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17/11/2004
-
09h46
LUCIANA COELHO
da Folha de S.Paulo
Depois de anos de promessas, a televisão de alta-definição começa finalmente a ganhar espaço nos EUA. A paixão dos americanos por esportes e o barateamento da tecnologia levaram as vendas de aparelhos no país a saltar 50% no ano passado. Para este ano, analistas do setor prevêem um aumento de 40%. Até o fim de dezembro, 12 milhões de lares americanos devem ter uma HDTV --é mais do que 11% do total.
Num país onde as pessoas passam em média quatro horas diárias em frente à televisão (segundo dados da Nielsen Media Research, que mede a audiência nos EUA), a peça deve rapidamente se tornar essencial.
Um fator é o custo. De uma média de US$ 1.000 no ano passado, os preços caíram vertiginosamente. Hoje é possível comprar um aparelho por menos de US$ 600. Um modelo de 27 polegadas da Phillips, por exemplo, sai por US$ 522 (cerca de R$ 1.500).
Outro fator são as transmissões esportivas. Boa parte dos jogos de basquete, futebol americano, hóquei e beisebol já é transmitida em HDTV. Nos bares --a maioria deles oferece TV para que os clientes acompanhem as partidas--, é quase impossível encontrar um monitor convencional.
Nos últimos seis meses, alguns serviços de cabo que oferecem transmissão em HDTV chegaram a triplicar o número de clientes --os pacotes de assinatura com direito à alta-definição têm mensalidades mais altas.
Por enquanto, as transmissões esportivas ocupam a maior parte da programação em HDTV. Isso porque, além da maior definição das imagens e do som, elas também são beneficiadas pelo formato, que possibilita incluir mais imagens no mesmo quadro.
A diferença é impressionante e difícil de descrever. Volumes e cores são exibidos com uma precisão muito maior, dando a impressão de tridimensionalidade. O som é capaz de reproduzir as nuances mais sensíveis. Para o espectador de um jogo, é a experiência mais próxima que ele pode ter de estar em um estádio.
A dramaturgia também aos poucos vem aderindo ao formato. O precursor é o canal a cabo HBO, mas hoje já é possível acompanhar séries da TV aberta, como "E.R." e "The West Wing", em alta-definição.
Investimento
Nas lojas, o recado é claro: se você está pensando em comprar uma TV hoje, compre uma de alta-definição. Caso contrário, é provável que em dois anos você acabe com um mico nas mãos.
O prazo já foi dilatado pelo governo e ainda há discussões a serem travadas, mas o plano atual é que todas as emissoras de TV nos Estados Unidos passem a transmitir digitalmente em 2007.
Não será, ainda, a extinção dos aparelhos convencionais. Mas é um forte incentivo para que eles desapareçam em alta velocidade. Isso porque os donos de aparelhos comuns serão obrigados a comprar um conversor para continuar usando sua TV. Só que as imagens, nos monitores normais, não serão melhores do que hoje.
O sinal pode ser recebido de três formas: antena, satélite e cabo. A TV via satélite foi a precursora, mas a tendência é que o cabo se popularize mais rápido.
Nem todas as redes a cabo estão adaptadas para a nova tecnologia ainda, mas o investimento vem sendo alto: nos últimos oito anos, foram gastos US$ 85 bilhões para implementar serviços digitais.
Eliminar os decodificadores faz parte do planejamento. Enquanto todos os aparelhos não forem trocados eles serão necessários. Mas, a partir do próximo ano, os aparelhos de HDTV já devem vir prontos para receber o sinal ao simples plugar do cabo.
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da Folha de S.Paulo
Depois de anos de promessas, a televisão de alta-definição começa finalmente a ganhar espaço nos EUA. A paixão dos americanos por esportes e o barateamento da tecnologia levaram as vendas de aparelhos no país a saltar 50% no ano passado. Para este ano, analistas do setor prevêem um aumento de 40%. Até o fim de dezembro, 12 milhões de lares americanos devem ter uma HDTV --é mais do que 11% do total.
Num país onde as pessoas passam em média quatro horas diárias em frente à televisão (segundo dados da Nielsen Media Research, que mede a audiência nos EUA), a peça deve rapidamente se tornar essencial.
Um fator é o custo. De uma média de US$ 1.000 no ano passado, os preços caíram vertiginosamente. Hoje é possível comprar um aparelho por menos de US$ 600. Um modelo de 27 polegadas da Phillips, por exemplo, sai por US$ 522 (cerca de R$ 1.500).
Outro fator são as transmissões esportivas. Boa parte dos jogos de basquete, futebol americano, hóquei e beisebol já é transmitida em HDTV. Nos bares --a maioria deles oferece TV para que os clientes acompanhem as partidas--, é quase impossível encontrar um monitor convencional.
Nos últimos seis meses, alguns serviços de cabo que oferecem transmissão em HDTV chegaram a triplicar o número de clientes --os pacotes de assinatura com direito à alta-definição têm mensalidades mais altas.
Por enquanto, as transmissões esportivas ocupam a maior parte da programação em HDTV. Isso porque, além da maior definição das imagens e do som, elas também são beneficiadas pelo formato, que possibilita incluir mais imagens no mesmo quadro.
A diferença é impressionante e difícil de descrever. Volumes e cores são exibidos com uma precisão muito maior, dando a impressão de tridimensionalidade. O som é capaz de reproduzir as nuances mais sensíveis. Para o espectador de um jogo, é a experiência mais próxima que ele pode ter de estar em um estádio.
A dramaturgia também aos poucos vem aderindo ao formato. O precursor é o canal a cabo HBO, mas hoje já é possível acompanhar séries da TV aberta, como "E.R." e "The West Wing", em alta-definição.
Investimento
Nas lojas, o recado é claro: se você está pensando em comprar uma TV hoje, compre uma de alta-definição. Caso contrário, é provável que em dois anos você acabe com um mico nas mãos.
O prazo já foi dilatado pelo governo e ainda há discussões a serem travadas, mas o plano atual é que todas as emissoras de TV nos Estados Unidos passem a transmitir digitalmente em 2007.
Não será, ainda, a extinção dos aparelhos convencionais. Mas é um forte incentivo para que eles desapareçam em alta velocidade. Isso porque os donos de aparelhos comuns serão obrigados a comprar um conversor para continuar usando sua TV. Só que as imagens, nos monitores normais, não serão melhores do que hoje.
O sinal pode ser recebido de três formas: antena, satélite e cabo. A TV via satélite foi a precursora, mas a tendência é que o cabo se popularize mais rápido.
Nem todas as redes a cabo estão adaptadas para a nova tecnologia ainda, mas o investimento vem sendo alto: nos últimos oito anos, foram gastos US$ 85 bilhões para implementar serviços digitais.
Eliminar os decodificadores faz parte do planejamento. Enquanto todos os aparelhos não forem trocados eles serão necessários. Mas, a partir do próximo ano, os aparelhos de HDTV já devem vir prontos para receber o sinal ao simples plugar do cabo.
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