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13/10/2005
-
18h01
da Efe, em Londres
O dramaturgo britânico Harold Pinter se disse hoje "comovido" pela conquista do Prêmio Nobel de Literatura deste ano. "Não tive tempo de pensar sobre isso (o prêmio), mas estou muito comovido. É algo que não esperava", disse Pinter aos jornalistas na porta de sua casa em Londres.
Questionado sobre o motivo da premiação, o escritor, 75, se limitou a responder: "Isso me pergunto eu". Após o anúncio, chegaram em sua residência vários ramos de flores, como um de rosas brancas enviadas pelo escritor e jornalista Lorde Melvin Bragg.
Representantes do teatro britânico reagiram com satisfação à entrega do Nobel a Pinter, artista de várias facetas que também exerce o papel de ator em algumas ocasiões.
O diretor de teatro Peter Hall, que trabalhou com o hoje premiado por 40 anos, se disse "feliz pela notícia", e afirmou que "se trata de um grande prêmio para um poeta grande e original do teatro".
Ian Rickson, diretor artístico do teatro londrino Royal Court, no qual Pinter deve atuar para comemorar o 50º aniversário da casa de espetáculos, ressaltou que a "influência de Harold Pinter no mundo do teatro é extraordinária". "Sua imersão na arte e seu compromisso com a justiça são imensos", completou Rickson.
A Academia Sueca decidiu pelo segundo ano consecutivo dar o Prêmio Nobel de Literatura a um europeu, e com Pinter distingue o trabalho de um dos principais dramaturgos do Reino Unido.
Em sua argumentação, a Academia destaca o papel do autor britânico em suas "obras, nas quais descobre o precipício que há por trás dos gaguejos cotidianos e que irrompe nos espaços da opressão".
Pinter anunciou, há poucos meses, que tinha decidido abandonar o teatro para se dedicar em tempo integral à crítica política, embora tenha reconhecido que seguiria escrevendo poemas.
Pertencente à geração dos jovens britânicos que tornaram comuns críticas mais ácidas ao Governo, defendeu a paz no Iraque e foi contrário à ocupação do país árabe pelas tropas de coalizão.
Sobre o primeiro-ministro, Tony Blair, chegou a dizer que era um "criminoso de guerra", e classificou os Estados Unidos como um país "dirigido por um bando de delinqüentes".
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Pinter se diz "comovido" pela conquista do Nobel de Literatura
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O dramaturgo britânico Harold Pinter se disse hoje "comovido" pela conquista do Prêmio Nobel de Literatura deste ano. "Não tive tempo de pensar sobre isso (o prêmio), mas estou muito comovido. É algo que não esperava", disse Pinter aos jornalistas na porta de sua casa em Londres.
Questionado sobre o motivo da premiação, o escritor, 75, se limitou a responder: "Isso me pergunto eu". Após o anúncio, chegaram em sua residência vários ramos de flores, como um de rosas brancas enviadas pelo escritor e jornalista Lorde Melvin Bragg.
AP Photo |
Harold Pinter levou o Nobel de Literatura 2005 |
O diretor de teatro Peter Hall, que trabalhou com o hoje premiado por 40 anos, se disse "feliz pela notícia", e afirmou que "se trata de um grande prêmio para um poeta grande e original do teatro".
Ian Rickson, diretor artístico do teatro londrino Royal Court, no qual Pinter deve atuar para comemorar o 50º aniversário da casa de espetáculos, ressaltou que a "influência de Harold Pinter no mundo do teatro é extraordinária". "Sua imersão na arte e seu compromisso com a justiça são imensos", completou Rickson.
A Academia Sueca decidiu pelo segundo ano consecutivo dar o Prêmio Nobel de Literatura a um europeu, e com Pinter distingue o trabalho de um dos principais dramaturgos do Reino Unido.
Em sua argumentação, a Academia destaca o papel do autor britânico em suas "obras, nas quais descobre o precipício que há por trás dos gaguejos cotidianos e que irrompe nos espaços da opressão".
Pinter anunciou, há poucos meses, que tinha decidido abandonar o teatro para se dedicar em tempo integral à crítica política, embora tenha reconhecido que seguiria escrevendo poemas.
Pertencente à geração dos jovens britânicos que tornaram comuns críticas mais ácidas ao Governo, defendeu a paz no Iraque e foi contrário à ocupação do país árabe pelas tropas de coalizão.
Sobre o primeiro-ministro, Tony Blair, chegou a dizer que era um "criminoso de guerra", e classificou os Estados Unidos como um país "dirigido por um bando de delinqüentes".
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