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27/05/2004
-
16h37
GUILHERME GORGULHO
da Folha Online
Mesmo sem contar com uma presença significativa do público brasileiro, começa nesta sexta-feira, dia 28, em Lisboa (Portugal), o Rock in Rio-Lisboa, com cerca de 70 atrações musicais, entre portugueses e estrangeiros, do pop ao rock atual.
A organização se preocupou em levar artistas populares do Brasil, como três baianos: o ministro da Cultura, Gilberto Gil, e as cantoras Daniela Mercury e Ivete Sangalo. Também foram escalados o grupo Sepultura e a banda paulista Charlie Brown Jr.
O festival será transmitido para mais de 40 países de todos os continentes, alcançando cerca de 750 milhões de pessoas, segundo a organização.
No Brasil, a TV Globo exibirá cinco compactos --entre os dias 29 de maio e 6 de junho--, com 40 minutos de duração cada, reunindo os melhores momentos do festival. O canal pago Multishow também terá programas especiais sobre o Rock in Rio-Lisboa.
Como no último Rock in Rio (2001), a aposta é na diversidade musical. Durante seis dias, o festival terá estilos tão diversos como o pop de Britney Spears, o rock'n'roll de Paul McCartney, o heavy metal do Metallica ou a axé music de Ivete Sangalo.
Uma área de 200 mil metros quadrados foi preparada na Cidade do Rock portuguesa para englobar quatro espaços com diferentes atividades e shows. O Palco Mundo (principal), a Tenda Raízes (world music) e a Tenda Eletrônica serão as áreas principais para o público ouvir música. O quarto espaço de atividades será a Tenda Mundo Melhor, que visa promover um intercâmbio de idéias sobre a paz mundial reunindo personalidades em palestras, exibindo documentários e promovendo atividades culturais.
Público
Mesmo com toda a ofensiva de marketing envolvida na divulgação do evento, o Rock in Rio-Lisboa se propõe a erguer a bandeira do engajamento social, sob o lema "Por Um Mundo Melhor".
A proposta inicial --de doar um milhão de euros (cerca de R$ 4 milhões) para a organização não-governamental Plan International-Childreach, que auxilia crianças pobres de 45 países--, no entanto, não deve ser alcançada.
Nesta semana, o empresário e publicitário Roberto Medina, criador da marca Rock in Rio, reduziu a estimativa de público de 500 mil para 380 mil pessoas e, como a doação baseia-se em um percentual da bilheteria --que varia de 2% a 5%--, o montante deve encolher. Até agora somente foram vendidas 190 mil entradas, a um valor de 53 euros (R$ 204) por dia.
Um dos motivos pode ter sido o preço dos bilhetes. De 9 a 11 de junho, Lisboa sedia outro festival com artistas de renome internacional, como Pixies, Lenny Kravitz e Avril Lavine. É o Super Bock Super Rock, que acontece desde 1995 em Portugal, e custa 38 euros por dia.
Futuro
O prefeito de Lisboa, Pedro Santana Lopes, já afirmou que a realização do Rock in Rio em Lisboa em 2007 está garantida. Depois da capital portuguesa, Medina pretende globalizar seu evento com uma edição simultânea em Lisboa, Rio e Sydney (Austrália) daqui há três anos.
"Eu pretendo fazer na mesma época, em maio. Está vindo uma delegação de Sydney para discutir, mas ainda é uma coisa muito embrionária. Eu tenho que discutir no Brasil também essa questão, como é que o governo do Rio encara isso, para a gente ter apoio logístico para isso, e aí começar a trabalhar já no ano que vem", explicou Medina em entrevista por telefone de Lisboa.
O Rock in Rio-Lisboa começa no mesmo dia em que se completam 78 anos do golpe militar que levou Portugal a quase 50 anos de isolamento com o salazarismo.
Invertendo a máxima apregoada por António Salazar, "orgulhosamente sós", a capital lusitana se abriu para a iniciativa brasileira e permitiu a invasão de músicos americanos, europeus e brasileiros, que pisarão a partir de amanhã no palco principal do mega-evento.
O festival começa com o ex-beatle Paul McCartney, no Parque da Bela Vista, como um dos maiores eventos do gênero que já aconteceu em solo português.
