14/02/2006 - 14h58

Em "Belíssima", Júlia começa a descobrir falcatruas

JAMES CIMINO
do Agora

Nada como um baque para fazer uma mocinha sonsa cair na real. No caso de Júlia (Glória Pires), o chacoalhão será tão grande que ela vai engolir toda sua classe e partirá para cima de André (Marcello Antony) e Érica (Letícia Birkheuer), respectivamente seu marido e sua filha, quando pegar os dois em sua cama. As cenas estão previstas para irem ao ar no próximo sábado. A partir da descoberta, a personagem vai mudar de atitude, mas, segundo o autor, Silvio de Abreu, "ainda há muito sofrimento".

Divulgação

Gigi (Paulo Rangel) ajuda Júlia (Glória Pires) a se recuperar

"Por enquanto, ela ainda não descobriu nada [sobre as falcatruas de André na Belíssima]. Passa a tocar tudo sozinha, despede o marido, dá entrada no divórcio e lança novas coleções", revela o autor.
Além disso, ela pára de se sentir culpada pela morte dos pais, ao se lembrar que não queria entrar no avião, mas fora obrigada por Bia Falcão (Fernanda Montenegro).

A partir deste momento, a trama trará uma reviravolta na existência da protagonista, que tomará as rédeas da própria vida, sem a influência nefasta de Bia e do marido canalha. "Livre de seus complexos, sua melhor parte aflora. Isso vai permitir que Júlia aja com firmeza e determinação, sendo menos ingênua com relação ao coração e não se deixando manipular", diz o autor.

A mudança começa com a volta de Júlia à casa que a família tem em Campos do Jordão, perto de onde se deu o acidente aéreo que matou seus pais. Segundo Abreu, "o capítulo inteiro do dia 18 será recheado de memórias", e Júlia vai se dar conta de como era o relacionamento dela com o pai, com a mãe e, principalmente, com Bia, que, de certa forma, dominava o casal.

De volta a São Paulo, a heroína de Silvio de Abreu nem imagina o que a espera em casa. Ao chegar de Campos do Jordão, logo pela manhã, dá de cara com André e Érica em sua cama. "Depois de transarem, o André manda a Érica para o quarto dela, mas ela pede para ficar mais um pouco, e os dois caem no sono", conta Vera Holtz.

Como ninguém é de ferro, a empresária desce o barraco. "Júlia agride os dois fisicamente, enxota-os de sua casa e da empresa. Não é uma questão de classe. Como está no auge de um desgaste emocional por tudo o que descobriu, a explosão é uma conseqüência lógica", defende o autor. Ou, como diria Maria Escandalosa, personagem de Abreu em "Deus nos Acuda": "Quando eu me espalho, ninguém me junta.

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