fato", livro de 1964 que agora é devolvido às prateleiras pela Objetiva.

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