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da Folha Online
Mesmo sem contar com uma presença significativa do público brasileiro, começa nesta sexta-feira, dia 28, em Lisboa (Portugal), o Rock in Rio-Lisboa, com cerca de 70 atrações musicais, entre portugueses e estrangeiros, do pop ao rock atual.
A organização se preocupou em levar artistas populares do Brasil, como três baianos: o ministro da Cultura, Gilberto Gil, e as cantoras Daniela Mercury e Ivete Sangalo. Também foram escalados o grupo Sepultura e a banda paulista Charlie Brown Jr.
O festival será transmitido para mais de 40 países de todos os continentes, alcançando cerca de 750 milhões de pessoas, segundo a organização.
No Brasil, a TV Globo exibirá cinco compactos --entre os dias 29 de maio e 6 de junho--, com 40 minutos de duração cada, reunindo os melhores momentos do festival. O canal pago Multishow também terá programas especiais sobre o Rock in Rio-Lisboa.
Como no último Rock in Rio (2001), a aposta é na diversidade musical. Durante seis dias, o festival terá estilos tão diversos como o pop de Britney Spears, o rock'n'roll de Paul McCartney, o heavy metal do Metallica ou a axé music de Ivete Sangalo.
Uma área de 200 mil metros quadrados foi preparada na Cidade do Rock portuguesa para englobar quatro espaços com diferentes atividades e shows. O Palco Mundo (principal), a Tenda Raízes (world music) e a Tenda Eletrônica serão as áreas principais para o público ouvir música. O quarto espaço de atividades será a Tenda Mundo Melhor, que visa promover um intercâmbio de idéias sobre a paz mundial reunindo personalidades em palestras, exibindo documentários e promovendo atividades culturais.
Público
Mesmo com toda a ofensiva de marketing envolvida na divulgação do evento, o Rock in Rio-Lisboa se propõe a erguer a bandeira do engajamento social, sob o lema "Por Um Mundo Melhor".
A proposta inicial --de doar um milhão de euros (cerca de R$ 4 milhões) para a organização não-governamental Plan International-Childreach, que auxilia crianças pobres de 45 países--, no entanto, não deve ser alcançada.
Nesta semana, o empresário e publicitário Roberto Medina, criador da marca Rock in Rio, reduziu a estimativa de público de 500 mil para 380 mil pessoas e, como a doação baseia-se em um percentual da bilheteria --que varia de 2% a 5%--, o montante deve encolher. Até agora somente foram vendidas 190 mil entradas, a um valor de 53 euros (R$ 204) por dia.
Um dos motivos pode ter sido o preço dos bilhetes. De 9 a 11 de junho, Lisboa sedia outro festival com artistas de renome internacional, como Pixies, Lenny Kravitz e Avril Lavine. É o Super Bock Super Rock, que acontece desde 1995 em Portugal, e custa 38 euros por dia.
Futuro
O prefeito de Lisboa, Pedro Santana Lopes, já afirmou que a realização do Rock in Rio em Lisboa em 2007 está garantida. Depois da capital portuguesa, Medina pretende globalizar seu evento com uma edição simultânea em Lisboa, Rio e Sydney (Austrália) daqui há três anos.
"Eu pretendo fazer na mesma época, em maio. Está vindo uma delegação de Sydney para discutir, mas ainda é uma coisa muito embrionária. Eu tenho que discutir no Brasil também essa questão, como é que o governo do Rio encara isso, para a gente ter apoio logístico para isso, e aí começar a trabalhar já no ano que vem", explicou Medina em entrevista por telefone de Lisboa.
O Rock in Rio-Lisboa começa no mesmo dia em que se completam 78 anos do golpe militar que levou Portugal a quase 50 anos de isolamento com o salazarismo.
Invertendo a máxima apregoada por António Salazar, "orgulhosamente sós", a capital lusitana se abriu para a iniciativa brasileira e permitiu a invasão de músicos americanos, europeus e brasileiros, que pisarão a partir de amanhã no palco principal do mega-evento.
O festival começa com o ex-beatle Paul McCartney, no Parque da Bela Vista, como um dos maiores eventos do gênero que já aconteceu em solo português.
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