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30/04/2006
-
12h58
MÁRCIO DINIZ
da Folha Online, em Aracaju
Três documentários que têm a música como fio condutor foram os destaques do segundo dia da mostra competitiva do 6º Festival Luso-Brasileiro de Curtas-Metragens de Sergipe, o Curta-SE 6. Todos eles mostram a trajetória de personagens ainda pouco conhecidos pelo grande público.
Em "Descobrindo Waltel", Alessandro Gamo traça a carreira de Waltel Branco, considerado por João Gilberto como o melhor arranjador da MPB. O trabalho do maestro, violonista, arranjador e compositor é reconhecido internacionalmente, mas ainda pouco divulgado no Brasil.
O documentário traz depoimentos de nomes importantes da música brasileira como Hermínio Bello de Carvalho, Ed Motta, Sérgio Cabral, Roberto Menescal e Dom Salvador, entre outros. No filme, Waltel Branco fala de sua trajetória, dos seus trabalhos com Henri Mancini --foi arranjador de "A Pantera Cor-de-Rosa"-- e de como é ser pouco reconhecido em seu próprio país.
O outro curta aborda a história de um das figuras mais polêmicas do Carnaval carioca: Mestre Jorjão. Dirigido por Paulo Tiefenthaler, "Jorjão" desvenda, de forma afetiva, a relação de um dos mais respeitados mestre de bateria do Rio com seus ritmistas, com a família e a comunidade.
Discípulo de Mestre André, criador da famosa paradinha com a bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel, Jorjão é polêmico e inovador. Em 1997, introduziu batidas funk na bateria da Unidos do Viradouro, com a qual conquistou o título naquele ano. No Carnaval de 2000, foi mestre de bateria da escola paulistana Acadêmicos do Samba do Tucuruvi, quando levou para o Sambódromo ritmos militares.
Já o curta "Rap, o Canto da Ceilândia", de Ardiley Queiroz de Andrade, retrata a vida de quatro artistas de Rap --X, Jamaika, Marquim e Japão-- no universo da música e faz um paralelo com a construção da cidade-satélite de Brasília. Moradores da periferia, eles encontraram na música uma saída para manifestarem seus sentimentos e uma forma de ganhar a vida.
Concorreram ainda na categoria 35 mm "O Maior Espetáculo da Terra", de Marcos Pimentel, "O Almoço", produção portuguesa de Gideon Nel, "Início do Fim", de Gustavo Spolidoro, e o "Meio do Mundo", de Marcus Vilar.
Após a apresentação dos filmes que participaram da mostra competitiva, o público assistiu ao longa "Cidade Baixa", de Sérgio Machado.
Durante a tarde aconteceu na cidade histórica de São Cristóvão a mostra Sergipana com trabalhos produzidos no Estado. A categoria foi criada este ano para prestigiar e incentivar a produção local. Seis trabalhos concorrem ao prêmio.
Premiação
Na noite deste domingo serão conhecidos os vencedores nas categorias vídeo, 16 mm, 35 mm e Curta os Sergipanos. A premiação ocorrerá no Cinemark do Shopping Jardins. O Banco do Nordeste vai premiar com R$ 10 mil o melhor curta do evento. Informações sobre a programação podem ser obtidas no site www.curtase.org.br.
O jornalista Márcio Diniz viajou a Aracaju a convite da organização do festival
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da Folha Online, em Aracaju
Três documentários que têm a música como fio condutor foram os destaques do segundo dia da mostra competitiva do 6º Festival Luso-Brasileiro de Curtas-Metragens de Sergipe, o Curta-SE 6. Todos eles mostram a trajetória de personagens ainda pouco conhecidos pelo grande público.
Em "Descobrindo Waltel", Alessandro Gamo traça a carreira de Waltel Branco, considerado por João Gilberto como o melhor arranjador da MPB. O trabalho do maestro, violonista, arranjador e compositor é reconhecido internacionalmente, mas ainda pouco divulgado no Brasil.
O documentário traz depoimentos de nomes importantes da música brasileira como Hermínio Bello de Carvalho, Ed Motta, Sérgio Cabral, Roberto Menescal e Dom Salvador, entre outros. No filme, Waltel Branco fala de sua trajetória, dos seus trabalhos com Henri Mancini --foi arranjador de "A Pantera Cor-de-Rosa"-- e de como é ser pouco reconhecido em seu próprio país.
O outro curta aborda a história de um das figuras mais polêmicas do Carnaval carioca: Mestre Jorjão. Dirigido por Paulo Tiefenthaler, "Jorjão" desvenda, de forma afetiva, a relação de um dos mais respeitados mestre de bateria do Rio com seus ritmistas, com a família e a comunidade.
Discípulo de Mestre André, criador da famosa paradinha com a bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel, Jorjão é polêmico e inovador. Em 1997, introduziu batidas funk na bateria da Unidos do Viradouro, com a qual conquistou o título naquele ano. No Carnaval de 2000, foi mestre de bateria da escola paulistana Acadêmicos do Samba do Tucuruvi, quando levou para o Sambódromo ritmos militares.
Já o curta "Rap, o Canto da Ceilândia", de Ardiley Queiroz de Andrade, retrata a vida de quatro artistas de Rap --X, Jamaika, Marquim e Japão-- no universo da música e faz um paralelo com a construção da cidade-satélite de Brasília. Moradores da periferia, eles encontraram na música uma saída para manifestarem seus sentimentos e uma forma de ganhar a vida.
Concorreram ainda na categoria 35 mm "O Maior Espetáculo da Terra", de Marcos Pimentel, "O Almoço", produção portuguesa de Gideon Nel, "Início do Fim", de Gustavo Spolidoro, e o "Meio do Mundo", de Marcus Vilar.
Após a apresentação dos filmes que participaram da mostra competitiva, o público assistiu ao longa "Cidade Baixa", de Sérgio Machado.
Durante a tarde aconteceu na cidade histórica de São Cristóvão a mostra Sergipana com trabalhos produzidos no Estado. A categoria foi criada este ano para prestigiar e incentivar a produção local. Seis trabalhos concorrem ao prêmio.
Premiação
Na noite deste domingo serão conhecidos os vencedores nas categorias vídeo, 16 mm, 35 mm e Curta os Sergipanos. A premiação ocorrerá no Cinemark do Shopping Jardins. O Banco do Nordeste vai premiar com R$ 10 mil o melhor curta do evento. Informações sobre a programação podem ser obtidas no site www.curtase.org.br.
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