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12/02/2006 - 14h52

Deize "quebra barraco" com Tati

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ADRIANA FERREIRA SILVA
LAURA MATTOS
da Folha de S.Paulo

"Precisou a M.I.A vir lá do Sri Lanka para me dar o reconhecimento que a Tati [Quebra-Barraco] poderia ter dado", dispara Deize Tigrona. Ela e a colega de infância estão brigadas.

"Fiquei sabendo que ela estava cantando 'Esculacho' pelos outros. Crescemos praticamente juntas na Cidade de Deus, e ela nunca me perguntou se poderia cantar", reclama Tigrona. "Quando cobrei, a Tati me tratou mal. Disse que eu deveria agradecer por ela divulgar a música. Mas ela nunca fala que é minha." Procurada pela Folha, Tati preferiu não se manifestar. "São águas passadas. A Tati é mais rainha do funk do que eu. Faz mais shows, é mais reconhecida", apazigua Tigrona.

Além de Tati, também sobram farpas para outro bambambã do funk carioca, o DJ Marlboro. Durante a passagem dos dois por Paris, em 2005, ele fez crítica a Tigrona pelo teor erótico das letras.

"O que fiz foi dar um toque", afirma Marlboro. "Falei para ela: 'palavrão não, por favor. Duplo sentido, brincadeira ainda vai. Mas pornografia é sacanagem'."

É pela gravadora de Marlboro, a Big Mix, que Tigrona deve lançar seu disco de estréia. Segundo o DJ, o álbum está pronto, mas foi embargado. "A Tati [Quebra-Barraco] fez o disco dela todinho sem palavrão. O CD da Deize já deveria ter saído, mas não saiu por conta dessa nossa divergência sobre pornografia e sensualidade. Acho que sensual sim, pornografia não", justifica Marlboro.

Tigrona se defende dizendo que, se não fosse pelas músicas, "estaria na casa da madame até hoje". "Esse é meu ganha-pão e me revolta quando falam mal. Tentei cantar 'melody' [funk romântico], hip hop e não tive oportunidade. Fiz um rap consciente, editei a música com [a empresa] Marlboro, e ele não toca."

Marlboro, por sua, vez, afirma que nem todas as músicas registradas na Big Mix são ouvidas por ele. "Desconheço esse rap."

Com disco ou não, parece que, tão cedo, Tigrona não deve mudar de linha. "O povo quer descontração, dançar e se distrair", acredita. "Você já está cheio de problemas e vai numa festa para ouvir que minha casa tá caindo água, que minha filha tá passando fome? Posso falar sobre minha realidade, mas acho que ia ser música de fim de baile." Ela também refuta críticas de que seu funk incentiva o início precoce da vida sexual. "O que não incentiva o quê? O que hoje não tem duplo sentido?"

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