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30/07/2004
-
08h17
DIEGO ASSIS
da Folha de S.Paulo
Analisado friamente "Hellboy", o filme, talvez não merecesse as três estrelas sugeridas aí abaixo. Afinal, não é qualquer um que engole de boa vontade um demônio do bem (?!) que circula por aí à caça de criaturas gosmentas em nome de um certo Birô de Pesquisa e Defesa Paranormal.
Segundo seu próprio criador, o quadrinista Mike Mignola, o argumento de "Hellboy" é uma colagem de tudo o que ele mais gostava de ler quando criança: pulps de terror, histórias de vampiros, lendas do folclore nórdico etc.
Com o importante detalhe de que, consciente do ridículo de algumas dessas lendas, "Hellboy" é ao mesmo tempo uma homenagem e uma sátira ao gênero. A iconografia gótica e a pesquisa detalhada que o autor realiza para cada história servem, assim, apenas como (estiloso) pano de fundo para as lutas do personagem. Por vezes muito menos físicas do que psicológicas: apesar de seus 60 anos de vida na Terra, Hellboy é só um garotão que esconde o cigarro do pai e não sabe a hora certa de "chegar" na garota que ama.
Um longa-metragem repleto de efeitos especiais, explosões e brigas intermináveis pode não ser a melhor maneira de tirar tais conclusões --ainda que Mignola tenha acompanhado de perto a produção do filme. Provavelmente não é culpa dos atores, nem do diretor, muito menos de você, espectador. É só que, em menos de uma década de existência, nem mesmo Hellboy sabe ao certo de onde veio, por que veio e para onde vai. Aí está o seu charme.
Em tempo: se tudo o mais falhar, vale lembrar que "Hellboy", o filme, já é a décima adaptação dos quadrinhos para o cinema desde 98, quando o desconhecido "Blade", da Marvel, demonstrou o potencial de sucesso da fórmula --ironicamente desgastada após uma série de adaptações fracas de "Batman". E, como filme do gênero super-heróis, até que o diabão se sai muito bem, obrigado.
Avaliação:
Hellboy (Hellboy)
Produção: EUA, 2004
Direção: Guillermo del Toro
Com: Ron Perlman, Selma Blair, John Hurt
Onde: no cine Morumbi 1 e circuito
Leia mais
Perlman coloca "Hellboy" no divã
Especial
Arquivo: veja o que já foi publicado sobre "Hellboy"
"Hellboy" é uma homenagem e uma sátira ao gênero
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da Folha de S.Paulo
Analisado friamente "Hellboy", o filme, talvez não merecesse as três estrelas sugeridas aí abaixo. Afinal, não é qualquer um que engole de boa vontade um demônio do bem (?!) que circula por aí à caça de criaturas gosmentas em nome de um certo Birô de Pesquisa e Defesa Paranormal.
Segundo seu próprio criador, o quadrinista Mike Mignola, o argumento de "Hellboy" é uma colagem de tudo o que ele mais gostava de ler quando criança: pulps de terror, histórias de vampiros, lendas do folclore nórdico etc.
Com o importante detalhe de que, consciente do ridículo de algumas dessas lendas, "Hellboy" é ao mesmo tempo uma homenagem e uma sátira ao gênero. A iconografia gótica e a pesquisa detalhada que o autor realiza para cada história servem, assim, apenas como (estiloso) pano de fundo para as lutas do personagem. Por vezes muito menos físicas do que psicológicas: apesar de seus 60 anos de vida na Terra, Hellboy é só um garotão que esconde o cigarro do pai e não sabe a hora certa de "chegar" na garota que ama.
Um longa-metragem repleto de efeitos especiais, explosões e brigas intermináveis pode não ser a melhor maneira de tirar tais conclusões --ainda que Mignola tenha acompanhado de perto a produção do filme. Provavelmente não é culpa dos atores, nem do diretor, muito menos de você, espectador. É só que, em menos de uma década de existência, nem mesmo Hellboy sabe ao certo de onde veio, por que veio e para onde vai. Aí está o seu charme.
Em tempo: se tudo o mais falhar, vale lembrar que "Hellboy", o filme, já é a décima adaptação dos quadrinhos para o cinema desde 98, quando o desconhecido "Blade", da Marvel, demonstrou o potencial de sucesso da fórmula --ironicamente desgastada após uma série de adaptações fracas de "Batman". E, como filme do gênero super-heróis, até que o diabão se sai muito bem, obrigado.
Avaliação:
Hellboy (Hellboy)
Produção: EUA, 2004
Direção: Guillermo del Toro
Com: Ron Perlman, Selma Blair, John Hurt
Onde: no cine Morumbi 1 e circuito
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