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17/02/2006
-
08h01
RICARDO FELTRIN
Editor-chefe da Folha Online
Após três longas tachados "de gosto duvidoso", Woody Allen volta aos cinemas brasileiros nesta sexta-feira em um filme surpreendente, dramático e divertido --tudo ao mesmo tempo.
Mesmo os maiores fãs de Allan Stewart Königsberg, nome verdadeiro de Woody Allen, 70, já andavam preocupados com o futuro criativo e a posteridade cinematográfica desse grande diretor norte-americano. De fato, não foi nada agradável sua última seqüência, com os insossos "Dirigindo no Escuro" ("Hollywood Ending", 2002), "Igual a Tudo na Vida" ("Anything Else", 2003) e "Melinda e Melinda" (2004).
Se fosse uma música, "Ponto Final" ("Match Point", 2005) seria uma ópera. Se fosse teatro, seria talvez uma tragicomédia. Mas, indepentemente do formato, é uma obra cheia até a borda de realidade, com homens e mulheres arrivistas, mesquinhos, generosos, descompensados, insensatos, meigos, loucos. Enfim, tudo muito humano. E, por vezes, muito engraçado.
Guarde muito bem a primeira cena do filme, em que uma bolinha de tênis resvala na rede e, numa cena congelada, fica no ar. De quem será esse ponto? E quem está jogando?
Nem adianta tentar adivinhar. Nem mesmo quando essa mesma imagem se repetir mais tarde, em outra situação, com outros objetos em vez de a bolinha e a rede.
Você só saberá quem venceu a "partida" na última cena dessa grande obra, com a assinatura daquele velho e bom Allen inteligente, metafórico e de um humor cáustico sem igual.
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Editor-chefe da Folha Online
Após três longas tachados "de gosto duvidoso", Woody Allen volta aos cinemas brasileiros nesta sexta-feira em um filme surpreendente, dramático e divertido --tudo ao mesmo tempo.
Mesmo os maiores fãs de Allan Stewart Königsberg, nome verdadeiro de Woody Allen, 70, já andavam preocupados com o futuro criativo e a posteridade cinematográfica desse grande diretor norte-americano. De fato, não foi nada agradável sua última seqüência, com os insossos "Dirigindo no Escuro" ("Hollywood Ending", 2002), "Igual a Tudo na Vida" ("Anything Else", 2003) e "Melinda e Melinda" (2004).
Se fosse uma música, "Ponto Final" ("Match Point", 2005) seria uma ópera. Se fosse teatro, seria talvez uma tragicomédia. Mas, indepentemente do formato, é uma obra cheia até a borda de realidade, com homens e mulheres arrivistas, mesquinhos, generosos, descompensados, insensatos, meigos, loucos. Enfim, tudo muito humano. E, por vezes, muito engraçado.
Guarde muito bem a primeira cena do filme, em que uma bolinha de tênis resvala na rede e, numa cena congelada, fica no ar. De quem será esse ponto? E quem está jogando?
Nem adianta tentar adivinhar. Nem mesmo quando essa mesma imagem se repetir mais tarde, em outra situação, com outros objetos em vez de a bolinha e a rede.
Você só saberá quem venceu a "partida" na última cena dessa grande obra, com a assinatura daquele velho e bom Allen inteligente, metafórico e de um humor cáustico sem igual.
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