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19/01/2006 - 15h36

BNDES dará verba a Babenco, Camurati e Nachtergaele

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JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio de Janeiro

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) divulgou hoje os 18 projetos cinematográficos que receberão patrocínio do banco. A lista inclui nomes conhecidos como o dos cineastas Hector Babenco, Tata Amaral, Sandra Kogut, Carla Camurati e Jorge Furtado e estreantes como o ator Matheus Nachtergaele.

O banco de fomento aumentou a verba para o cinema de R$ 15 milhões em 2004 para R$ 22 milhões em 2005. Apesar do aumento, o orçamento para a produção cinematográfica representa apenas 45% do total, com R$ 10 milhões.

Valor igual (R$ 10 milhões) foi destinado ao Funcine (Fundo de Financiamento da Indústria Cinematográfica) para distribuição. Deste total, R$ 7 milhões já foram liberados para o fundo administrado pela gestora de investimentos Rio Bravo, que tem o ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco como sócio. Os R$ 2 milhões restantes foram aplicados em projetos de exibição, como a instalação da Sala BNDES-Cinemateca de Cinema, em São Paulo, e na restauração do Cine Olinda, em Pernambuco.

Segundo o chefe de gabinete do BNDES, Élvio Gaspar, a Rio Bravo foi a única gestora a apresentar as condições que o banco exigiu. "A BB DTVM (Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários do Banco do Brasil) apresentou uma primeira proposta. Nós apresentamos o que gostaríamos de apoiar e a forma como fazer isso, mas ainda não conseguimos fechar um acordo", disse.

Gaspar disse que, em tese, não houve redução de recursos para a produção cinematográfica porque metade do orçamento do Funcine pode ser destinado à produção, o que somado aos recursos liberados pelo banco aos projetos daria R$ 15 milhões.

Rio-São Paulo

Entre os projetos selecionados, 83% são do eixo Rio-São Paulo. Segundo o banco, o percentual refletiu a oferta na fase de inscrição, em que 80% dos projetos eram do eixo Rio-São Paulo e 20% de outras regiões.

Segundo Gaspar, o banco resolveu entrar "com força" na distribuição por ser considerada uma área problemática. Apesar dos pedidos para que os R$ 3 milhões restantes fossem destinados à produção, o banco decidiu manter a estratégia inicial. "Devemos repetir essa mesma estratégia esse ano", disse. Ele prevê que o BNDES lance edital para novos projetos em junho.

Outro filme contemplado, que está em fase de finalização, é "Antônia", da cineasta Tata Amaral. A produção está orçada em R$ 3 milhões e deverá receber R$ 400 mil. O longa sobre cantoras da periferia paulista deve estrear em agosto.

Já o filme "A Festa da Menina Morta", do estreante na direção Matheus Nachtergaele não tem previsão de estréia. Ele será filmado este ano, na beira do rio Negro, no alto Amazonas. A tragédia familiar que dá origem ao nascimento de uma seita vai contar com R$ 700 mil de recursos do BNDES. O orçamento total é superior a R$ 2 bilhões. "Hoje em dia estamos chegando perto da metade do orçamento, o que significa que a gente consegue colocar o filme na lata. No Brasil conseguir a metade do orçamento é um grande gol", afirmou Nachtergaele.

Segundo a Ancine (Agência Nacional do Cinema), 60 filmes brasileiros vão entrar em cartaz este ano. Em 2005, 51 filmes nacionais estrearam nos cinemas.

Confira os contemplados:

Ficção

"A Festa da Menina Morta" (RJ), de Matheus Nachtergaele
"Andar às Vozes" (SP), de Eliane Café
"Antônia" (SP), de Tata Amaral
"Bope - Tropa de Elite" (RJ), de José Padilha
"Budapeste" (SP), de Walter Padilha
"Cidade dos Homens" (RJ), de Paulo Morelli
"Jardim das Folhas Sagradas" (BA), de Paulo Roberto Vieira Filho
"Meu Pé de Laranja Lima" (RJ), de Marcos Bernstein
"Miguilim" (RJ), de Sandra Kogut
"O Mistério de Irma Vap" (RJ), de Carla Camurati
"O Passado" (SP), de Hector Babenco
"Saneamento Básico - O Filme" (RS), de Jorge Furtado
"Tainá 3 - Na Selva da Cidade" (RJ), de Michael Ruman
"União Fraterna" (SP), de Laís Bodanzky

Animação

"Garoto Cósmico" (SP), de Ale Cesário de Abreu
"Brichos" (PR), de Paulo Roberto Munhos

Documentário

"Grande Otelo - Eta Garoto Bamba" (SP), de Evaldo Mocarzel
"Pixote - 20 Anos Depois" (SP), de Felipe Gimarães Briso

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