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02/02/2006
-
12h26
da Ansa, em Viena
A Áustria renunciou oficialmente à reaquisição de cinco famoso quadros do pintor Gustav Klimt, até agora expostos no Museu Belvedere de Viena e que recentemente foram entregues por uma comissão de arbitragem aos legítimos herdeiros de Ferninand Bloch --rico industrial e mecenas judeu, do qual as pinturas foram expropriadas pelos nazistas. O anúncio foi feito pela ministra da Cultura do país, Elisabeth Gehrer e pelo chanceler Wolfgang Schuessel.
A república não considera possível a obtenção de US$ 300 milhões junto ao orçamento para a aquisição das cinco pinturas, afirmou Gehrer. Este é o valor exigido pelas cinco obras-primas da parte da herdeira legítima, a cidadã norte-americana e sobrinha de Bloch, Maria Altmann, 89.
O Conselho de Ministros decidiu iniciar o processo de restituição e comunicar o advogado da senhora Altmann que a República austríaca não tem nenhum interesse em recomeçar as negociações para uma eventual reaquisição das pinturas, acrescentou. "De agora em diante os quadros estão a disposição dos herdeiros", afirmou Gehrer.
Segundo afirmou o chanceler Schuessel, os herdeiros estavam dispostos a vender os quadros apenas diretamente ao governo austríaco. "Não somos capazes e não queremos, porque negociações posteriores não levam a lugar nenhum", afirmou Schuessel, salientando que o interesse austríaco seria encontrar um patrocinador para a compra.
Entre os quadros que serão restituídos aos legítimos proprietários está o famoso retrato da mulher de Ferdinand Bloch, com o título "Adele Bloch-Bauer I".
A decisão da comissão de arbitragem colocou fim a um disputa entre a Áustria e a família Altmann sobre a propriedade legítima dos cinco quadros. Enquanto a Áustria utilizava o argumento do testamento de Adele Bloch-Bauer, que faleceu em 1925, no qual pedia ao marido que presenteasse os quadros ao museu Belvedere após sua morte, os herdeiros afirmavam que a última vontade da tia Adele era obsoleta, pois foi superada pelos eventos históricos, especialmente o advento do nazismo na Áustria em 1938. Ferdinand Bloch foi obrigado a fugir para a Suíça e deixar os quadros em Viena.
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A Áustria renunciou oficialmente à reaquisição de cinco famoso quadros do pintor Gustav Klimt, até agora expostos no Museu Belvedere de Viena e que recentemente foram entregues por uma comissão de arbitragem aos legítimos herdeiros de Ferninand Bloch --rico industrial e mecenas judeu, do qual as pinturas foram expropriadas pelos nazistas. O anúncio foi feito pela ministra da Cultura do país, Elisabeth Gehrer e pelo chanceler Wolfgang Schuessel.
A república não considera possível a obtenção de US$ 300 milhões junto ao orçamento para a aquisição das cinco pinturas, afirmou Gehrer. Este é o valor exigido pelas cinco obras-primas da parte da herdeira legítima, a cidadã norte-americana e sobrinha de Bloch, Maria Altmann, 89.
O Conselho de Ministros decidiu iniciar o processo de restituição e comunicar o advogado da senhora Altmann que a República austríaca não tem nenhum interesse em recomeçar as negociações para uma eventual reaquisição das pinturas, acrescentou. "De agora em diante os quadros estão a disposição dos herdeiros", afirmou Gehrer.
Segundo afirmou o chanceler Schuessel, os herdeiros estavam dispostos a vender os quadros apenas diretamente ao governo austríaco. "Não somos capazes e não queremos, porque negociações posteriores não levam a lugar nenhum", afirmou Schuessel, salientando que o interesse austríaco seria encontrar um patrocinador para a compra.
Entre os quadros que serão restituídos aos legítimos proprietários está o famoso retrato da mulher de Ferdinand Bloch, com o título "Adele Bloch-Bauer I".
A decisão da comissão de arbitragem colocou fim a um disputa entre a Áustria e a família Altmann sobre a propriedade legítima dos cinco quadros. Enquanto a Áustria utilizava o argumento do testamento de Adele Bloch-Bauer, que faleceu em 1925, no qual pedia ao marido que presenteasse os quadros ao museu Belvedere após sua morte, os herdeiros afirmavam que a última vontade da tia Adele era obsoleta, pois foi superada pelos eventos históricos, especialmente o advento do nazismo na Áustria em 1938. Ferdinand Bloch foi obrigado a fugir para a Suíça e deixar os quadros em Viena.
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