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19/06/2006
-
10h30
da Folha Online
Após ser acusada de racismo na novela "Sinhá Moça", a Globo agora enfrenta as queixas da comunidade judaica, incomodada com a personagem Ester (Ada Chaseliov) e sua família, informa a colunista Mônica Bergamo hoje na Folha (leia aqui --exclusivo para assinantes).
De acordo com carta enviada à emissora pela Federação Israelita de São Paulo, há um "desconforto" sentido pela comunidade judaica. De acordo com o comunicado, assinado por Jayme Blay, presidente da entidade, os personagens "transmitem uma imagem de avareza, perversidade, malvadez [...] ocasionando um mal-estar generalizado" na coletividade judaica, "extremamente sensível com tais estereótipos devido aos inúmeros fatos discriminatórios e de perseguições ocorridos ao longo da história".
O núcleo judaico da novela das oito da Globo é composto basicamente por Ester e seu filho, Freddy (Guilherme Weber). Há ainda o garoto Isaac (Vitor Morosini), filho de Freddy com Safira (Cláudia Raia).
Em uma carta de resposta citada na coluna de Mônica Bergamo, a Globo definiu o Brasil como "um paraíso da miscigenação racial e religiosa" e defendeu a abordagem da novela. "Fazendo uso do humor tipicamente brasileiro. [...] 'Belíssima' tem mostrado de forma caricatural rigorosamente todos os grupos retratados na trama", como "afro-descendentes, passando por outros grupos de imigrantes, não poupando a igreja católica, com repetidas brincadeiras até com Nossa Senhora da Candelária", escreveu o diretor de comunicação, Luis Erlanger.
"Como o senhor reconhece, por respeitáveis razões históricas, esta comunidade é mesmo extremamente sensível", diz Erlanger na carta a Blay. "Mais do que por esta razão, mas por respeito à sua manifestação", ele informa que decidiu encaminhar a reclamação ao autor da novela, Silvio de Abreu, "que certamente ficará atento para que essa impressão não prevaleça na novela".
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Após ser acusada de racismo na novela "Sinhá Moça", a Globo agora enfrenta as queixas da comunidade judaica, incomodada com a personagem Ester (Ada Chaseliov) e sua família, informa a colunista Mônica Bergamo hoje na Folha (leia aqui --exclusivo para assinantes).
De acordo com carta enviada à emissora pela Federação Israelita de São Paulo, há um "desconforto" sentido pela comunidade judaica. De acordo com o comunicado, assinado por Jayme Blay, presidente da entidade, os personagens "transmitem uma imagem de avareza, perversidade, malvadez [...] ocasionando um mal-estar generalizado" na coletividade judaica, "extremamente sensível com tais estereótipos devido aos inúmeros fatos discriminatórios e de perseguições ocorridos ao longo da história".
Divulgação |
Judia vivida por Ada Chaseliov criou polêmica |
Em uma carta de resposta citada na coluna de Mônica Bergamo, a Globo definiu o Brasil como "um paraíso da miscigenação racial e religiosa" e defendeu a abordagem da novela. "Fazendo uso do humor tipicamente brasileiro. [...] 'Belíssima' tem mostrado de forma caricatural rigorosamente todos os grupos retratados na trama", como "afro-descendentes, passando por outros grupos de imigrantes, não poupando a igreja católica, com repetidas brincadeiras até com Nossa Senhora da Candelária", escreveu o diretor de comunicação, Luis Erlanger.
"Como o senhor reconhece, por respeitáveis razões históricas, esta comunidade é mesmo extremamente sensível", diz Erlanger na carta a Blay. "Mais do que por esta razão, mas por respeito à sua manifestação", ele informa que decidiu encaminhar a reclamação ao autor da novela, Silvio de Abreu, "que certamente ficará atento para que essa impressão não prevaleça na novela".
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