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03/03/2005 - 14h40

Bienal e Fiesp substituem BrasilConnects no Ano do Brasil na França

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GUILHERME GORGULHO
da Folha Online

Depois do colapso da BrasilConnects, alguns dos eventos que integram o calendário do Ano do Brasil da França e que estariam sob a responsabilidade da entidade do banqueiro Edemar Cid Ferreira passaram para a organização da Fundação Bienal.

Em busca de viabilizar três exposições em Paris neste ano e a fim de captar recursos por meio de leis de incentivo fiscal junto a empresas brasileiras, entra em cena a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que pretende utilizar sua influência no setor produtivo para alavancar patrocínio e ao mesmo tempo impulsionar as relações comerciais do Brasil com a França.

A parceria inédita foi anunciada hoje na capital paulista pelo ministro da Cultura, Gilberto Gil, o presidente da Fundação Bienal, Manoel Francisco Pires da Costa, e o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que destacaram a importância do apoio do setor empresarial para o desenvolvimento da cultura nacional e consideraram como "superadas" as dificuldades de transição da BrasilConnects para a parceria.

"A Fiesp tem que pensar no Brasil e não só ficar olhando para a taxa de juros, o câmbio, os gastos públicos, discutindo a produtividade, o PIB [Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas produzidas no país]... tudo isso é importante, mas tem muitas outras coisas que são muito importantes para a construção do país, e sem dúvida a área cultural é muito importante", declarou Skaf.

Com um orçamento total de R$ 6 milhões e uma expectativa de 10 milhões de visitantes, "Brasil Índio: As Artes dos Ameríndios" (21 de março a 27 de junho, no Grand Palais), "Fotografia Brasileira: Miguel Rio Branco" (setembro a dezembro, na Maison Européenne de la Photographie) e uma instalação do artista baiano Marepe (setembro a dezembro, no Centro Georges Pompidou) são algumas das principais faces do Ano do Brasil na França, que terá mais de 200 projetos naquele país em 2005.

Do custo total de R$ 6 milhões das três mostras, R$ 4 milhões já haviam sido captados antes da entrada da Fiesp na parceria, faltando somente R$ 2 milhões, que serão divididos em até cinco cotas de patrocínio, segundo Pires da Costa.

De olho no mercado europeu, a Fiesp vai organizar mais de dez feiras de negócios na França em 2005 para ampliar a entrada dos produtos brasileiros na Europa.

"O desdobramento de uma ação como essa que, implica em investimentos consideráveis, em envolvimentos dos setores variados das duas sociedades, francesa e brasileira --setores produtivos, setores culturais, setores acadêmicos-- (...) abre janelas óbvias e muito importantes para a exposição do Brasil, da marca Brasil, do produto Brasil, do traço brasileiro, da cultura brasileira para o mundo", explicou o ministro.

De acordo com Gil, o Ano do Brasil na França vai consumir, do lado brasileiro, R$ 40 milhões, sendo que R$ 22 milhões serão de recursos provenientes do governo. Destes R$ 22 milhões, R$ 10 milhões virão principalmente de empresas estatais. A Fiesp não vai entrar com dinheiro na parceria. Sua função será a de angariar recursos junto aos patrocinadores.

"Este evento está permitindo uma maior aproximação entre o setor cultural e o setor empresarial, o setor produtivo, e esse tem sido um dos temas insistentes do nosso discurso, da nossa ação e das nossas articulações", disse Gil.

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