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02/12/2005 - 19h46

Gil rebate críticas de Autran e Nanini

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CARLOS DE MELO
Colaboração para a Folha Online, no Rio (*)

O cantor, compositor e ministro da Cultura, Gilberto Gil, rebateu nesta sexta-feira, no Rio, as críticas de Paulo Autran e Marco Nanini, e afirmou que os atores têm "outros instrumentos" para promover o que chamou de "teatro consagrado". Segundo Gil, a prioridade do ministério são as montagens de periferia.

J. Araújo/Folha Imagem
"Gil está ganhando muito dinheiro", diz Autran
"Gil está ganhando muito dinheiro", diz Autran
Na sabatina da Folha promovida na última segunda-feira (28), Autran havia declarado que Gil está "ganhando muito dinheiro", mas disse desconhecer os investimentos feitos no teatro. Em entrevista à Folha no último domingo, o ator Marco Nanini também fez críticas ao ministro ("Depois que assumiu, o Gilberto Gil demorou meses para falar a palavra teatro. Nunca foi a teatro, não gosta de teatro").

"Nós não estamos ausentes em relação ao teatro. Tem o teatro do Paulo Autran, tem o teatro do [Marco] Nanini, tem o teatro dos meninos de rua, tem todas essas dimensões, e o ministério procura ver todas elas, e de uma certa forma se dedicar aos menos amparados", afirmou o ministro.

Ana Ottoni/FI
Gil nunca foi a teatro, não gosta de teatro, diz Nanini
"Gil nunca foi a teatro, não gosta de teatro", diz Nanini
Ainda segundo Gil, o "teatro consagrado" é sustentado pela televisão, e daí viria a preferência do ministério em patrocinar as áreas "menos visíveis".

"Esse outro teatro, o teatro dos consagrados, ainda que viva dificuldades, tem outros instrumentos, tem uma capacidade de promoção, as televisões, é ligado ao mundo televisivo, que promove, que sustenta, que se torna uma forma adicional de recurso para o trabalho."

Tuca Vieira/Folha Imagem
"Não estamos ausentes em relação ao teatro", diz Gil
"Não estamos ausentes em relação ao teatro", diz Gil
E completou: "Essas outras áreas menos visíveis, menos protegidas, não têm nem isso. Então, de uma certa forma, o ministério está procurando ir um pouco mais para essas outras áreas, e deixar um pouco descoberta essa relação clássica com o teatro consagrado, que é basicamente quem tem se manifestado nesses últimos dias com uma sensação queixosa de desamparo, de não-apoio, de ausência do Ministério da Cultura".

Perguntado especificamente sobre as declarações de Autran, Gil retrucou: "Nem me venha perguntar de Paulo Autran".

Amigos

O ministro evitou ainda falar da cassação do ex-chefe da Casa Civil e do agora ex-deputado José Dirceu (PT-SP). Diante da insistência da reportagem, respondeu em tom áspero.

"Eu não estou aqui para falar disso. E daí [se ele foi cassado]? Zé Dirceu é meu amigo, Zé Dirceu é meu amigo, Zé Dirceu é meu amigo, se é isso que você queria ouvir", afirmou.

Gil negou ainda que um suposto aumento da meta de superávit primário, hoje em 4,25% do PIB (Produto Interno Bruto), defendida pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci, vá contingenciar recursos da pasta da Cultura. O superávit primário é a economia com gastos públicos para pagar juros da dívida.

"Estamos trabalhando para não haver contingenciamento [do Orçamento da Cultura]. Espero que não haja."

O ministro participou do lançamento do prêmio Cultura Viva no Centro Cultural Cartola, na Mangueira (zona norte do Rio).

(*)O repórter viajou ao Rio a convite do Ministério da Cultura

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