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20/06/2006
-
17h27
DIÓGENES MUNIZ
da Folha Online
"O confinamento destrói a cidade". A crítica, feita durante a sabatina da Folha nesta terça-feira, é do premiado arquiteto Paulo Mendes da Rocha. Ele se refere aos centros de compras freqüentados principalmente em metrópoles. Segundo Mendes, "a cidade não pode ser feita de quimeras, não pode se trancar".
"Tenho horror, poucas vezes entro num shopping center, pois me sinto mal. O pior são as praças de alimentação, onde há a impressão de que as pessoas estão em um curral", disse. Segundo ele, o equívoco dos shoppings não é especificamente arquitetônico, mas social. "No shopping não entra qualquer um, ele é excludente."
Mendes afirmou que, para ele, a privatização do espaço público faz parte de um processo de imposição do medo. "Elaboram o medo para poderem nos proteger. O medo é um instrumento fundamental do fascismo", declarou.
Favelas
Ao ser perguntado sobre o processo de favelização nas grandes cidades, Mendes afirmou que "favelas podem ser vistas como a manifestação de urgência de urbanismo". Segundo o arquiteto, tirar pessoas de um local conquistado para verticalizá-lo ou revitalizá-lo pode ser um equívoco.
Mendes questionou a própria idéia de revitalização do espaço público. "Às vezes, é uma forma infame de se tratar o mais pobre. [Após a construção das habitações populares], todo mundo percebe que aquilo é uma casa mambembe."
"O estabelecimento de uma política pública é indispensável. A cidade é indiscutivelmente um universo coletivo. A democracia é um modo de estabelecermos consensos. Não basta proclamar. É preciso construir coletivamente", afirmou.
Mendes participa hoje da quarta sabatina de 2006 da Folha, realizada no Teatro Folha, no shopping Higienópolis, em São Paulo. O governador Cláudio Lembo (PFL), o especialista em educação Rubem Alves e a colunista Danuza Leão foram os outros entrevistados do ano.
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da Folha Online
"O confinamento destrói a cidade". A crítica, feita durante a sabatina da Folha nesta terça-feira, é do premiado arquiteto Paulo Mendes da Rocha. Ele se refere aos centros de compras freqüentados principalmente em metrópoles. Segundo Mendes, "a cidade não pode ser feita de quimeras, não pode se trancar".
Tuca Vieira/Folha Imagem |
Arquiteto Paulo Mendes da Rocha, 77, participa de sabatina, no Teatro Folha |
Mendes afirmou que, para ele, a privatização do espaço público faz parte de um processo de imposição do medo. "Elaboram o medo para poderem nos proteger. O medo é um instrumento fundamental do fascismo", declarou.
Favelas
Ao ser perguntado sobre o processo de favelização nas grandes cidades, Mendes afirmou que "favelas podem ser vistas como a manifestação de urgência de urbanismo". Segundo o arquiteto, tirar pessoas de um local conquistado para verticalizá-lo ou revitalizá-lo pode ser um equívoco.
Mendes questionou a própria idéia de revitalização do espaço público. "Às vezes, é uma forma infame de se tratar o mais pobre. [Após a construção das habitações populares], todo mundo percebe que aquilo é uma casa mambembe."
"O estabelecimento de uma política pública é indispensável. A cidade é indiscutivelmente um universo coletivo. A democracia é um modo de estabelecermos consensos. Não basta proclamar. É preciso construir coletivamente", afirmou.
Mendes participa hoje da quarta sabatina de 2006 da Folha, realizada no Teatro Folha, no shopping Higienópolis, em São Paulo. O governador Cláudio Lembo (PFL), o especialista em educação Rubem Alves e a colunista Danuza Leão foram os outros entrevistados do ano.
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