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14/11/2006 - 03h34

Fãs criticam som, mas elogiam agitação do New Order em SP

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DIÓGENES MUNIZ
da Folha Online

Seis mil fãs do grupo britânico New Order, dos 20 aos 35 anos, cantaram por cerca de uma hora e meia na Via Funchal (zona sul de São Paulo), num show em plena segunda-feira. Antes da apresentação, o público divergia sobre os motivos para tamanho tributo: para alguns, assistir ao New Order era coisa de gente nostálgica --os que defendiam essa posição se incluíam no grupo. Para outros, a produção recente da banda ainda rende elogios.

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Fãs do grupo levantam câmeras digitais e celulares para registrar o doidão Peter Hook
Fãs do grupo levantam câmeras digitais e celulares para registrar o doidão Peter Hook
Após as 16 músicas da última noite, os presentes entraram num acordo sobre alguns pontos. Primeiro, de que não faltou energia aos roqueiros britânicos, que inclusive surpreenderam com tanta disposição --não apenas o doidão Peter Hook, como é de costume. Mas faltou, dizem os que ficaram na platéia, qualidade ao som, que esteve abafado durante o show.

O casal de químicos Humberto Sabino, 38, e Isabel Cristina, 36, fãs "das antigas", aprovaram o grupo ao vivo, mas com "poréns". "O áudio prejudicou, não dava para ouvir as letras", diz Sabino. Cristina foi seca: "O show foi bom."

O cineasta Giuliano Saad, 37, compartilha da opinião dos dois. "Adoro o grupo, sou fã há muito tempo, mas poderia ter sido melhor. Primeiro, porque faltou "Shellshock" [faixa do álbum "Substance", de 1987]. Depois, porque o som estava uma bosta. Olha, não vou falar mais, porque vão achar que eu sou daqueles fãs chatos. Sou nostálgico, vim ouvir os clássicos."

Para o designer Eric Fuzzi, 21, a banda fez o que pôde. "Parecia que havia uma parede de som entre o palco e a platéia", aponta. "Mas os caras mandaram ver." Como não acompanhou o auge do grupo, nos anos 80, Fuzzi diz que foi mesmo para ouvir os últimos CDs deles. "A produção deles, hoje, ainda faz sentido."

Fauna

Antes dos primeiros acordes de Bernard Sumner soarem, lá pelas 23h, a Via Funchal preparou um "esquenta" gratuito para o público. A platéia esperou a banda entrar segurando um copo de destilado com energético cor vermelho sangue, mesmo tom da iluminação da primeira canção da noite, "Crystal". Compunham a fauna tiozões (onas), mocinhos (nhas) e grupos descolados --muitos deles.
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Clássicos do grupo foram cantados em cada verso por uma platéia faixa dos 20 a 35 anos
Clássicos do grupo foram cantados em cada verso por uma platéia faixa dos 20 a 35 anos


As roupas seguiram a linha "quanto mais jovem, mais óbvio". Aqueles que, pela idade, só conheceram o New Order na década de 90, atacaram de jeans rasgado e camisetas com estampas de bandas: Sex Pistols, Gang of Four, The Clash, The Smiths, The Stooges e, claro, Joy Division.

Os mais velhos, tanto homens quanto mulheres, optaram por camisas escuras, alguns de jaquetas, com jeans comportado. Menos é mais. Lá fora, camisetas com o nome do grupo eram vendidas a R$ 25. Havia também faixas para a cabeça por R$ 3.

Dentro da Via Funchal, modelos não muito mais bonitos de camisetas saíam por R$ 40. Ainda no tópico "comércio ambulante": pelos cambistas, os ingressos estavam entre R$ 130 e R$ 160. Na bilheteria, a pista estava a R$ 140. Até esgotar, na semana passada.

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