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18/03/2006
-
01h59
JOÃO SANDRINI
MÁRCIO DINIZ
da Folha Online
Carlos Santana mostrou em seu show na noite desta sexta-feira em São Paulo ser muito mais do que o maior expoente mundial da música latina. Em uma apresentação de cerca de duas horas e meia no estacionamento do Anhembi, ele prova que ainda está em forma e permanece como um dos maiores guitarristas da atualidade.
Mais que o virtuosismo, o show preza pela diversidade. O guitarrista flerta com o jazz, o hip hop, o reggae e ritmos latino-americanos e caribenhos.
Em seu último disco, "All That I Am", que também dá nome à turnê, a prova dessa salada musical: há participações de Steven Tyler (Aerosmith), Michelle Branch & The Wreckers, Big Boi (OutKast), Joss Stone, Kirk Hammet (Metallica), Sean Paul e will.i.am. (do Black Eyed Peas).
De volta ao show e sem a presença de algum convidado ilustre, Santana também dá espaço para que boa parte de seus músicos brilhem no palco em longos solos de bateria, teclado, baixo e metais. Também diversificada é a platéia: muita gente com mais de 45 anos e até mesmo crianças --cinco delas, inclusive, foram chamadas para subir ao palco e tocar instrumentos de percussão ao lado dos músicos.
Mas pode tudo então? "No Bush, no Nixxon, no Vietnan, no Iraq, no Iran", responde Santana. Vale qualquer coisa desde que seja musical. O guitarrista cita John Coltraine, Bob Marley, Jimmy Hendrix e Marvin Gaye, mas há espaço para especificidades.
O baixista Benny Rietveld chega a dedilhar os acordes de "Romaria" (Sou caipira, Pirapora, Nossa Senhora de Aparecida...). Lembranças também para "Aquarela do Brasil" (Ary Barroso) e "Sunshine Of Your Love" (Eric Clapton) em solos de guitarra.
Também não há fronteiras na religião. O espiritualista Santana cita Jeová, Jesus, Buda, Maomé... "Todos são um só", completa.
Com mais de 35 anos de carreira, 38 discos, 90 milhões de cópias vendidas, Santana mostra o quanto amadureceu desde a apresentação no Festival de Woodstock, em 1969.
Mescla sucessos antigos ("Black Magic Woman" e "Oye Como Va") com os maiores hits de seu mais bem-sucedido álbum, "Supernatural" --que arrebatou nove grammys em 2000-- ("Smooth", "Corazon Espinado" e "Maria Maria").
Junto com seu excelente time de músicos, Santana mostra "All That He Is". Ou melhor, tudo que deveríamos todos ser.
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MÁRCIO DINIZ
da Folha Online
Carlos Santana mostrou em seu show na noite desta sexta-feira em São Paulo ser muito mais do que o maior expoente mundial da música latina. Em uma apresentação de cerca de duas horas e meia no estacionamento do Anhembi, ele prova que ainda está em forma e permanece como um dos maiores guitarristas da atualidade.
Mais que o virtuosismo, o show preza pela diversidade. O guitarrista flerta com o jazz, o hip hop, o reggae e ritmos latino-americanos e caribenhos.
Em seu último disco, "All That I Am", que também dá nome à turnê, a prova dessa salada musical: há participações de Steven Tyler (Aerosmith), Michelle Branch & The Wreckers, Big Boi (OutKast), Joss Stone, Kirk Hammet (Metallica), Sean Paul e will.i.am. (do Black Eyed Peas).
De volta ao show e sem a presença de algum convidado ilustre, Santana também dá espaço para que boa parte de seus músicos brilhem no palco em longos solos de bateria, teclado, baixo e metais. Também diversificada é a platéia: muita gente com mais de 45 anos e até mesmo crianças --cinco delas, inclusive, foram chamadas para subir ao palco e tocar instrumentos de percussão ao lado dos músicos.
Mas pode tudo então? "No Bush, no Nixxon, no Vietnan, no Iraq, no Iran", responde Santana. Vale qualquer coisa desde que seja musical. O guitarrista cita John Coltraine, Bob Marley, Jimmy Hendrix e Marvin Gaye, mas há espaço para especificidades.
O baixista Benny Rietveld chega a dedilhar os acordes de "Romaria" (Sou caipira, Pirapora, Nossa Senhora de Aparecida...). Lembranças também para "Aquarela do Brasil" (Ary Barroso) e "Sunshine Of Your Love" (Eric Clapton) em solos de guitarra.
Também não há fronteiras na religião. O espiritualista Santana cita Jeová, Jesus, Buda, Maomé... "Todos são um só", completa.
Com mais de 35 anos de carreira, 38 discos, 90 milhões de cópias vendidas, Santana mostra o quanto amadureceu desde a apresentação no Festival de Woodstock, em 1969.
Mescla sucessos antigos ("Black Magic Woman" e "Oye Como Va") com os maiores hits de seu mais bem-sucedido álbum, "Supernatural" --que arrebatou nove grammys em 2000-- ("Smooth", "Corazon Espinado" e "Maria Maria").
Junto com seu excelente time de músicos, Santana mostra "All That He Is". Ou melhor, tudo que deveríamos todos ser.
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