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16/08/2006 - 07h01

Saiba mais sobre Frank Miller, o criador de "Sin City"

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FAUSTO SALVADORI FILHO
da Folha Online

Aos 49 anos, Frank Miller é presença obrigatória em todas as listas de "dez melhores de todos os tempos" dos quadrinhos norte-americanos.

Na primeira metade dos anos 80, Miller transformou o super-herói cego Demolidor, personagem de segunda linha da Marvel, num dos principais heróis da editora. No título, ele introduziu Elektra, protótipo das mulheres fatais que ele inventaria uma década mais tarde em "Sin City". No ano passado, a personagem foi vítima de uma malsucedida adaptação cinematográfica.

Em 1986, Miller voltou-se para o Batman, da DC, e criou uma das mais aclamadas histórias de super-heróis, "O Cavaleiro das Trevas". A minissérie, que mostrava um envelhecido Bruce Wayne num futuro decadente, radicalizou a imagem sombria e violenta que a DC vinha buscando para o personagem desde os anos 70 e sepultou a visão cômica e afrescalhada deixada pelo seriado dos anos 60. Ao lado de Watchmen --também lançada em 1986, com roteiro de Alan Moore--, "Cavaleiro das Trevas" criou um novo mercado para os quadrinhos adultos.

Nos anos seguintes, Miller voltou a trabalhar com super-heróis, fazendo os roteiros das histórias "Batman: Ano Um" (1987), a versão definitiva para a origem do personagem, e "A queda de Murdock" (1986), considerada a melhor história do Demolidor. Miller também recontou a origem do herói cego em "Demolidor: O homem sem medo" (1993) e voltou à sua criação Elektra em "Elektra Assassina" (1986) e "Elektra vive" (1990).

Ao longo da década de 90, além do trabalho com Sin City e dos roteiros das continuações de Robocop, Miller lançou a minissérie histórica "Os 300 de Esparta" (1998) e os álbuns da personagem Martha Washington, ambientadas num futuro em que os EUA tornaram-se um Estado autoritário em estado de guerra civil.

Miller voltaria aos super-heróis em 2000, com uma seqüência caça-níqueis de "Cavaleiro das Trevas". A arte assumidamente tosca e o roteiro antiquado e cheio de furos causaram polêmica e decepcionaram a maioria dos leitores, mas há quem admire a originalidade e a molecagem do trabalho.

Atualmente, Miller continua a trabalhar com o Batman, no roteiro da minissérie "All Star Batman and Robin", inédita no Brasil. Ele anunciou que também está produzindo "Santo Terror, Batman!", em que o Cavaleiro das Trevas enfrentaria ninguém menos do que Bin Laden.

300 de Esparta

Hollyood agora produz, com estréia prevista para 2007, a adaptação cinematográfica de "300 de Esparta". A minissérie de Miller conta a história real da batalha das Termópilas, ocorrida em 480 a.C., quando um pequeno grupo de 300 soldados gregos da cidade de Esparta, liderados pelo general Leônidas, sacrificaram-se em combate contra o exército persa, várias vezes mais numeroso, conduzido pelo imperador Xerxes.

O filme utiliza as mesmas técnicas digitais criadas por Rodriguez para o filme "Sin City" e procura imitar o antecessor até nos cartazes de divulgação (confira no blog da produção). A direção é de Zack Snyder --que estreou no elogiado "Madrugada dos Mortos (2004)-- e o elenco traz o brasileiro Rodrigo Santoro no papel do vilão, o arrogante imperador Xerxes.

Se der certo, "300" pode ser o primeiro de muitos filhotes do estilo cinematográfico criado pela adaptação de "Sin City". Hollywood já anunciou pelo menos outros dois filmes que prometem utilizar as mesmas técnicas. Um é "Sin City 2", que deve ser dirigido pela mesma dupla original. O outro é uma possível adaptação de "The Spirit", clássico dos quadrinhos criado por Will Eisner (1917-2005) nos anos 40. O nome mais cotado para dirigi-lo é o do próprio Miller.

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