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27/10/2006 - 10h23

Booka Shade prepara show "orgânico" no Tim Festival

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THIAGO NEY
da Folha de S.Paulo, em Londres

Eles estão no meio da música eletrônica, são associados à onda da electrohouse e do tecno minimal, subgêneros que vêm tomando conta das pistas de dança, mas, no final das contas, a apresentação que a dupla alemã Booka Shade fará neste Tim Festival deve ser "orgânica" e "sentimental".

Walter Merziger e Arno Kammermeier tocam na madrugada de domingo, no Village -o espaço de convivência que, nesta edição do evento, ganhou palco e atrações próprias. Além do Booka Shade, a noite terá o PET Duo, dupla brasileira radicada na Alemanha.

A diferença entre o Booka Shade e outros nomes da eletrônica começa pela definição: "Somos uma banda", afirma Arno Kammermeier, em entrevista realizada em Londres no final de agosto. "Somos músicos, não DJs. No show, Walter toca teclados, comanda um mixer, utiliza um vocoder. Eu toco bateria eletrônica. Há muita energia física no palco."

É o oposto do produtor que sobe ao palco só com um laptop. "Somos dinossauros", brinca. "Outros caras vão tocar em clubes com laptop, é muito fácil. Nós, como músicos, não queremos ficar respondendo e-mails no palco...", cutuca. "Você vê exatamente o que estamos fazendo. O que você ouve é o que está acontecendo no palco", completa Merziger.

Essa mentalidade orgânica da dupla vem do início da carreira dos dois, quando eram produtores de artistas pop. Há pouco mais de quatro anos, com a ajuda de outros quatro sócios, criaram o selo Get Physical, nome que praticamente levantou sozinho a bandeira da electrohouse.

Electrohouse

"Muita gente nos classifica como electrohouse. Sim, tudo bem, somos um dos selos que começou essa coisa de electrohouse. Mas se você ouvir vários dos nossos lançamentos encontrará house de influência italiana, melodias oitentistas..."

Desses lançamentos, encontram-se os álbuns "Memento" e "Movements", além de remixes para Moby e os hits "Body Language" e "Manderine Girl".

"Quando iniciamos, não existia electrohouse. Combinamos algo do electro com elementos tecno e surgiu isso. Muita gente pulou nesse trem e hoje falta qualidade. A fórmula da electrohouse tornou-se chata para nós", afirma Merziger. "O que importa é a emoção que uma música passa. Tem coisas nossas que chamam de minimal, mas não entendo, pois há tantos elementos. Nós fazemos música melódica e o tecno minimal não é melódico."

O jornalista Thiago Ney viajou a convite da produção do Tim Festival

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