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04/07/2006
-
15h21
MARIA CARMONA
da France Presse, em Paris
Idêntico a si mesmo e ao mesmo tempo renovado, o estilista Pierre Cardin apresentou nesta terça-feira, aos 84 anos recém-completados, uma coleção de prêt-à-porter masculino na qual reviu seus clássicos com novas matérias-primas e propôs peças juvenis originais, jaquetas esportivas de algodão com aberturas nas costas e jaquetões jeans de formas esculpidas.
Muito esperada, a coleção de Cardin, que não apresentava suas criações em Paris há dez anos, foi a oportunidade para que o estilista evocasse falasse a um grupo de jornalistas sobre sua relação com a moda.
"Hoje, os estilistas se inspiram na história, na pintura, até em Maria Antonieta. Eu me inspiro em meu subconsciente, crio meu estilo próprio, faço moda Cardin. Eu não copio, eu tento ser copiado", disse.
O clássico terno Cardin se renovou com têxteis contemporâneos, tornando-os mais fluidos. "Peças que podem ser usadas de forma confortável e informal, com as quais a gente se sente livre", explicou o estilista veterano.
As jaquetas dos ternos se renovaram nos pequenos detalhes: botões metálicos ou cortes diferenciados na borda das jaquetas, debaixo das casas. Gravatas e lenços e bolso dão um toque colorido aos tons sóbrios.
Mas a grande novidade ficou por conta das jaquetas jeans, trabalhadas nos volumes, com colarinhos e mangas esculpidos, e jaquetas esportivas de algodão --brancas, azuis, vermelhas ou amarelas--, com "ventilação" nas costas, mediante tiras cortadas ou buracos feitos no tecido.
As peças arejadas foram o primeiro passo para uma nova aplicação tecnológica nas roupas que o estilista está preparando. No futuro, "a roupa terá pequenos microprocessadores que permitirão climatizá-la. Bastará apertar um pequeno botão para se ter mais frio ou mais calor, segundo o gosto", explicou Cardin, que disse esperar ter esta tecnologia pronta já no ano que vem.
Junto dos modelos masculinos, Cardin apresentou ainda várias peças femininas: o clássico vestidinho de formas geométricas, ao qual foram incorporados detalhes inspirados nos sinais de trânsito ou vestidos de musseline nos quais camadas de tecidos se sobrepõem como pétalas.
Quando perguntado se não pensa em se aposentar para ter o descanso merecido, Pierre Cardin respondeu: "Para que me aposentar? Para esperar a morte? Ela virá em seu momento. Eu sou como um pintor que precisa pintar. A cada dia trabalho para criar moda. A moda é a minha paixão e também o meu prazer".
Grifes
Para a casa Thierry Mugler, o estilista Thomas Engelhart respeitou a linha que caracteriza a casa, com uma moda muito jovem e sensual, na qual salpicou o predomínio do preto com alguns modelos alaranjados e amarelos brilhantes.
As jaquetas dos ternos foram justas e as calças, retas. Nenhuma gravata da coleção, na qual os ternos, freqüentemente sem colarinho, foram usados com camisetas ou regatas de jersey brilhantes ou diretamente cobertos de lantejoulas.
A casa Dormeuil apresentou uma coleção na qual os clássicos do vestuário masculino, predominantes, se divertem entrecortando-se. Os jaquetões esportivos exibem colarinhos de terno, as jaquetas dos ternos foram combinados com shorts e seus colarinhos se transformam em xales, enquanto as camisas imitam a forma dos coletes.
Quando a forma é clássica são as cores que inovam. O estilista da casa Dormeuil, Pierre-Henri Mattout, propõe jaquetas e calças com estampa príncipe de gales e pied-de-coq nos tons vermelho, azul, verde e amarelo.
Finalmente, para a casa Givenchy, Ozwald Boateng concebe o verão em preto e branco, com alguns toques metálicos. O homem Givenchy se veste com impecável terno branco ou cardigan preto com bordado branco. As gravatas borboleta acompanham camisas brancas ou com finas listras ou círculos. De vez em quando, seu vestuário pode ter alguma cor, com camisas pólo vermelhas ou verdes claras.
