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18/07/2005
-
09h28
EDUARDO SIMÕES
da Folha de S. Paulo
Lançado nos primeiros minutos do sábado, "Harry Potter and the Half-Blood Prince", o sexto e penúltimo livro da série, deve bater recordes de venda em todo o mundo. Somente nas lojas da livraria Cultura de São Paulo e Porto Alegre foram retirados 3.000 exemplares em inglês do livro, entre cópias encomendadas pela internet e compradas na hora, nas primeiras 12 horas de venda. Em todo o mundo, estima-se que 10 milhões de livros sejam vendidos em 24 horas.
Na Cultura do shopping Villa-Lobos, em São Paulo, que tinha mil exemplares importados no estoque, pouco depois de suspenso o embargo, à meia-noite, os fãs dispararam pelos corredores com o livro na mão, tentando descobrir que personagem havia sido morto no sexto volume da série. Alguns já sabiam de antemão que o segredo estava nas páginas 606, da edição americana, e 566, da britânica, vendidas no Brasil a um preço médio de R$ 98,50.
"Não poderia ter sido ele", reclamava, aos prantos, a estudante Esther Castellano, 15, sem revelar o nome da vítima da pena da autora, a escocesa J.K. Rowling nem o algoz do morto. "Acho que a reação vai ser péssima."
A morte do personagem era a principal das perguntas dos leitores mais apressados, que desde as 17h ficaram em vigília no shopping, participando de cosplays [do inglês "costume" (fantasia) mais "play" (encenação)] e de um "quiz", valendo uma cópia do livro, e que já haviam lido os dois primeiros capítulos do livro, "pirateados" e divulgados na internet. Os fãs também queriam saber quem é o príncipe [que pode ser bastardo ou mestiço, pois a tradução da edição brasileira, da Rocco, ainda não foi divulgada] e se Ron e Hermione finalmente começam seu romance.
"Li que Dumbledore [diretor da escola de bruxos Hogwarts] ia morrer, mas não quero que ele morra de jeito nenhum. E quero que o Harry continue solteiro. Ou a Rowling pode inventar uma namorada brasileira para ele", rogava a estudante Aline Gavazzi, 15, que fingiu estar passando mal para conseguir da gerente da loja um pôster do livro, antes mesmo do lançamento. "Fiquei seis horas aqui, mas valeu a pena."
Na livraria, oito caixas estavam prontas para atender aos clientes enfileirados desde as 23h. Alguns pais aproveitaram a carona dos filhos, como a jornalista Sílvia Bassi, 43, que acompanhou o filho Gabriel, 12, ambos vestidos a caráter, como bruxa e bruxo.
"Aluguei as fantasias na hora do almoço e vim direto do trabalho para cá", contou Bassi.
Aberta 24h, a loja da livraria Siciliano da Cidade Jardim registrou uma venda modesta nas primeiras horas: até o meio-dia de sábado, apenas cinco cópias haviam sido compradas. A expectativa da rede, no entanto, é de que a metade dos 2.800 exemplares importados seja vendida até hoje.
No mundo
O Brasil foi um dos 15 países que tiveram o lançamento de "Harry Potter and the Half-Blood Prince" simultaneamente orquestrado nas primeiras horas do sábado. Em Sidney, na Austrália, mil fãs fantasiados embarcaram num trem chamado Gleewarts Express que os levou a uma local secreto fora da cidade, onde receberam suas cópias.
"Há tantas perguntas sem respostas. É tão estimulante... Algo aconteceu, uma ponte caiu", adiantou Elizabeth Mackay, 15, ao ler as primeiras páginas do livro.
Houve corrida de leitores às lojas também em Nova Déli, Pequim e Nova York. Em Edimburgo, 2.000 crianças assistiram à chegada de Rowling a um castelo do século 11, onde a autora leu trechos de um capítulo do livro.
No Reino Unido, cerca de cem livrarias, com 350 mil cópias em estoque, abriram no primeiro minuto do sábado para atender a seus clientes. Lá, o lançamento foi acompanhado de uma guerra de preços: uma cadeia de supermercados ofertou o livro por 4,99 libras (cerca de R$ 20), menos de um terço do preço de venda recomendado, que é de 16,99 libras, e bem abaixo das 8 libras, valor necessário, segundo especialistas, para equilibrar as contas.
