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02/02/2005 - 09h38

Número de vírus que roubam dados aumenta 1.184% no Brasil

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FERNANDO BADÔ
da Folha de S.Paulo

O número de cavalos-de-tróia --ameaças virtuais, também conhecidas como trojans, que roubam ou induzem o internauta a entregar dados sigilosos, como número e senha de conta bancária-- desenvolvidos no Brasil para roubar dados de correntistas de bancos nacionais cresceu 1.184% entre julho e dezembro de 2004.

O nome da ameaça é uma referência à mitologia grega. O cavalo de Tróia em questão parecia um presente, mas era um golpe.

No mesmo período, o crescimento de ameaças desse tipo no mundo foi de 293%.

Os números foram revelados por um estudo realizado em conjunto entre a empresa brasileira de tecnologia Winco e a tcheca Grisoft, que fabrica softwares de segurança.

Em julho, 89 cavalos de tróia eram de origem brasileira, ou 6,9% de um total de 1.288 identificados em todo o mundo. Em dezembro, dos 3.769 identificados no mundo, 1.054 --quase 28% do total-- tinham origem no Brasil.

Mecânica do golpe

"Os analistas isolam cerca de 25 ameaças por dia. Dessas, 15 são novas", afirma o diretor de operações da Winco, Leandro Mantovam. "O problema é que cada vez que criamos uma vacina, os disseminadores lançam uma variante. É um jogo de gato e rato", diz ele, que crê ser esse o principal motivo para o crescimento de ameaças do tipo com origem no Brasil.

Para enganar os incautos, os disseminadores de cavalos-de-tróia mandam um e-mail com um texto que induz o internauta a clicar em um link que acompanha a mensagem.

"Em geral, esses arquivos prometem mostrar ensaios sensuais de atrizes conhecidas ou chegam na forma de cartões virtuais animados", explica Mantovam. "Mas eles também se camuflam como informações de pendências em serviços de proteção ao crédito, vagas em programas de televisão e álbuns virtuais."

Um dos mais conhecidos é o do Serasa. A mensagem diz que o internauta está com débitos na praça e que, ao clicar no link, poderá conferir o problema. O Serasa não comunica o fato por e-mail.

Recentemente, um desses e-mails indicava o endereço para download de uma nova versão do programa de comunicação instantânea MSN Messenger, da Microsoft. Em comunicado oficial, a empresa alertou que não envia e-mails que não sejam solicitados.

A melhor maneira de evitar o golpe é ignorar e-mails do tipo ou confirmar por telefone a autenticidade. "Infelizmente, a maioria dos usuários não adota uma postura de navegação segura e continua acessando links enviados por desconhecidos", diz Mantovan.

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