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09/05/2004
-
17h18
GUILHERME GORGULHO
enviado especial a Curitiba
A segunda edição do Curitiba Pop Festival, que terminou na madrugada deste domingo na capital paranaense com a aguardada apresentação dos Pixies, marcou definitivamente a entrada do festival no calendário de shows do país como o maior evento da música alternativa do Brasil.
Com exceção de problemas iniciais na venda de ingressos para o festival --a grande procura por bilhetes congestionou o site de compras na internet e irritou o público-- , tudo transcorreu bem no evento.
Desde a decisão de transferir os shows da Ópera de Arame para a vizinha Pedreira Paulo Leminski-- o que aumentou a capacidade de público diário do evento de 3.000 para 8.000 pagantes-- o público pôde contar com mais facilidade na compra de entradas, além de dois pontos de venda fixos em Curitiba.
A queixa do público, entretanto, foi na obrigatoriedade em adquirir o pacote para os dois dias do evento, sexta-feira e sábado. Somente o lote inicial de entradas, esgotado em cerca de 48 horas, no final de março, foi vendido individualmente.
A intenção de separar as pessoas que adquiriram os primeiros lotes de ingressos em uma área especial em frente ao palco também se mostrou ineficiente, dadas as reclamações, o que levou à abertura da separação nas duas noites.
O grande mérito da organização do CPF 2 foi conseguir trazer a reverenciada banda americana Pixies pela primeira vez ao Brasil, atraindo fãs de diversos Estados. O que aumentou ainda mais a ansiedade dos fãs foi o fato de que o grupo ficou 12 anos separado, tendo voltado aos palcos há pouco mais de três semanas.
Além do quarteto de Boston, o festival trouxe também o power-pop dos escoceses do Teenage Fanclub, que fez uma turnê por Recife e São Paulo na última semana, conquistando os fãs com suas melódicas canções de amor. A organização apostou também em uma banda desconhecida da maior parte do público indie, a sueca Hell on Whells, para a noite de estréia do evento. Mesmo tocando músicas que quase ninguém conhecia, o trio não fez feio e se esforçou para agradar.
Outros 16 grupos de várias partes do país foram escalados para o festival, alguns mais conhecidos na cena indie brasileira, como Autoramas, Pin Ups e Wander Wildner, e outros menos expressivos.
O que ficou aparente foi a falta de equilíbrio na divisão das bandas nacionais mais importantes em cada dia do festival. Enquanto a primeira noite (sexta-feira) teve artistas de menor potencial, como os curitibanos No Milk Today e Íris, a noite de encerramento contou com bons shows de bandas como Relespública, Grenade e Mombojó.
Com um público estimado em 6.000 pessoas na sexta-feira e em 9.000 no sábado --sendo 8.000 pagantes, de acordo com a organização--, tudo transcorreu sem grandes incidentes na estrutura montada no belo e frio cenário da Pedreira Paulo Leminski.
O jornalista Guilherme Gorgulho viajou a convite da organização do Curitiba Pop Festival
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enviado especial a Curitiba
A segunda edição do Curitiba Pop Festival, que terminou na madrugada deste domingo na capital paranaense com a aguardada apresentação dos Pixies, marcou definitivamente a entrada do festival no calendário de shows do país como o maior evento da música alternativa do Brasil.
Com exceção de problemas iniciais na venda de ingressos para o festival --a grande procura por bilhetes congestionou o site de compras na internet e irritou o público-- , tudo transcorreu bem no evento.
Desde a decisão de transferir os shows da Ópera de Arame para a vizinha Pedreira Paulo Leminski-- o que aumentou a capacidade de público diário do evento de 3.000 para 8.000 pagantes-- o público pôde contar com mais facilidade na compra de entradas, além de dois pontos de venda fixos em Curitiba.
A queixa do público, entretanto, foi na obrigatoriedade em adquirir o pacote para os dois dias do evento, sexta-feira e sábado. Somente o lote inicial de entradas, esgotado em cerca de 48 horas, no final de março, foi vendido individualmente.
A intenção de separar as pessoas que adquiriram os primeiros lotes de ingressos em uma área especial em frente ao palco também se mostrou ineficiente, dadas as reclamações, o que levou à abertura da separação nas duas noites.
O grande mérito da organização do CPF 2 foi conseguir trazer a reverenciada banda americana Pixies pela primeira vez ao Brasil, atraindo fãs de diversos Estados. O que aumentou ainda mais a ansiedade dos fãs foi o fato de que o grupo ficou 12 anos separado, tendo voltado aos palcos há pouco mais de três semanas.
Além do quarteto de Boston, o festival trouxe também o power-pop dos escoceses do Teenage Fanclub, que fez uma turnê por Recife e São Paulo na última semana, conquistando os fãs com suas melódicas canções de amor. A organização apostou também em uma banda desconhecida da maior parte do público indie, a sueca Hell on Whells, para a noite de estréia do evento. Mesmo tocando músicas que quase ninguém conhecia, o trio não fez feio e se esforçou para agradar.
Outros 16 grupos de várias partes do país foram escalados para o festival, alguns mais conhecidos na cena indie brasileira, como Autoramas, Pin Ups e Wander Wildner, e outros menos expressivos.
O que ficou aparente foi a falta de equilíbrio na divisão das bandas nacionais mais importantes em cada dia do festival. Enquanto a primeira noite (sexta-feira) teve artistas de menor potencial, como os curitibanos No Milk Today e Íris, a noite de encerramento contou com bons shows de bandas como Relespública, Grenade e Mombojó.
Com um público estimado em 6.000 pessoas na sexta-feira e em 9.000 no sábado --sendo 8.000 pagantes, de acordo com a organização--, tudo transcorreu sem grandes incidentes na estrutura montada no belo e frio cenário da Pedreira Paulo Leminski.
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