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11/11/2006 - 23h47

Religiões deveriam ser proibidas, diz cantor Elton John

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da France Presse, em Londres

O cantor britânico Elton John afirma, em entrevista que será publicada neste domingo, que as religiões deveriam ser proibidas por sua falta de compaixão e seu ódio em relação aos homossexuais. O artista é gay assumido.

O astro britânico foi entrevistado para uma edição especial gay do "Music Monthly Magazine" da revista "The Observer". Ele falou sobre vários assuntos, desde sua condição de ícone da música até a postura do premiê Tony Blair sobre a Guerra do Iraque.

"Acho que as religiões sempre tentaram atrair o ódio para os homossexuais. Do meu ponto de vista, proibiria completamente as religiões", declarou, de acordo com a revista.

No momento em que a religião é alvo de forte debate no Reino Unido, centrado no direito de usar o véu muçulmano ou outros símbolos, Elton John reclamou da falta de liderança demonstrada, segundo ele, pelos líderes religiosos.

"As religiões organizadas não parecem funcionar [...]. O mundo está à beira da Terceira Guerra Mundial e onde estão os líderes de cada religião?", questionou. "Por que não convocam um conclave? Por que não se reúnem? Eu já disse isso depois do 11 de Setembro e as pessoas pensaram que eu estava louco. Em lugar de mais violência, por que não há uma reunião de líderes religiosos?", insistiu.

"É como o movimento pacifista dos anos 60. Os músicos se comunicavam com as pessoas, saindo e fazendo shows pela paz, mas já não fazemos mais isso", acrescentou. "Se John Lennon estivesse vivo, estaria liderando [esse movimento] com vontade."

O cantor se queixa também do fato de que muita gente protesta na internet em vez de tomar as ruas. Ele destaca a eficácia das manifestações de fevereiro de 2003 contra a invasão do Iraque, que mobilizaram milhões de pessoas no mundo todo.

Sobre sua homossexualidade, o cantor de 59 anos, que se uniu no civil em dezembro passado com o diretor de cinema canadense David Furnish, seu companheiro há anos, disse estar contente de ser considerado a "cara aceitável da homossexualidade".

Também insistiu que continuará sua luta pelos direitos dos gays e apoiando causas relacionadas à Aids. "Não posso cruzar os braços. Não é minha natureza. Antes de tudo, tenho quase 60 anos. Não posso cruzar meus braços e ignorar [o problema]."

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