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21/12/2005
-
12h10
da Folha Online
Recentemente, os filmes de Hollywood passaram a mostrar o "outro lado" do terrorismo. Diversas produções atuais dão um enfoque humanista a extremistas, caso dos homens-bomba.
De olho nesta tendência, o jornal "USA Today" criou uma lista com filmes exibidos nos EUA que têm este enfoque. Entre eles está "Syriana", com George Clooney. A trama fala sobre um jovem, recrutado por um grupo islâmico, que deve participar de um plano para atacar uma empresa norte-americana.
"Syriana" estreou no dia 23 de novembro nos EUA, já faturou US$ 23 milhões e tem duas indicações ao Globo de Ouro (melhor ator coadjuvante e melhor trilha sonora).
"Fui chamado de traidor por ter questionado a guerra [do Iraque]. No entanto, cada vez mais pessoas estão questionando as ações de nosso governo, e contra quem estamos lutando. Este é o ato mais patriota que podemos ter", afirmou Clooney, que além de ator, trabalhou no longa como produtor.
Segundo o astro, "Syriana" tenta mostrar as complicações do mundo. Alguns especialistas criticam este tipo de postura, dizendo que o objetivo de Hollywood é se passar por liberal. "A indústria do entretenimento é esquerdista e, por isso, tende a ser cética em relação à guerra contra o terror", afirmou o crítico Michael Medved ao "USA Today".
O professor Randy Roberts, da Universidade de Purdue, tem uma explicação mais simplista. "Talvez os estúdios queiram lucrar com o sentimento antiguerra. Estas produções podem mostrar algo diferente para conseguirem, assim, lucrar."
Polêmica
Nesta mesma linha, o palestino "Paradise Now" conta a história de um homem que deve realizar um ataque suicida em Tel Aviv. A produção filmada na França, Alemanha, Holanda e Israel foi indicado ao Globo de Ouro como melhor filme estrangeiro.
Com estréia prevista para sexta-feira, "Munique" --dirigido por Steven Spielberg-- fala sobre o massacre nas sangrentas Olimpíadas de 1972. Segundo o cineasta, seu interesse é mostrar o lado humano de todos os envolvidos, vítimas e carrascos de ambos os lados, em meio à violência.
A revista "Entertainment Weekly" descreveu esta como uma história de "judeus caçando palestinos dirigida por um judeu".
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Recentemente, os filmes de Hollywood passaram a mostrar o "outro lado" do terrorismo. Diversas produções atuais dão um enfoque humanista a extremistas, caso dos homens-bomba.
De olho nesta tendência, o jornal "USA Today" criou uma lista com filmes exibidos nos EUA que têm este enfoque. Entre eles está "Syriana", com George Clooney. A trama fala sobre um jovem, recrutado por um grupo islâmico, que deve participar de um plano para atacar uma empresa norte-americana.
"Syriana" estreou no dia 23 de novembro nos EUA, já faturou US$ 23 milhões e tem duas indicações ao Globo de Ouro (melhor ator coadjuvante e melhor trilha sonora).
"Fui chamado de traidor por ter questionado a guerra [do Iraque]. No entanto, cada vez mais pessoas estão questionando as ações de nosso governo, e contra quem estamos lutando. Este é o ato mais patriota que podemos ter", afirmou Clooney, que além de ator, trabalhou no longa como produtor.
Segundo o astro, "Syriana" tenta mostrar as complicações do mundo. Alguns especialistas criticam este tipo de postura, dizendo que o objetivo de Hollywood é se passar por liberal. "A indústria do entretenimento é esquerdista e, por isso, tende a ser cética em relação à guerra contra o terror", afirmou o crítico Michael Medved ao "USA Today".
O professor Randy Roberts, da Universidade de Purdue, tem uma explicação mais simplista. "Talvez os estúdios queiram lucrar com o sentimento antiguerra. Estas produções podem mostrar algo diferente para conseguirem, assim, lucrar."
Polêmica
Nesta mesma linha, o palestino "Paradise Now" conta a história de um homem que deve realizar um ataque suicida em Tel Aviv. A produção filmada na França, Alemanha, Holanda e Israel foi indicado ao Globo de Ouro como melhor filme estrangeiro.
Com estréia prevista para sexta-feira, "Munique" --dirigido por Steven Spielberg-- fala sobre o massacre nas sangrentas Olimpíadas de 1972. Segundo o cineasta, seu interesse é mostrar o lado humano de todos os envolvidos, vítimas e carrascos de ambos os lados, em meio à violência.
A revista "Entertainment Weekly" descreveu esta como uma história de "judeus caçando palestinos dirigida por um judeu".
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