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10/02/2005 - 09h40

Peças de banqueiro foram produzidas entre 400 e 1400 d.C.

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da Folha de S.Paulo

As peças de cerâmica marajoara, o núcleo da coleção de Edemar Cid Ferreira, são o principal testemunho da complexidade social que vigorou na Ilha de Marajó, no Pará, entre 400 e 1400 d.C.

Nesse período, a organização tribal foi substituída por um sistema chamado cacicado, baseado em chefias regionais. Foi o sistema de cacicado que propiciou a criação de uma elite dirigente, de centros cerimoniais e de uma arte extremamente complexa.

A cerâmica era quase sempre produzida para um uso ritual. As urnas funerárias serviam para acondicionar os ossos dos mortos, os quais eram enterrados juntos com vasos, colares, pingentes, bancos e tangas. Essas tangas e a profusão de estatuetas com imagens femininas podem ser um indicador do papel desempenhado pelas mulheres nessas sociedades.

Segundo alguns arqueólogos, esses dois elementos podem ser a chave para decifrar o mito das amazonas, as guerreiras descritas por exploradores espanhóis no final do século 15.

Todas as cerâmicas eram decoradas com motivos geométricos e figurativos. Outra constante, junto com as imagens femininas, é a presença de uma serpente mitológica.

Ninguém sabe ao certo como essa sociedade complexa decaiu até ser extinta por volta do século 13. As mulheres valentes descritas pelos espanhóis podem ser remanescentes do mundo marajoara.

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