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22/05/2006
-
18h25
JAMES CIMINO
da Folha Online
"Madonna não é mais a mesma", dizem alguns saudosistas do choque sexual promovido pela popstar no início dos anos 90. Realmente. Madonna não é mais a mesma. Aliás, a sua especialidade é essa: nunca cair na mesmice.
No último domingo, em Los Angeles, a diva de 47 anos de idade --e corpinho de 30-- estreou sua mais nova turnê: a "Confessions Tour", cujo repertório mostra as novas canções do álbum "Confessions on a Dance Floor", (que está no topo da parada internacional brasileira desde que foi lançado) e revisita grandes hits de sua carreira como "Music", "Live to Tell" e "La Isla Bonita".
Mas não é bem assim. Madonna é camaleônica na forma, mas, como boa empresária, sabe capitalizar uma estrutura bastante sólida a seu favor. Ela, mais que qualquer outro artista pop, soube desenvolver uma fórmula comercial bem sucedida que a tem mantido no topo nestes 23 anos de carreira.
Suas turnês, por exemplo, seguem um modelo de show-videoclipe que tem sido aperfeiçoado à medida que os anos passam --e que tiveram seu grande marco em 1990, com "Blond Ambition", e em 1993, com "Girlie Show".
Com "Confessions", porém, Madonna está mais profissional que nunca. Aprendeu que dançar muito é sinônimo de cantar pouco, que tocar um instrumento musical dá um toque a mais à performance e que o passado não pode ser totalmente descartado. Por isso, Madonna, mais do que mudar, recicla-se. Reinventa-se, como evidencia o título de sua última turnê ("Re-Invention Tour", de 2004).
Isso, mais o burburinho em torno de como será seu figurino, quais serão as músicas, e qual será a coreografia que os gays irão imitar, faz de sua turnês acontecimentos catárticos, com ingressos esgotados em poucos minutos, mesmo a preços exorbitantes (em Los Angeles o tíquete foi vendido a US$ 350).
A fórmula palco gigante, efeitos especiais, dançarinos, trocas de roupa, provocações à igreja e ao sistema capitalista (apesar de ela mesma ser uma grande representante de sua lógica), rostos multi-étnicos e corpos sarados mais uma vez estava lá.
O site Madonna Online disponibiliza uma galeria de fotos de todas as canções. A qualidade não é muito boa, mas dá para se ter uma boa idéia do palco. Está tudo ali: o crucifixo de cristais com Madonna coroada de espinhos, os globos de luzes, as coreografias, o glamour, o brilho multi-colorido e ela.
Madonna no fundo ainda está lá. Apesar da maternidade e da vida reclusa em um castelo inglês, a fera ainda quer sair da jaula. E isso é que há de mais atrativo nessa mulher extremamente comum, que começou como uma garotinha peralta e materialista, que virou mulher de um amor bandido, que atacou o pai, chorou pela mãe e brincou com Jesus Cristo, que tirou os gays do armário, que apanhou na cama, que não pediu desculpas, que foi Evita, que aprendeu ioga, que dançou country music, que atacou Bush e que, depois de tudo isso, resolveu passar por uma boate e dar uma dançadinha.
Confissões
A entrada de Madonna foi triunfal. O globo de espelhos trazia uma dominatrix eqüestre em referência à nova obsessão da cantora: os cavalos.
Ela canta "Future Lovers", que se junta a "I Feel Love" de Donna Summer.
O segundo bloco traz como destaque o gigantesco crucifixo de cristais que, segundo a assessoria da cantora, trará um convidado especial a cada noite.
Na terceira parte, o ponto alto é "Sorry", o hit cuja performance é semelhante à do clipe.
Como sempre deixa o melhor para o final, o bloco mais dançante abre com "Music", passa por "Erotica" e fecha com chave de ouro em "Hung Up", a vedete das pistas de dança do mundo todo.
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da Folha Online
"Madonna não é mais a mesma", dizem alguns saudosistas do choque sexual promovido pela popstar no início dos anos 90. Realmente. Madonna não é mais a mesma. Aliás, a sua especialidade é essa: nunca cair na mesmice.
No último domingo, em Los Angeles, a diva de 47 anos de idade --e corpinho de 30-- estreou sua mais nova turnê: a "Confessions Tour", cujo repertório mostra as novas canções do álbum "Confessions on a Dance Floor", (que está no topo da parada internacional brasileira desde que foi lançado) e revisita grandes hits de sua carreira como "Music", "Live to Tell" e "La Isla Bonita".
Chris Pizzello/AP |
Madonna apresenta "Get Together", na "Confessions Tour", clique para ver mais fotos |
Suas turnês, por exemplo, seguem um modelo de show-videoclipe que tem sido aperfeiçoado à medida que os anos passam --e que tiveram seu grande marco em 1990, com "Blond Ambition", e em 1993, com "Girlie Show".
Com "Confessions", porém, Madonna está mais profissional que nunca. Aprendeu que dançar muito é sinônimo de cantar pouco, que tocar um instrumento musical dá um toque a mais à performance e que o passado não pode ser totalmente descartado. Por isso, Madonna, mais do que mudar, recicla-se. Reinventa-se, como evidencia o título de sua última turnê ("Re-Invention Tour", de 2004).
Isso, mais o burburinho em torno de como será seu figurino, quais serão as músicas, e qual será a coreografia que os gays irão imitar, faz de sua turnês acontecimentos catárticos, com ingressos esgotados em poucos minutos, mesmo a preços exorbitantes (em Los Angeles o tíquete foi vendido a US$ 350).
A fórmula palco gigante, efeitos especiais, dançarinos, trocas de roupa, provocações à igreja e ao sistema capitalista (apesar de ela mesma ser uma grande representante de sua lógica), rostos multi-étnicos e corpos sarados mais uma vez estava lá.
Chris Pizzello/AP |
Madonna apresenta "Future Lovers", na "Confessions Tour", clique para ver mais fotos |
Madonna no fundo ainda está lá. Apesar da maternidade e da vida reclusa em um castelo inglês, a fera ainda quer sair da jaula. E isso é que há de mais atrativo nessa mulher extremamente comum, que começou como uma garotinha peralta e materialista, que virou mulher de um amor bandido, que atacou o pai, chorou pela mãe e brincou com Jesus Cristo, que tirou os gays do armário, que apanhou na cama, que não pediu desculpas, que foi Evita, que aprendeu ioga, que dançou country music, que atacou Bush e que, depois de tudo isso, resolveu passar por uma boate e dar uma dançadinha.
Confissões
A entrada de Madonna foi triunfal. O globo de espelhos trazia uma dominatrix eqüestre em referência à nova obsessão da cantora: os cavalos.
Ela canta "Future Lovers", que se junta a "I Feel Love" de Donna Summer.
O segundo bloco traz como destaque o gigantesco crucifixo de cristais que, segundo a assessoria da cantora, trará um convidado especial a cada noite.
Na terceira parte, o ponto alto é "Sorry", o hit cuja performance é semelhante à do clipe.
Como sempre deixa o melhor para o final, o bloco mais dançante abre com "Music", passa por "Erotica" e fecha com chave de ouro em "Hung Up", a vedete das pistas de dança do mundo todo.
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