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19/01/2006 - 15h47

Fora da lista do BNDES, Barreto volta a criticar MinC

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JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio de Janeiro

A divulgação da lista dos projetos cinematográficos que terão patrocínio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) já provoca polêmica. O cineasta Luiz Carlos Barreto, que ficou de fora da lista de 18 premiados, voltou a criticar o Ministério da Cultura.

"Não tenho nenhuma crítica ao BNDES. Minha crítica é ao Ministério da Cultura, que está encaminhando as leis de incentivo para um processo perigoso. Há alguns cineastas dentro do Minc que acham que só deve existir um tipo de cinema", disse.

Para Barretão, o Minc está deixando de lado os filmes de maior apelo comercial e responsabilizou o ministério pela queda da participação do cinema brasileiro no mercado. De acordo com o cineasta, o cinema brasileiro tinha 22% do mercado em 2003 e caiu para 15% em 2004 e em seguida para 12% em 2005.

"Não pode fazer reforma agrária dando terra ao lavrador, mas não dando assistência técnica, assistência na comercialização, no transporte da mercadoria. Por isso, filmes como 'Cidade Baixa', 'Cinema, Aspirinas e Urubus' e 'Contra Todos' ficaram muito aquém do que poderiam alcançar", disse.

Equilíbrio

A cineasta Carla Camurati, contemplada com R$ 400 mil para a finalização de "O Mistério de Irma Vap", afirmou que é natural em todo o processo de exclusão que bons filmes fiquem de fora da lista. "São forças do cinema brasileiro que fazem falta, mas se no processo de seleção você não vai revezando também ficam coisas importantíssimas de fora. O resultado me parece equilibrado", afirmou.

O filme de Camurati teve a exibição garantida em abril graças aos recursos do BNDES. Ele entra agora na fase de mixagem. A estréia estava prevista inicialmente para outubro e o filme já tinha recebido R$ 150 mil da Petrobras.

O trailler entra em cartaz nesta semana. O orçamento total é de R$ 6 milhões. O roteiro do filme tem origem no sucesso teatral que permaneceu 11 anos em cartaz e trata da remontagem da peça onde uma trama paralela mostra o cotidiano dos atores envolvidos no espetáculo. O elenco traz a dupla responsável pelo sucesso teatral: Marco Nanini e Nei Latorraca.

O BNDES aumentou a verba para o cinema de R$ 15 milhões em 2004 para R$ 22 milhões em 2005. A lista dos contemplados inclui nomes conhecidos no meio, como o dos cineastas Hector Babenco, Tata Amaral, Sandra Kogut, Carla Camurati e Jorge Furtado, e estreantes, como o ator Matheus Nachtergaele.

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