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26/03/2003
-
10h12
da Folha de S.Paulo
A população mundial ultrapassa a casa dos 6 bilhões. Desse total, 605,6 milhões estão conectados na internet. Essa última estimativa não é precisa, mas é baseada em vários parâmetros, de acordo com o Nua Internet Surveys (www.nua.com). Essas cifras revelam que os computadores ainda estão restritos a universidades, empresas e lares de alta renda.
EUA e Canadá, Europa, Ásia e Pacífico são responsáveis por mais de 560 milhões de usuários que utilizam a rede em casa ou no trabalho. Um em cada três europeus usa a internet, de acordo com o www.analysys.com.
O fosso digital em países como o Brasil pode ser demonstrado em números: em setembro do ano passado, segundo o Nielsen Net Ratings, 7,77% da população tinha acesso à rede, ou seja, 13,98 milhões de habitantes.
Além de faltarem computadores e telefones, grande parcela da sociedade não é capaz de ler, escrever, preencher formulários e interpretar textos. Esses dados fazem parte de estudo realizado por Aloisio Sotero, professor da Universidade de Pernambuco e atual presidente do grupo InvestNews, a pedido do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Sotero aponta que, "para fazer parte da nova economia -ambiente criado em decorrência da digitalização do conhecimento humano-, é fundamental o domínio da leitura e da escrita". "Quem não adquiriu essas habilidades está à margem do processo. É um excluído digital."
O professor e executivo analisa que "cabe ao BID dedicar atenção a projetos de apoio e financiamento para reduzir a exclusão de pessoas no novo mundo".
Especialistas acreditam que a guerra contra a exclusão digital depende da união de esforços do governo (em várias instâncias), parcerias com empresas e investimentos em inovação tecnológica.
Correndo por fora, as organizações não-governamentais e comunidades têm tomado várias iniciativas para incluir populações carentes, com a criação de escolas de informática, em que a tecnologia é vista como um meio para educar o cidadão.
O acesso gratuito à internet é outra ação que permite entrar na rede sem ter de pagar a um provedor de acesso.
Na área da educação, as bibliotecas virtuais, com a oferta gratuita de centenas de títulos, são um empreendimento que ganhou importância no país.
Na opinião de Gilberto Dimenstein, membro do conselho editorial da Folha e criador do site Aprendiz (www.aprendiz.org.br), "inclusão digital é sinônimo de alfabetização". O mais importante, analisa Dimenstein, é usar o computador como forma de se expressar "para habilitar o jovem a poder mudar sua comunidade".
No setor privado, empresas de tecnologia já perceberam a importância de habilitar cidadãos. Microsoft e Hewlett-Packard vêm fazendo doações para ONGs, com o objetivo de massificar o processo de inclusão digital. "Nossa visão é usar a tecnologia como instrumento", diz Juarez Zortea, diretor comercial da HP.
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MARIJÔ ZILVETIda Folha de S.Paulo
A população mundial ultrapassa a casa dos 6 bilhões. Desse total, 605,6 milhões estão conectados na internet. Essa última estimativa não é precisa, mas é baseada em vários parâmetros, de acordo com o Nua Internet Surveys (www.nua.com). Essas cifras revelam que os computadores ainda estão restritos a universidades, empresas e lares de alta renda.
EUA e Canadá, Europa, Ásia e Pacífico são responsáveis por mais de 560 milhões de usuários que utilizam a rede em casa ou no trabalho. Um em cada três europeus usa a internet, de acordo com o www.analysys.com.
O fosso digital em países como o Brasil pode ser demonstrado em números: em setembro do ano passado, segundo o Nielsen Net Ratings, 7,77% da população tinha acesso à rede, ou seja, 13,98 milhões de habitantes.
Além de faltarem computadores e telefones, grande parcela da sociedade não é capaz de ler, escrever, preencher formulários e interpretar textos. Esses dados fazem parte de estudo realizado por Aloisio Sotero, professor da Universidade de Pernambuco e atual presidente do grupo InvestNews, a pedido do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Sotero aponta que, "para fazer parte da nova economia -ambiente criado em decorrência da digitalização do conhecimento humano-, é fundamental o domínio da leitura e da escrita". "Quem não adquiriu essas habilidades está à margem do processo. É um excluído digital."
O professor e executivo analisa que "cabe ao BID dedicar atenção a projetos de apoio e financiamento para reduzir a exclusão de pessoas no novo mundo".
Especialistas acreditam que a guerra contra a exclusão digital depende da união de esforços do governo (em várias instâncias), parcerias com empresas e investimentos em inovação tecnológica.
Correndo por fora, as organizações não-governamentais e comunidades têm tomado várias iniciativas para incluir populações carentes, com a criação de escolas de informática, em que a tecnologia é vista como um meio para educar o cidadão.
O acesso gratuito à internet é outra ação que permite entrar na rede sem ter de pagar a um provedor de acesso.
Na área da educação, as bibliotecas virtuais, com a oferta gratuita de centenas de títulos, são um empreendimento que ganhou importância no país.
Na opinião de Gilberto Dimenstein, membro do conselho editorial da Folha e criador do site Aprendiz (www.aprendiz.org.br), "inclusão digital é sinônimo de alfabetização". O mais importante, analisa Dimenstein, é usar o computador como forma de se expressar "para habilitar o jovem a poder mudar sua comunidade".
No setor privado, empresas de tecnologia já perceberam a importância de habilitar cidadãos. Microsoft e Hewlett-Packard vêm fazendo doações para ONGs, com o objetivo de massificar o processo de inclusão digital. "Nossa visão é usar a tecnologia como instrumento", diz Juarez Zortea, diretor comercial da HP.
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