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15/12/2006 - 10h59

Oscar Niemeyer faz 99 anos com diversos projetos

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MARIO CESAR CARVALHO
da Folha de S.Paulo

O arquiteto Oscar Niemeyer faz hoje 99 anos com uma série de projetos engatilhados ou em curso que deixariam aturdidos qualquer pessoa com um terço de sua idade.

Niemeyer projeta um centro cultural à beira-mar para o Recife, um centro administrativo de 300 mil m2 para o governo de Minas Gerais e uma praça que ele desenhou para Havana --sua primeira obra em Cuba--, em fase final de construção.

Nessa praça em Havana, ele criou uma escultura em que um dragão ataca um cubano, que se defende impávido --o dragão da maldade é George W. Bush, segundo Niemeyer.

Paris também ganhará uma escultura do arquiteto, um monumento à paz, a ser inaugurada nos próximos dias.

Há duas semanas, ele entregou o projeto para a construção de um centro cultural de 24 milhões (equivalente a R$ 67,8 milhões) para os reis da Espanha, a ser construído na região de Astúrias, no norte daquele país. Em Ravello, na Itália, está em fase de licitação o centro de música que criou para ser construído nas rochas, pendurado sobre o mar, a pedido do sociólogo Domenico de Masi.

Entre museus, centros culturais e auditórios para cidades brasileiras, há pelo menos dez projetos em curso ou em fase de negociação, segundo o engenheiro calculista José Carlos Sussekind, um dos amigos mais próximos do arquiteto.

Niemeyer planeja ainda relançar a revista de arquitetura "Módulo", que criou em 1955 e teve um hiato entre 1964 e 1974 por conta do golpe militar. Foi na revista que o arquiteto conheceu Vera Lúcia Cabreira, 60, com quem se casou no último mês. Ela vendia publicidade para a "Módulo".

O sonho de Niemeyer, porém, está na sua maior obra, Brasília. Ele quer concluir o Eixo Monumental tal qual o concebeu. Falta, segundo ele, um centro cultural para shows e cinema, a ser construído no lado oposto da catedral.

Hoje, Brasília inaugura o Museu da República, uma das obras que ele faltava para o Eixo --a Biblioteca Nacional, outro hiato em relação ao projeto original, está em construção.

O projeto para o governo de Minas é, de acordo com Sussekind, o mais "niemeyeriano" pela sua complexidade.

"É o projeto-síntese da obra do Oscar. Quando estiver construído, será o limite máximo que o concreto chegou na nossa era. É um recorde mundial em estrutura, é a busca da leveza máxima", afirma Sussekind.

Niemeyer conseguiu a leveza ao subverter a lei mais elementar da construção --a que diz que os prédios devem ser sustentados pelo chão. "O prédio principal do governo de Minas será sustentado pelo teto. São quatro colunas fora do prédio que sustentam a estrutura toda", diz o calculista.

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