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02/02/2007
-
11h24
ROCÍO AYUSO
da Efe, em Los Angeles
O diretor mexicano Alejandro González Iñárritu diz que vive o triunfo de "Babel" na candidatura ao Oscar como "uma celebração nacional", pois ele compartilha esta alegria com seus compatriotas e amigos Alfonso Cuarón e Guillermo del Toro.
"O Globo de Ouro de 'Babel" se tornou a manchete dos principais jornais do México", afirma sobre o primeiro degrau para a glória alcançado no dia 15 de janeiro após a conquista do prêmio da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood.
"E agora isto, tantas candidaturas para 'Babel' e para Alfonso e para Guillermo, já é uma notícia fora de proporções", declarou o realizador.
Naturalmente tão simpático como moreno, daí o apelido de "El negro" com o qual seus amigos o conhecem, o cineasta de 43 anos é pouco dado às grandes demonstrações de euforia. Entretanto, a situação não é para menos com um total de sete indicações ao Oscar para "Babel", entre elas a de melhor filme e a de melhor diretor.
Como lhe dizia seu amigo e companheiro de trabalho em Hollywood, o mexicano Del Toro, isto não foi visto antes. "Nenhuma cinematografia de nenhum país esteve antes tão indicada como a cinematografia do México", afirma o diretor.
"Nem nos grandes tempos do neo-realismo italiano nem com a Nouvelle Vague francesa foi visto algo assim", afirma cheio de emoção. Isto acontece pelo fato de além de as indicações de "Babel" existirem seis para Del Toro e seu filme "O Labirinto do Fauno" e três para a produção de Cuarón, "Filhos da Esperança".
Embora "Babel" seja tão plural em sua produção como em sua trama e nos idiomas que são usados nele, para González Iñárritu --um homem de natureza pouco afeita a nacionalismos-- se trata neste momento de um filme mexicano.
"Por isto é algo histórico, porque nunca um filme mexicano tinha conseguido, anteriormente, o Globo de Ouro e nunca antes um filme de nosso país defendia tantas candidaturas na Academia", afirma.
O que ninguém dúvida é que este realizador deixará seu nome na história como o primeiro cineasta mexicano a concorrer ao Oscar de melhor diretor. "Apenas isto já me parece incrível", declara.
É um detalhe que não escapa da crítica que, ocupada nestes dias em tentar adivinhar o resultado do Oscar antes do dia 25 de fevereiro, faz previsões sobre as possibilidades do mexicano de conquistar o prêmio.
González Iñárritu não é apenas um novato no Oscar, mas também é considerado quase um calouro com apenas três filmes de peso em seu currículo, "Amores Brutos" (2000), "21 Gramas" (2003) e agora "Babel".
Porém, os prêmios sempre o perseguiram e "Amores Brutos" recebeu cerca de 60, entre eles o da Semana da Crítica em Cannes e a candidatura ao Oscar como melhor filme em língua não inglesa.
Sua estréia em inglês, com "21 Gramas", aproximou da estatueta dois de seus protagonistas, Benicio Del Toro e Naomi Watts, e "Babel" chega a esta festa com o prêmio de melhor diretor do Festival de Cannes. "Acho que há grandes chances para o filme. Estando lá se tem 20% de possibilidades", afirma considerando que são cinco os candidatos.
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González Iñárritu vive Oscar como celebração mexicana
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da Efe, em Los Angeles
O diretor mexicano Alejandro González Iñárritu diz que vive o triunfo de "Babel" na candidatura ao Oscar como "uma celebração nacional", pois ele compartilha esta alegria com seus compatriotas e amigos Alfonso Cuarón e Guillermo del Toro.
"O Globo de Ouro de 'Babel" se tornou a manchete dos principais jornais do México", afirma sobre o primeiro degrau para a glória alcançado no dia 15 de janeiro após a conquista do prêmio da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood.
"E agora isto, tantas candidaturas para 'Babel' e para Alfonso e para Guillermo, já é uma notícia fora de proporções", declarou o realizador.
Divulgação |
Adriana Barraza (com Elle Fanning no colo), em cena do longa-metragem "Babel" |
Como lhe dizia seu amigo e companheiro de trabalho em Hollywood, o mexicano Del Toro, isto não foi visto antes. "Nenhuma cinematografia de nenhum país esteve antes tão indicada como a cinematografia do México", afirma o diretor.
"Nem nos grandes tempos do neo-realismo italiano nem com a Nouvelle Vague francesa foi visto algo assim", afirma cheio de emoção. Isto acontece pelo fato de além de as indicações de "Babel" existirem seis para Del Toro e seu filme "O Labirinto do Fauno" e três para a produção de Cuarón, "Filhos da Esperança".
Embora "Babel" seja tão plural em sua produção como em sua trama e nos idiomas que são usados nele, para González Iñárritu --um homem de natureza pouco afeita a nacionalismos-- se trata neste momento de um filme mexicano.
Divulgação |
Cate Blanchett e Brad Pitt em cena de "Babel" |
O que ninguém dúvida é que este realizador deixará seu nome na história como o primeiro cineasta mexicano a concorrer ao Oscar de melhor diretor. "Apenas isto já me parece incrível", declara.
É um detalhe que não escapa da crítica que, ocupada nestes dias em tentar adivinhar o resultado do Oscar antes do dia 25 de fevereiro, faz previsões sobre as possibilidades do mexicano de conquistar o prêmio.
González Iñárritu não é apenas um novato no Oscar, mas também é considerado quase um calouro com apenas três filmes de peso em seu currículo, "Amores Brutos" (2000), "21 Gramas" (2003) e agora "Babel".
Porém, os prêmios sempre o perseguiram e "Amores Brutos" recebeu cerca de 60, entre eles o da Semana da Crítica em Cannes e a candidatura ao Oscar como melhor filme em língua não inglesa.
Sua estréia em inglês, com "21 Gramas", aproximou da estatueta dois de seus protagonistas, Benicio Del Toro e Naomi Watts, e "Babel" chega a esta festa com o prêmio de melhor diretor do Festival de Cannes. "Acho que há grandes chances para o filme. Estando lá se tem 20% de possibilidades", afirma considerando que são cinco os candidatos.
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