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25/06/2004 - 18h49

"Senhora do Destino" tira celebridades e põe retirantes em cena

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da Folha Online

A Globo começa a exibir na próxima segunda-feira (28) a novela "Senhora do Destino", que vai substituir "Celebridade" no horário das oito. Ao contrário de sua antecessora, a nova trama, segundo definição de seu autor, Aguinaldo Silva, fala sobre pessoas que "vencem na vida através do próprio esforço".

Divulgação
Suzana Vieira e Miriam Pires
em cena da novela

A novela traz como personagem principal a nordestina Maria do Carmo, mãe de cinco filhos, que consegue construir uma vida confortável para sua família depois de passar por dificuldades como retirante no Rio de Janeiro.

A heroína também contraria o que vinha sendo construído para as protagonistas das produções mais recentes da Globo, que tinham nas histórias afetivas e nos relacionamentos seus maiores dramas.

O personagem principal de "Senhora do Destino" tem como drama essencial o rapto de sua filha recém-nascida e será explorado ao longo de toda a trama.

Segundo o autor, tanto as características da protagonista quanto o rapto da criança foram inspirados em histórias reais. Maria do Carmo também é o nome da mãe de Silva, que diz ter buscado em sua mãe as características da heroína de sua trama. Quanto ao rapto, o autor foi buscar em sua experiência como repórter policial elementos para compor a história.

O autor pernambucano também diz ter tido na própria história de vida a inspiração para "Senhora do Destino", já que ele e a família vieram para o Sul do país para tentar uma vida melhor.

Se "Celebridade" teve a pretensão de mostrar os truques e trapaças que regem o mundo da fama, a novela de Silva pretende, segundo ele, destacar valores como ética, moral e, principalmente, o trabalho.

Trama

A novela, com direção geral e de núcleo de Wolf Maya, será dividida em duas fases: a primeira se passa em 1968, com duração de quatro capítulos e meio, os demais capítulos se passam nos dias atuais.

A história começa no dia 7 de dezembro de 1968, seis dias antes da edição do Ato Institucional número 5. Nessa fase inicial, a novela vai mostrar, simultaneamente, o drama de três mulheres --Maria do Carmo Ferreira da Silva (Carolina Dieckman), Josefa de Magalhães Duarte Pinto (Marília Gabriela) e Nazaré Vieira (Adriana Esteves)-- que terão suas histórias cruzadas, determinando os rumos da trama.

Maria do Carmo sai do Nordeste com os cinco filhos depois de ser abandonada pelo marido. Chegando ao Rio tem sua filha mais nova raptada e é presa por ser considerada ativista política. Depois de vários incidentes, consegue encontrar o irmão e os filhos, mas a filha continua desaparecida. Com o tempo consegue progredir à custa de muito trabalho e dar uma vida confortável à família.

Nesse período, Nazaré também consegue seu objetivo: engana o amante e dizendo que a criança que raptara é filha dos dois, se casa com ele. Anos mais tarde ele morre, deixando as duas com dificuldades financeiras.

Já Dona Josefa, dona de um jornal, é a culpada, mesmo sem saber, dos infortúnios de Maria do Carmo, já que impede seu motorista, irmão de Maria do Carmo, de ir à rodoviária buscá-la quando chega ao Rio.

1968

Silva diz que o fato de iniciar a trama em 1968 não teve como objetivo lembrar os 40 anos do golpe militar de 64 no país. Segundo o autor, foi uma coincidência que ele só percebeu depois de incluir a personagem de Dona Josefa na história.

Segundo Silva, preso em 1969, a história de Maria do Carmo, a partir do instante em que ela é presa, é em parte sua história e a trama tem frases reais.

Efeitos especiais

O recurso de imagens congeladas em flashes foi utilizado para mostrar as personalidades de 1968. Nomes como Wladimir Palmeira, Carlos Lacerda e Tenório Cavalcanti, entre outros, serão lembrados e representados por sósias, mas, com a ajuda da computação gráfica, serão identificados também por fotos da época com frases ditas pelos próprios.

As cenas que retratam a turbulência no centro do Rio em 1968, com as manifestações e passeatas, foi utilizado o artifício da multiplicação, a fim de mostrar o tumulto em que se encontrava a cidade na época.

O diretor Wolf Maya, em seu primeiro trabalho com Aguinaldo Silva, também atua na novela, assim como fez em "Barriga de Aluguel" (1991), "O Amor Está no Ar" (1997), "Cara e Coroa" (1995), "Uga Uga" (2000) e na minissérie "O Quinto dos Infernos" (2002).

A trilha sonora de "Senhora do Destino" terá músicas de Djavan, Humberto Teixeira e Rita Lee, entre outros. Dado Dolabella, que está no elenco, também conseguiu emplacar um tema na trilha.

Leia mais
  • Saiba mais sobre os personagens de "Senhora do Destino"
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