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28/03/2004 - 04h42

TVs copiam o "modelo Globo" na indústria cinematográfica

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LAURA MATTOS
da Folha de S.Paulo

As investidas da Record e da Band na indústria cinematográfica inspiram-se no modelo da Globo Filmes. O braço cinematográfico do grupo, criado em 1998, utiliza a estrutura da TV (comerciais, programas, elenco, diretores) e tem hoje sua marca em nove das dez maiores bilheterias.

O lucro da Globo não é exatamente financeiro. Ela valoriza seus artistas e sua imagem de "defensora da cultura brasileira". Vamos a um exemplo: "Xuxa e os Duendes", da produtora de Diler Trindade. O longa teve custo de R$ 5,8 mi. Captou R$ 3,7 mi por leis de incentivo, e os outros R$ 2,1 mi, com investidores. Nada veio da Globo Filmes, que entrou com divulgação. O filme teve renda bruta de R$ 11,6 milhões, e a Globo ficou com R$ 250 mil.

Por enquanto, a Record Filmes não tem registro em cartório nem é um departamento formalmente criado na TV. A negociação de "Eliana" foi feita com Dennis Munhoz, presidente da TV, e o bispo Honorilton Gonçalves, superintendente-executivo e de produção, da Igreja Universal.

Quem toca o projeto da Band Filmes é Cláudio Petraglia, 73, diretor-geral da rede no Rio, um dos produtores do lendário seriado "Vigilante Rodoviário". "Estávamos tocando a idéia da Band Filmes há um ano, mas agora ela tomou forma. O momento é favorável, o preconceito do público com filmes nacionais está acabando", disse Petraglia à Folha de S.Paulo.

Segundo ele, a Band investirá em títulos populares e numa linha voltada ao público mais "intelectualizado". "O filme não precisa ser lucrativo financeiramente. O importante é ter ganho à imagem da Band." Por trás dessa empreitada está também a intenção de evitar que o governo crie uma lei obrigando a TV a doar parte de seu lucro ao cinema.

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