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18/07/2005
-
15h52
KARINA KLINGER
da Folha Online
O programa "Pânico na TV!", exibido aos domingos pela Rede TV!, começa a dar sinais de crise de criatividade e já registra queda no índice de audiência. Ontem, a média do ibope caiu para 7,1 pontos --desempenho abaixo dos 9,9 pontos do domingo anterior.
O declínio no ibope ocorre após a turma do "Pânico na TV!" dedicar mais tempo ao lado comercial do negócio, em detrimento da criação e produção do programa.
A trupe fechou um contrato milionário de publicidade com uma cervejaria depois do fracasso nas negociações com o SBT, de Silvio Santos, que tentou contratar os humoristas.
Resultado: as piadas se repetem e perdem a graça, os quadros caem na mesmice, e os humoristas exageram na humilhação e desrespeito com os artistas que viram alvos de suas brincadeiras.
Mesmo nos momentos de picos de audiência, o programa está decepcionando, o que acende um sinal amarelo para os anunciantes que apostaram suas fichas no sucesso da atração. O pico do "Pânico na TV" deste domingo foi de 11,5 pontos, inferior aos 14,3 da semana anterior.
Ontem, o programa mostrou um desfile com roupas práticas. Foi tão sem graça que a própria equipe ficou dividida se a atração deveria ser exibida.
Enquanto um modelo desfilou com uma lareira, outro apareceu com um aquecedor portátil e um terceiro se vestiu de cabana --o programa foi transmitido ao vivo de Campos de Jordão. Nem as crianças deram risada da idéia tão tosca.
O mico deu margem a questionamentos: será que o pessoal não tem mais o que colocar no ar? Ou o compromisso publicitário com a Kaiser tem interferido na criatividade dos humoristas? A Rede TV! informa, por meio de sua assessoria de imprensa, que "a Kaiser não tem participação na
criação ou produção do programa".
O jornal com a foca, o rap do Enéas e a tentativa de levar uma cesta com caviar para o irmão da dona da Daslu preso na Polícia Federal chegou a ser entediante.
Até Vesgo e Ceará estiveram bem fracos ontem. Aliás, as brincadeiras e a falta de consideração com os entrevistados já se tornaram agressivas. Sem falar que os comentários estão cada vez mais sem graça.
Aquela história de começar a falar no celular na hora da entrevista --tática de Vesgo e Ceará-- é extremamente de mau gosto e tira qualquer um do sério. Não é à toa que a atriz Carolina Dieckmann declarou guerra ao programa. Agora, conforme anunciado ontem, mais do que nunca ela será atormentada e perseguida para calçar as "sandálias da humildade".
Tudo bem que o pessoal tem talento e merece reconhecimento porque batalha e é honesto, mas como tudo enjoa, o programa já está cansando.
O fenômeno não é privilégio do "Pânico", programas como "Casseta & Planeta", "Os Normais" e o extinto "Sai de Baixo" já passaram por isso. Imitações parecem ter prazo de validade restrito na TV, como não deixar que isso aconteça ainda é um mistério.
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"Pânico" exagera, começa a ficar chato e ibope cai
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da Folha Online
O programa "Pânico na TV!", exibido aos domingos pela Rede TV!, começa a dar sinais de crise de criatividade e já registra queda no índice de audiência. Ontem, a média do ibope caiu para 7,1 pontos --desempenho abaixo dos 9,9 pontos do domingo anterior.
Eduardo Knapp/Folha Imagem |
"Pânico" apostou na fórmula do "jornalismo-deboche" |
A trupe fechou um contrato milionário de publicidade com uma cervejaria depois do fracasso nas negociações com o SBT, de Silvio Santos, que tentou contratar os humoristas.
Resultado: as piadas se repetem e perdem a graça, os quadros caem na mesmice, e os humoristas exageram na humilhação e desrespeito com os artistas que viram alvos de suas brincadeiras.
Mesmo nos momentos de picos de audiência, o programa está decepcionando, o que acende um sinal amarelo para os anunciantes que apostaram suas fichas no sucesso da atração. O pico do "Pânico na TV" deste domingo foi de 11,5 pontos, inferior aos 14,3 da semana anterior.
Ontem, o programa mostrou um desfile com roupas práticas. Foi tão sem graça que a própria equipe ficou dividida se a atração deveria ser exibida.
Enquanto um modelo desfilou com uma lareira, outro apareceu com um aquecedor portátil e um terceiro se vestiu de cabana --o programa foi transmitido ao vivo de Campos de Jordão. Nem as crianças deram risada da idéia tão tosca.
O mico deu margem a questionamentos: será que o pessoal não tem mais o que colocar no ar? Ou o compromisso publicitário com a Kaiser tem interferido na criatividade dos humoristas? A Rede TV! informa, por meio de sua assessoria de imprensa, que "a Kaiser não tem participação na
criação ou produção do programa".
O jornal com a foca, o rap do Enéas e a tentativa de levar uma cesta com caviar para o irmão da dona da Daslu preso na Polícia Federal chegou a ser entediante.
Até Vesgo e Ceará estiveram bem fracos ontem. Aliás, as brincadeiras e a falta de consideração com os entrevistados já se tornaram agressivas. Sem falar que os comentários estão cada vez mais sem graça.
Aquela história de começar a falar no celular na hora da entrevista --tática de Vesgo e Ceará-- é extremamente de mau gosto e tira qualquer um do sério. Não é à toa que a atriz Carolina Dieckmann declarou guerra ao programa. Agora, conforme anunciado ontem, mais do que nunca ela será atormentada e perseguida para calçar as "sandálias da humildade".
Tudo bem que o pessoal tem talento e merece reconhecimento porque batalha e é honesto, mas como tudo enjoa, o programa já está cansando.
O fenômeno não é privilégio do "Pânico", programas como "Casseta & Planeta", "Os Normais" e o extinto "Sai de Baixo" já passaram por isso. Imitações parecem ter prazo de validade restrito na TV, como não deixar que isso aconteça ainda é um mistério.
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