Os primeiros cinco volumes da série Harry Potter venderam até hoje quase 270 milhões de cópias em 200 países. O livro foi traduzido para 62 idiomas.
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da Folha de S. Paulo
Lançado nos primeiros minutos do sábado, "Harry Potter and the Half-Blood Prince", o sexto e penúltimo livro da série, deve bater recordes de venda em todo o mundo. Somente nas lojas da livraria Cultura de São Paulo e Porto Alegre foram retirados 3.000 exemplares em inglês do livro, entre cópias encomendadas pela internet e compradas na hora, nas primeiras 12 horas de venda. Em todo o mundo, estima-se que 10 milhões de livros sejam vendidos em 24 horas.
Na Cultura do shopping Villa-Lobos, em São Paulo, que tinha mil exemplares importados no estoque, pouco depois de suspenso o embargo, à meia-noite, os fãs dispararam pelos corredores com o livro na mão, tentando descobrir que personagem havia sido morto no sexto volume da série. Alguns já sabiam de antemão que o segredo estava nas páginas 606, da edição americana, e 566, da britânica, vendidas no Brasil a um preço médio de R$ 98,50.
"Não poderia ter sido ele", reclamava, aos prantos, a estudante Esther Castellano, 15, sem revelar o nome da vítima da pena da autora, a escocesa J.K. Rowling nem o algoz do morto. "Acho que a reação vai ser péssima."
A morte do personagem era a principal das perguntas dos leitores mais apressados, que desde as 17h ficaram em vigília no shopping, participando de cosplays [do inglês "costume" (fantasia) mais "play" (encenação)] e de um "quiz", valendo uma cópia do livro, e que já haviam lido os dois primeiros capítulos do livro, "pirateados" e divulgados na internet. Os fãs também queriam saber quem é o príncipe [que pode ser bastardo ou mestiço, pois a tradução da edição brasileira, da Rocco, ainda não foi divulgada] e se Ron e Hermione finalmente começam seu romance.
"Li que Dumbledore [diretor da escola de bruxos Hogwarts] ia morrer, mas não quero que ele morra de jeito nenhum. E quero que o Harry continue solteiro. Ou a Rowling pode inventar uma namorada brasileira para ele", rogava a estudante Aline Gavazzi, 15, que fingiu estar passando mal para conseguir da gerente da loja um pôster do livro, antes mesmo do lançamento. "Fiquei seis horas aqui, mas valeu a pena."
Na livraria, oito caixas estavam prontas para atender aos clientes enfileirados desde as 23h. Alguns pais aproveitaram a carona dos filhos, como a jornalista Sílvia Bassi, 43, que acompanhou o filho Gabriel, 12, ambos vestidos a caráter, como bruxa e bruxo.
"Aluguei as fantasias na hora do almoço e vim direto do trabalho para cá", contou Bassi.
Aberta 24h, a loja da livraria Siciliano da Cidade Jardim registrou uma venda modesta nas primeiras horas: até o meio-dia de sábado, apenas cinco cópias haviam sido compradas. A expectativa da rede, no entanto, é de que a metade dos 2.800 exemplares importados seja vendida até hoje.
No mundo
O Brasil foi um dos 15 países que tiveram o lançamento de "Harry Potter and the Half-Blood Prince" simultaneamente orquestrado nas primeiras horas do sábado. Em Sidney, na Austrália, mil fãs fantasiados embarcaram num trem chamado Gleewarts Express que os levou a uma local secreto fora da cidade, onde receberam suas cópias.
"Há tantas perguntas sem respostas. É tão estimulante... Algo aconteceu, uma ponte caiu", adiantou Elizabeth Mackay, 15, ao ler as primeiras páginas do livro.
Houve corrida de leitores às lojas também em Nova Déli, Pequim e Nova York. Em Edimburgo, 2.000 crianças assistiram à chegada de Rowling a um castelo do século 11, onde a autora leu trechos de um capítulo do livro.
No Reino Unido, cerca de cem livrarias, com 350 mil cópias em estoque, abriram no primeiro minuto do sábado para atender a seus clientes. Lá, o lançamento foi acompanhado de uma guerra de preços: uma cadeia de supermercados ofertou o livro por 4,99 libras (cerca de R$ 20), menos de um terço do preço de venda recomendado, que é de 16,99 libras, e bem abaixo das 8 libras, valor necessário, segundo especialistas, para equilibrar as contas.
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