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03/05/2007
-
07h19
da Folha de S.Paulo
Assim como a "Monalisa", uma das obras-primas de Leonardo Da Vinci, é envolta em mistério, "A Maja Nua" e "A Maja Vestida", duas das mais conhecidas pinturas de Francisco de Goya (1746-1828), também são cercadas de incógnitas.
Toda a controvérsia a respeito das obras é abordada no volume do próximo domingo da Coleção Folha Grandes Mestres Pintura, que tem o pintor espanhol como tema.
Não se sabe ao certo quem é a mulher retratada nas pinturas, quem as encomendou nem mesmo quando foram feitas, pois Goya não datou nem deu nome às obras.
Sabe-se, entretanto, que, por causa da versão com a modelo nua, o artista chegou a ser processado pela Inquisição. Só não foi parar na fogueira graças, provavelmente, à intervenção de Fernando 7º, já que
Goya era sabidamente próximo da corte espanhola.
Segundo a catalogação do Museu do Prado, em Madri, a primeira obra a ser feita teria sido a "A Maja Nua", entre 1798 e 1800. A outra dataria do período entre 1801 e 1803. Ao certo, sabe-se que ambas estiveram em poder do influente primeiro-ministro Manuel Godoy, em 1808, e eram denominadas "Cigana Nua" e "Cigana Vestida" --para poder enfrentar a Inquisição.
Mesmo assim, conta-se que havia um dispositivo na sala do político que permitia a ele alternar a tela a ser exposta, conforme o tipo de visitante que recebia.
Especialistas supõem que as obras tenham sido feitas por Goya usando como modelo María del Pilar Teresa Cayetana de Silva y Álvares de Toledo, a duquesa de Alba, com quem o artista tinha bastante intimidade, tendo realizado várias pinturas por sua encomenda. Teria sido de sucessores da duquesa que Godoy adquiriu as obras. Uma autópsia realizada no corpo da duquesa confirmou as proporções pintadas por Goya.
Tudo isso, no entanto, é apenas um detalhe curioso perto do conjunto da obra de Goya, largamente considerado o precursor, nos séculos 16 e 17, de movimentos artísticos da arte moderna, que só iriam eclodir nos séculos 19 e 20, tais quais o impressionismo, o expressionismo e o surrealismo.
Coincidentemente, essas marcas podem ser vistas em São Paulo, até o dia 20 de maio, no Museu de Arte de São Paulo (Masp), que exibe as quatro famosas séries de gravuras realizadas por Goya: "Os Caprichos", "Desastres da Guerra", "Tauromaquia e "Provérbios ou Disparates". O Masp possui ainda três pinturas do artista, todas expostas em sua coleção permanente.
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Toda a controvérsia a respeito das obras é abordada no volume do próximo domingo da Coleção Folha Grandes Mestres Pintura, que tem o pintor espanhol como tema.
Não se sabe ao certo quem é a mulher retratada nas pinturas, quem as encomendou nem mesmo quando foram feitas, pois Goya não datou nem deu nome às obras.
Sabe-se, entretanto, que, por causa da versão com a modelo nua, o artista chegou a ser processado pela Inquisição. Só não foi parar na fogueira graças, provavelmente, à intervenção de Fernando 7º, já que
Goya era sabidamente próximo da corte espanhola.
Segundo a catalogação do Museu do Prado, em Madri, a primeira obra a ser feita teria sido a "A Maja Nua", entre 1798 e 1800. A outra dataria do período entre 1801 e 1803. Ao certo, sabe-se que ambas estiveram em poder do influente primeiro-ministro Manuel Godoy, em 1808, e eram denominadas "Cigana Nua" e "Cigana Vestida" --para poder enfrentar a Inquisição.
Mesmo assim, conta-se que havia um dispositivo na sala do político que permitia a ele alternar a tela a ser exposta, conforme o tipo de visitante que recebia.
Especialistas supõem que as obras tenham sido feitas por Goya usando como modelo María del Pilar Teresa Cayetana de Silva y Álvares de Toledo, a duquesa de Alba, com quem o artista tinha bastante intimidade, tendo realizado várias pinturas por sua encomenda. Teria sido de sucessores da duquesa que Godoy adquiriu as obras. Uma autópsia realizada no corpo da duquesa confirmou as proporções pintadas por Goya.
Tudo isso, no entanto, é apenas um detalhe curioso perto do conjunto da obra de Goya, largamente considerado o precursor, nos séculos 16 e 17, de movimentos artísticos da arte moderna, que só iriam eclodir nos séculos 19 e 20, tais quais o impressionismo, o expressionismo e o surrealismo.
Coincidentemente, essas marcas podem ser vistas em São Paulo, até o dia 20 de maio, no Museu de Arte de São Paulo (Masp), que exibe as quatro famosas séries de gravuras realizadas por Goya: "Os Caprichos", "Desastres da Guerra", "Tauromaquia e "Provérbios ou Disparates". O Masp possui ainda três pinturas do artista, todas expostas em sua coleção permanente.
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