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21/03/2005 - 09h43

Site de relacionamento amplia rede de contatos profissionais

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CLOVIS CASTELO JUNIOR
Colaboração para a Folha de S.Paulo

Na esteira dos sites de relacionamento --entre os quais o Orkut é o exemplo mais famoso--, começam a surgir páginas eletrônicas que podem ser úteis para quem está à procura de um emprego.

O mais ativo atualmente é a comunidade virtual LinkedIn, que traz oportunidades principalmente para quem tem nível superior.

O Brasil já ocupa a segunda posição entre os países participantes, com mais de 78 mil profissionais. Atrás apenas dos Estados Unidos e na frente de Reino Unido, França e Países Baixos.

Para o professor da FGV Management (da Fundação Getulio Vargas do Rio de Janeiro) Luiz Sakuda, a comunidade é útil por permitir a construção de uma cadeia de recomendações. "Bons contatos podem acontecer, afinal, já existe um vínculo de confiança", explica. Assim como no Orkut, novos usuários do LinkedIn precisam ser convidados por membros da comunidade.

O gerente de logística da Hewlett Packard, Rafael Vieira, 36, conta que conseguiu sua atual colocação por meio do site. "Candidatei-me e em duas semanas recebi um contato." Pouco depois de um mês de avaliações e entrevistas, Vieira foi contratado.

Já Alexandre Ferro, 32, gerente de projetos de um banco, utilizou a comunidade para ajudar um amigo a obter um novo emprego. "Em dois meses, ele estava em uma multinacional", diz Ferro.

Os convites vêm, inclusive, de outros países. "Recebi propostas da Colômbia e da Inglaterra", exemplifica Fábio Schmidt, 36, diretor da UTStarcom do Brasil.

Headhunters

Do outro lado do balcão, o perfil dos participantes também tem atraído os consultores responsáveis pela busca de candidatos. "Acesso um banco de dados com profissionais de alto nível", afirma Roberta Giuliano, 30, da Passarelli Consultores.

A diretora da Ideea Executive Search, Haidée Jacob, 36, concorda: "É possível fazer uma busca específica usando vários filtros até chegar ao perfil desejado".

De acordo com Bruno Guiçardi Neto, 33, sócio da Ci&T Software, a vantagem é poder selecionar candidatos ao receber indicações e referências de confiança. "Evitamos os "pára-quedistas'", destaca Guiçardi, que diz ter contratado mais de dez pessoas pela página eletrônica nos últimos meses.

Perfil adequado

Apesar do otimismo, não terão chances os profissionais que não tomarem precauções na hora de preencher seu cadastro, avisam os consultores. Devem estar evidentes dados como experiência, área de atuação, cargos destacados em empresas reconhecidas e, sobretudo, os resultados alcançados.

Tudo isso precisa ser exposto de forma objetiva e concisa, usando palavras-chave para facilitar a localização pelos mecanismos de busca do site. Adicionalmente, escrever em inglês é essencial para não perder oportunidades.

"O profissional será avaliado tanto por sua capacidade de síntese como por sua habilidade com línguas", explica Liliane Veinert, superintendente-executiva de recursos humanos do BankBoston.

Limitações

Apesar dos benefícios apresentados por uma rede de confiança, alguns profissionais apontam limitações nos sites de relacionamentos que podem inviabilizar seus próprios objetivos iniciais.

Para alguns consultores e diretores de recursos humanos, a política de aprovação prévia impede contatos diretos entre membros de redes distintas, o que compromete a eficácia do processo.

"Isso pode limitar a velocidade de novos e, às vezes, urgentes contatos", afirma César Augusto Costa, 37, diretor-geral da ITXC, da área de telecomunicações.

Outra crítica é a impossibilidade de limitar o envio de respostas à sessão de empregos. "Não há controle. Há uma hora em que você não quer mais receber nada", critica o superintendente do BankBoston Williams Silveira. O executivo incluiu uma vaga no LinkedIn, a fim de testá-lo.

Para Rafael Vieira, da Hewlett Packard, é importante selecionar bem as pessoas, "pois se não forem realmente confiáveis, uma recomendação desavisada pode colocar seu nome em jogo".

Além disso, os contatos da rede devem ser direcionados às áreas de interesse, como tecnologia da informação e publicidade.

Virtual e real

Juntamente com outras ferramentas como os comunicadores instantâneos, o LinkedIn amplia o alcance dos relacionamentos. Entretanto, para Luiz Sakuda, da FGV-RJ, deve haver um balanceamento entre interações virtuais e presenciais. "Encontros e almoços continuam tão importantes quanto antes", ressalta.

Além do LinkedIn, o Ecademy é outra comunidade profissional no país, com mais de 1.200 membros, segundo Octavio Pitaluga, representante do site no Brasil.

Segundo ele, a página é definida como uma plataforma de compartilhamento de conhecimento, possibilitando interações diretas por meio de "clubes" ou de comunidades de interesses específicos.

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