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da France Presse, em Paris
Idêntico a si mesmo e ao mesmo tempo renovado, o estilista Pierre Cardin apresentou nesta terça-feira, aos 84 anos recém-completados, uma coleção de prêt-à-porter masculino na qual reviu seus clássicos com novas matérias-primas e propôs peças juvenis originais, jaquetas esportivas de algodão com aberturas nas costas e jaquetões jeans de formas esculpidas.
Muito esperada, a coleção de Cardin, que não apresentava suas criações em Paris há dez anos, foi a oportunidade para que o estilista evocasse falasse a um grupo de jornalistas sobre sua relação com a moda.
"Hoje, os estilistas se inspiram na história, na pintura, até em Maria Antonieta. Eu me inspiro em meu subconsciente, crio meu estilo próprio, faço moda Cardin. Eu não copio, eu tento ser copiado", disse.
O clássico terno Cardin se renovou com têxteis contemporâneos, tornando-os mais fluidos. "Peças que podem ser usadas de forma confortável e informal, com as quais a gente se sente livre", explicou o estilista veterano.
As jaquetas dos ternos se renovaram nos pequenos detalhes: botões metálicos ou cortes diferenciados na borda das jaquetas, debaixo das casas. Gravatas e lenços e bolso dão um toque colorido aos tons sóbrios.
Mas a grande novidade ficou por conta das jaquetas jeans, trabalhadas nos volumes, com colarinhos e mangas esculpidos, e jaquetas esportivas de algodão --brancas, azuis, vermelhas ou amarelas--, com "ventilação" nas costas, mediante tiras cortadas ou buracos feitos no tecido.
As peças arejadas foram o primeiro passo para uma nova aplicação tecnológica nas roupas que o estilista está preparando. No futuro, "a roupa terá pequenos microprocessadores que permitirão climatizá-la. Bastará apertar um pequeno botão para se ter mais frio ou mais calor, segundo o gosto", explicou Cardin, que disse esperar ter esta tecnologia pronta já no ano que vem.
Junto dos modelos masculinos, Cardin apresentou ainda várias peças femininas: o clássico vestidinho de formas geométricas, ao qual foram incorporados detalhes inspirados nos sinais de trânsito ou vestidos de musseline nos quais camadas de tecidos se sobrepõem como pétalas.
Quando perguntado se não pensa em se aposentar para ter o descanso merecido, Pierre Cardin respondeu: "Para que me aposentar? Para esperar a morte? Ela virá em seu momento. Eu sou como um pintor que precisa pintar. A cada dia trabalho para criar moda. A moda é a minha paixão e também o meu prazer".
Grifes
Para a casa Thierry Mugler, o estilista Thomas Engelhart respeitou a linha que caracteriza a casa, com uma moda muito jovem e sensual, na qual salpicou o predomínio do preto com alguns modelos alaranjados e amarelos brilhantes.
As jaquetas dos ternos foram justas e as calças, retas. Nenhuma gravata da coleção, na qual os ternos, freqüentemente sem colarinho, foram usados com camisetas ou regatas de jersey brilhantes ou diretamente cobertos de lantejoulas.
A casa Dormeuil apresentou uma coleção na qual os clássicos do vestuário masculino, predominantes, se divertem entrecortando-se. Os jaquetões esportivos exibem colarinhos de terno, as jaquetas dos ternos foram combinados com shorts e seus colarinhos se transformam em xales, enquanto as camisas imitam a forma dos coletes.
Quando a forma é clássica são as cores que inovam. O estilista da casa Dormeuil, Pierre-Henri Mattout, propõe jaquetas e calças com estampa príncipe de gales e pied-de-coq nos tons vermelho, azul, verde e amarelo.
Finalmente, para a casa Givenchy, Ozwald Boateng concebe o verão em preto e branco, com alguns toques metálicos. O homem Givenchy se veste com impecável terno branco ou cardigan preto com bordado branco. As gravatas borboleta acompanham camisas brancas ou com finas listras ou círculos. De vez em quando, seu vestuário pode ter alguma cor, com camisas pólo vermelhas ou verdes claras.
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