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24/03/2004
-
09h11
da Folha Online
A decisão da União Européia de multar a Microsoft em € 497 milhões (cerca de R$ 1,8 bilhão) praticamente não importa para a maior produtora de programas para computador do mundo. Apesar de a soma ser considerável, a companhia tem cerca de US$ 50 bilhões em caixa, que cobrem sem problema algum o valor estipulado pelos europeus.
O que representa uma verdadeira dor de cabeça para a empresa de Bill Gates é a ordem para separar o Windows Media Player --aplicativo usado para escutar música e ver filmes no computador-- do sistema operacional Windows. Essa decisão atinge uma das principais estratégias da Microsoft, que se baseia na integração de aplicativos para vender novas cópias de seu sistema operacional.
A companhia alega que essa integração se traduz em benefícios para os consumidores, que compram um pacote completo ao levar o Windows para casa. As companhias rivais, porém, consideram a medida como competição desleal, pois o Windows é usado em mais de 90% de todos os computadores do mundo.
Empresas como RealOne e Apple questionam se os usuários estarão interessados em instalar novos programas multimídia, já que o pacote que vem com o sistema operacional traz todos os recursos para ouvir músicas e ver filmes no PC.
Na prática, a integração de programas ao Windows pode levar à Microsoft a dominar um segmento, como aconteceu na briga dos navegadores Internet Explorer e Netscape.
Na época, o Netscape era o navegador dominante, enquanto o Internet Explorer era usado por uma pequena parcela de usuários. A situação começou a mudar a favor do Internet Explorer quando o programa foi integrado ao Windows, no caso, na versão 98 do sistema operacional.
A distribuição do Internet Explorer com o Windows, aliás, foi a principal razão de a Microsoft ter sido processada por monopólio nos Estados Unidos. A companhia foi considerada culpada por ter abusado de sua posição, mas um acordo com a administração Bush no fim de 2001 evitou que a empresa fosse punida. Um corte de apelações americana agora está julgando se o acordo foi adequado para garantir o livre comércio.
Com Associated Press
Com Associated Press
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A decisão da União Européia de multar a Microsoft em € 497 milhões (cerca de R$ 1,8 bilhão) praticamente não importa para a maior produtora de programas para computador do mundo. Apesar de a soma ser considerável, a companhia tem cerca de US$ 50 bilhões em caixa, que cobrem sem problema algum o valor estipulado pelos europeus.
O que representa uma verdadeira dor de cabeça para a empresa de Bill Gates é a ordem para separar o Windows Media Player --aplicativo usado para escutar música e ver filmes no computador-- do sistema operacional Windows. Essa decisão atinge uma das principais estratégias da Microsoft, que se baseia na integração de aplicativos para vender novas cópias de seu sistema operacional.
A companhia alega que essa integração se traduz em benefícios para os consumidores, que compram um pacote completo ao levar o Windows para casa. As companhias rivais, porém, consideram a medida como competição desleal, pois o Windows é usado em mais de 90% de todos os computadores do mundo.
Empresas como RealOne e Apple questionam se os usuários estarão interessados em instalar novos programas multimídia, já que o pacote que vem com o sistema operacional traz todos os recursos para ouvir músicas e ver filmes no PC.
Na prática, a integração de programas ao Windows pode levar à Microsoft a dominar um segmento, como aconteceu na briga dos navegadores Internet Explorer e Netscape.
Na época, o Netscape era o navegador dominante, enquanto o Internet Explorer era usado por uma pequena parcela de usuários. A situação começou a mudar a favor do Internet Explorer quando o programa foi integrado ao Windows, no caso, na versão 98 do sistema operacional.
A distribuição do Internet Explorer com o Windows, aliás, foi a principal razão de a Microsoft ter sido processada por monopólio nos Estados Unidos. A companhia foi considerada culpada por ter abusado de sua posição, mas um acordo com a administração Bush no fim de 2001 evitou que a empresa fosse punida. Um corte de apelações americana agora está julgando se o acordo foi adequado para garantir o livre comércio.
Com Associated Press
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