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10/03/2006
-
11h06
CHRISTIAN PETERMANN
do Guia da Folha
Adequadamente lançado logo depois do Dia Internacional da Mulher, o filme em episódios "Mulheres do Brasil", que marca a estréia em longa da diretora Malu de Martino, apresenta um mosaico da identidade feminina nacional. Como tal, opta por alguns arquétipos e deixa outros de lado, o que provocará reações diversas. O filme é uma curiosa mistura de entretenimento de massa, turismo e MPB.
Em cinco diferentes cidades --na ordem, Salvador, Maceió, Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo--, mulheres buscam o seu sonho. Destacam-se as histórias da porta-bandeira carioca Telma (Roberta Rodrigues) e da sonhadora curitibana Martileide (Carla Daniel), apaixonada pela voz de um locutor de rádio, além da presença exuberante de Dira Paes no segmento alagoano. Inseridos em cada "curta", depoimentos verídicos dão uma salpicada documental ao conjunto.
Com argumento escrito por seis mulheres, é curiosa a predominância da idéia de que a felicidade está atrelada à presença masculina. Apesar de popular e realista, a linha de histórias renega a mulher sofisticada e vitoriosa, optando pela lutadora que não se aproveitou dos frutos do feminismo. Gera certo incômodo promover a diversão a partir da negação desse grande ideal.
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Diretora apresenta mosaico em "Mulheres do Brasil"
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Adequadamente lançado logo depois do Dia Internacional da Mulher, o filme em episódios "Mulheres do Brasil", que marca a estréia em longa da diretora Malu de Martino, apresenta um mosaico da identidade feminina nacional. Como tal, opta por alguns arquétipos e deixa outros de lado, o que provocará reações diversas. O filme é uma curiosa mistura de entretenimento de massa, turismo e MPB.
Em cinco diferentes cidades --na ordem, Salvador, Maceió, Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo--, mulheres buscam o seu sonho. Destacam-se as histórias da porta-bandeira carioca Telma (Roberta Rodrigues) e da sonhadora curitibana Martileide (Carla Daniel), apaixonada pela voz de um locutor de rádio, além da presença exuberante de Dira Paes no segmento alagoano. Inseridos em cada "curta", depoimentos verídicos dão uma salpicada documental ao conjunto.
Com argumento escrito por seis mulheres, é curiosa a predominância da idéia de que a felicidade está atrelada à presença masculina. Apesar de popular e realista, a linha de histórias renega a mulher sofisticada e vitoriosa, optando pela lutadora que não se aproveitou dos frutos do feminismo. Gera certo incômodo promover a diversão a partir da negação desse grande ideal.
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