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15/06/2005
-
10h32
da EFE
A escritora brasileira Nélida Piñon, vencedora do Prêmio Príncipe de Astúrias das Letras 2005, dedicou a homenagem àqueles que a ensinaram o seu trabalho. "Este é um reconhecimento a minha obra e a todos os que me ajudaram a entender a vida e me ajudaram a exercer esse ofício mágico da literatura", disse a romancista à agência de notícias.
Piñon, nascida no Rio de Janeiro e descendente de espanhóis, se definiu como uma "filha de todas as raças" e agradeceu o reconhecimento do júri ao caráter mestiço de sua obra. "Foi importante ver que o júri destacou esse aspecto da minha obra. São palavras que definem minha fé na humanidade. Somos mestiços, somos latinos, somos ibéricos e somos africanos", afirmou.
"Sou uma escritora de um país mestiço como o Brasil e filha de galegos. Tanto a Galícia como a Espanha têm um peso muito importante em meu imaginário e em minha formação cultural", acrescentou.
Na opinião da escritora, a primeira e até agora única mulher que chegou a presidir a Academia Brasileira das Letras (ABL), esse reconhecimento do júri ajuda a colocar fim "às posições radicais" e à discriminação no mundo todo.
Segundo o júri, a obra da brasileira, publicada em mais de 20 países e traduzida para dez idiomas, "transladou ao âmbito universal a complexa realidade da América Latina com um prosa rica em registros que incorpora com extraordinário brilho as distintas tradições e raízes culturais do continente latino-americano".
"Considerei essa definição muito apropriada e feliz. Minha literatura se pauta na memória e na invenção. Sou produto dessa mestiçagem que amplia a concepção do mundo e nos transforma em filhos de todas as raças", destacou a romancista, que estudou jornalismo na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
A autora de "A República dos Sonhos" (1984) e "Guia Mapa de Gabriel Arcanjo" (1961), que começou a escrever com dez anos de idade, disse que um prêmio dessa categoria destaca não só uma escritora brasileira, mas também um país e uma geração.
Ela disse estar "feliz, surpresa, honrada e agradecida" pelo prêmio, especialmente pela importância que ele tem e por proceder da Espanha.
A escritora foi indicada ao Prêmio Príncipe de Astúrias pelo diretor do Instituto Cervantes no Rio de Janeiro, Francisco Curral Sánchez-Cabezudo.
Leia mais
Nélida Piñon recebe o Prêmio Príncipe de Astúrias das Letras
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Nélida Piñon
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Nélida Piñon agradece aqueles que a ensinaram seu ofício
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A escritora brasileira Nélida Piñon, vencedora do Prêmio Príncipe de Astúrias das Letras 2005, dedicou a homenagem àqueles que a ensinaram o seu trabalho. "Este é um reconhecimento a minha obra e a todos os que me ajudaram a entender a vida e me ajudaram a exercer esse ofício mágico da literatura", disse a romancista à agência de notícias.
Piñon, nascida no Rio de Janeiro e descendente de espanhóis, se definiu como uma "filha de todas as raças" e agradeceu o reconhecimento do júri ao caráter mestiço de sua obra. "Foi importante ver que o júri destacou esse aspecto da minha obra. São palavras que definem minha fé na humanidade. Somos mestiços, somos latinos, somos ibéricos e somos africanos", afirmou.
"Sou uma escritora de um país mestiço como o Brasil e filha de galegos. Tanto a Galícia como a Espanha têm um peso muito importante em meu imaginário e em minha formação cultural", acrescentou.
Na opinião da escritora, a primeira e até agora única mulher que chegou a presidir a Academia Brasileira das Letras (ABL), esse reconhecimento do júri ajuda a colocar fim "às posições radicais" e à discriminação no mundo todo.
Segundo o júri, a obra da brasileira, publicada em mais de 20 países e traduzida para dez idiomas, "transladou ao âmbito universal a complexa realidade da América Latina com um prosa rica em registros que incorpora com extraordinário brilho as distintas tradições e raízes culturais do continente latino-americano".
"Considerei essa definição muito apropriada e feliz. Minha literatura se pauta na memória e na invenção. Sou produto dessa mestiçagem que amplia a concepção do mundo e nos transforma em filhos de todas as raças", destacou a romancista, que estudou jornalismo na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
A autora de "A República dos Sonhos" (1984) e "Guia Mapa de Gabriel Arcanjo" (1961), que começou a escrever com dez anos de idade, disse que um prêmio dessa categoria destaca não só uma escritora brasileira, mas também um país e uma geração.
Ela disse estar "feliz, surpresa, honrada e agradecida" pelo prêmio, especialmente pela importância que ele tem e por proceder da Espanha.
A escritora foi indicada ao Prêmio Príncipe de Astúrias pelo diretor do Instituto Cervantes no Rio de Janeiro, Francisco Curral Sánchez-Cabezudo.
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