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29/08/2006 - 19h11

Bienal do Livro do Ceará se consolida entre as mais importantes do país

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MÁRCIO DINIZ
da Folha Online, em Fortaleza

Durante nove dias a capital cearense foi cenário da milenar história "As Mil e Uma Noites". Os personagens Aladim, a princesa Sherazade e Ali Babá invadiram a "Terra da Luz" e povoaram o imaginário dos visitantes da Bienal Internacional do Livro do Ceará, que terminou no último domingo com uma homenagem a escritora Nélida Piñon.

Chico Gadelha/Divulgação
Estudantes garimpam livros em um dos 130 estandes da Bienal do Livro do Ceará
Estudantes garimpam livros em um dos 130 estandes da Bienal do Livro do Ceará
Com o tema "Era Uma Vez... Mil e Uma Histórias", o evento não ficou restrito somente aos estandes e invadiu às ruas. Pela segunda vez, o projeto "Bienal fora da Bienal" levou escritores nacionais e internacionais à periferia da cidade e também a dez municípios do Estado.

Em sua sétima edição, a Bienal Internacional do Livro do Ceará se consolida entre as mais importantes do gênero no país e a principal da região Nordeste. Os números comprovam. Em nove dias, cerca de 273 mil pessoas passaram pelos 133 estandes montados no Centro de Convenções Edson Queiroz. Outras 30 mil compareceram aos eventos da "Bienal fora da Bienal". Foram comercializados 519.750 livros e movimentados R$ 6,2 milhões.

De acordo com a organização, 300 editoras, distribuidoras e livrarias do Brasil, México, Espanha, Inglaterra e representantes da cultura árabe participaram do evento.

Mas nem só de livros viveu a Bienal. Paralelamente a comercialização ocorreram palestras, encontros com escritores, contações de histórias, peças teatrais e shows musicais.

Jacques Antunes/Divulgação
O escritor tunisiano Mahmoud Tarchouma (à esq.) participa de um dos encontros da Bienal
O escritor tunisiano Mahmoud Tarchouma (à esq.) participa de um dos encontros da Bienal
Seis escritores de língua árabe vieram ao país exclusivamente para participar da Bienal. Também estiveram presentes nomes como Nélida Piñon, Luís Fernando Veríssimo, Affonso Romano Sant'anna, Ignácio Loyola Brandão, Ziraldo, entre outros.

As travessias literárias e as mesas sobre as obras de leitura obrigatória em alguns vestibulares foram os mais procurados pelos jovens. Em uma delas com Luís Fernando Veríssimo e sua filha Mariana Veríssimo, a organização teve que distribuir senhas para os interessados. Muitos ficaram de fora.

Cordel

Reprodução
"As Mil e Uma Noites", box com oito livretos de cordelistas cearenses
"As Mil e Uma Noites", box com oito livretos de cordelistas cearenses
A literatura de cordel também se rendeu às histórias da princesa Sherazade e ganhou um espaço exclusivo. Um dos cordéis mais procurados foi "As Mil e Uma Noites em Cordel", organizado por Antônio Klévisson Viana exclusivamente para a Bienal. A caixa com oito livretos foi produzida por seis cordelistas cearenses, que mesclaram a tradição nordestina de contar histórias com os personagens da milenar obra-prima árabe.

Os títulos que compõem a caixa são: "O Cachorro Encantado e a Sorte da Megera" (Antônio Klévisson Viana); "O Príncipe da Pérsia e o Cavalo Encantado" (Sávio Pinheiro); "O Crime das Três Maças" (Arievaldo Viana); "O Mercador e o Gênio" (Damásio Paulo); "Aladim e a Lâmpada Maravilhosa" e "Romance de Bernardo e Sara ou a Promessa dos Dois Irmãos" (Evaristo Geraldo da Silva); "História de Ali Babá e os Quarentas Ladrões" e "O Ladrão de Bagdá" (Rouxinol do Rinaré).

Lampião

A historiadora francesa Élise Jasmin lançou durante a Bienal do Ceará "Cangaceiros", livro que reúne fotos do mascate libanês Benjamin Abrahão e de outros fotógrafos desconhecidos sobre a trajetória do "rei do cangaço".

As quase noventas imagens cedidas por diferentes colecionadores ilustram as principais etapas da epopéia de Lampião e seu bando, entre 1926 e 1938. As imagens receberam novos tratamentos para a publicação.

A filha e a neta de Lampião e Maria Bonita, Expedita Ferreira Nunes e Vera Ferreira Nunes, participaram do lançamento.

O jornalista Márcio Diniz viajou a convite da Bienal Internacional do Livro do Ceará

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