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24/05/2006 - 23h08

Quadro de Frida Kahlo obtém US$ 5,6 milhões em leilão

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da Folha Online

O quadro "Raízes", da pintora mexicana Frida Kahlo, foi arrematado nesta quarta-feira por US$ 5,6 milhões em um leilão de arte latino-americana realizado pela Casa Sotheby's, em Nova York.

Foi o maior preço já pago por uma obra de arte latino-americana. O recorde anterior, de US$ 5 milhões, era de "Auto-retrato", também de Kahlo, vendida pela Sotheby's em 2000.

"Raízes", um pequeno óleo sobre metal de 35 centímetros de altura por 50 de largura, obteve exatamente US$ 5.616.000. A obra foi pintada após o segundo casamento de Frida com o muralista Diego Rivera, e simboliza, segundo o comunicado da casa de leilões, "sua unidade após anos de dor e sofrimento". No quadro Frida aparece recostada na terra. De seu peito e costas brotam plantas, cujas folhas ocupam o primeiro plano da tela.

Reprodução
Quadro "Raízes" (1943) mostra plantas brotando do corpo da pintora mexicana
Quadro "Raízes" (1943) mostra plantas brotando do corpo da pintora mexicana
"'Raízes' pertence ao período em que Kahlo e Diego Rivera se uniram em matrimônio, quando ela refloresceu e desenvolveu seu potencial. É o período no qual suas obras estão mais acabadas, em que seu trabalho está mais maduro", explicou Carmen Melián, diretora do departamento de arte latino-americana da Sotheby's.

"Durante a exibição que organizamos antes do leilão, pessoas interessadas vinham de lugares remotos para ver a obra, como se fosse uma peregrinação a uma espécie de altar", afirmou Melián.

O comprador de "Raízes" é um colecionador particular anônimo, que disputou a obra por telefone. A obra passou os últimos 20 anos na coleção particular de um americano, após ter pertencido à mecenas mexicana Dolores Olmedo. Em 2005, o quadro apareceu brevemente em uma exposição na Tate Modern Gallery de Londres.

No mesmo leilão, "Cuatro músicos", do colombiano Fernando Botero, foi arrematado por US$ 2.032.000, exatamente o mesmo valor obtido por outro quadro do pintor, "Nueve músicos", leiloado na véspera pela Casa Christie's.

Supresa

Uma das grandes surpresas da noite foi o recorde de US$ 3,7 milhões atingido pelo escultor costarriquenho-mexicano Francisco Zúñiga pela venda de um conjunto de figuras monumentais de bronze intitulado "Quatro mulheres de pé" (1974).

A obra, adquirida na sala por uma mulher que preferiu o anonimato, tinha um valor previsto de US$ 900 mil. O preço pago superou amplamente o recorde do artista, que era de US$ 411 mil.

Segundo Melián, o mercado de Zúñiga é amplo e seus colecionadores estão na América Latina, Japão, Canadá e Alemanha, já que sua obra é "clássica, de todos os tempos".

"É um recorde merecido. É a melhor escultura de grupo de Zúñiga", comentou Melián, para quem os recordes alcançados e o resultado total da noite refletem que "cada vez mais colecionadores admiram a arte latino-americana".

Com agências internacionais

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