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25/05/2005
-
12h57
JULIANA CARPANEZ
da Folha Online
A expansão do uso da banda larga no Brasil favorece o acesso virtual a conteúdo multimídia --alternativa popular entre internautas locais, que vêem o entretenimento como uma das prioridades no uso da rede. Vídeo e áudio dividem a categoria "lazer virtual" com os blogs, fotologs, sites de relacionamento e comunicadores instantâneos, que também estão entre os queridinhos locais.
"Existe uma ênfase no entretenimento, pois a internet brasileira é muito mais criativa e comunicativa que as demais", afirma Bob Wollheim, um dos brasileiros pioneiros da rede no país, que montou a produtora Yes!Design em 1995.
Na área de entretenimento, especialistas citam os blogs e fotologs como fenômenos recentes da internet brasileira. "Esse tipo de publicação mudou o eixo da comunicação, deixando clara a importância da informação descentralizada. É a massa sem rosto falando para seus pares", diz Alexandre Sanches Magalhães, analista de internet do IBOPE//NetRatings.
Maturação
As alternativas para entretenimento se consolidaram nesses dez anos de internet comercial no Brasil, mas nem só de Orkut e comunicadores instantâneos vive a rede local.
"Chegamos ao início maturação, período em que já sabemos o que funciona na rede. A internet brasileira caminha agora para um modelo adotado nos EUA desde o início, que é valorização da oferta de serviços", afirma Wollheim.
O comércio eletrônico tornou-se parte importante desse cenário --entre 2001 e 2005, o faturamento do setor teve crescimento nominal (sem descontar a inflação) de 400%. De acordo com a e-bit, que divulgou o valor, o número de pessoas que compraram pelo menos uma vez pela web subiu de 700 mil para 3,25 milhões durante o mesmo período.
Para Magalhães, do IBOPE//NetRatings, os sites que funcionam como buscadores de preços contribuíram para uma mudança no perfil das compras virtuais. "Antes, os internautas davam prioridade às lojas virtuais conhecidas, enquanto hoje o foco é o preço", afirma.
Governo
O governo brasileiro não poderia assistir a essa evolução da internet local sem pegar uma carona no sucesso da ferramenta de comunicação. Por isso, passou a criar canais para se relacionar com os cidadãos, oferecendo serviços e informações oficiais.
Uma das iniciativas de maior sucesso é a declaração de Imposto de Renda pela internet. Essa novidade entrou no ar em 1997 e, no ano seguinte, foi utilizada por cerca de 12,5 milhões de brasileiros. Em 2005, o número de contribuintes chegou a 20,5 milhões, o que representa 98% das declarações.
Há uma tendência para que as relações entre governo e cidadão fiquem ainda mais próximas com o M-Gov (Mobile Government), uma alternativa já utilizada, mas ainda pouco divulgada. Trata-se da oferta de informações de órgãos governamentais via telefones celulares e outros equipamentos portáteis, como PDAs.
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"Existe uma ênfase no entretenimento, pois a internet brasileira é muito mais criativa e comunicativa que as demais", afirma Bob Wollheim, um dos brasileiros pioneiros da rede no país, que montou a produtora Yes!Design em 1995.
Na área de entretenimento, especialistas citam os blogs e fotologs como fenômenos recentes da internet brasileira. "Esse tipo de publicação mudou o eixo da comunicação, deixando clara a importância da informação descentralizada. É a massa sem rosto falando para seus pares", diz Alexandre Sanches Magalhães, analista de internet do IBOPE//NetRatings.
Maturação
As alternativas para entretenimento se consolidaram nesses dez anos de internet comercial no Brasil, mas nem só de Orkut e comunicadores instantâneos vive a rede local.
"Chegamos ao início maturação, período em que já sabemos o que funciona na rede. A internet brasileira caminha agora para um modelo adotado nos EUA desde o início, que é valorização da oferta de serviços", afirma Wollheim.
O comércio eletrônico tornou-se parte importante desse cenário --entre 2001 e 2005, o faturamento do setor teve crescimento nominal (sem descontar a inflação) de 400%. De acordo com a e-bit, que divulgou o valor, o número de pessoas que compraram pelo menos uma vez pela web subiu de 700 mil para 3,25 milhões durante o mesmo período.
Para Magalhães, do IBOPE//NetRatings, os sites que funcionam como buscadores de preços contribuíram para uma mudança no perfil das compras virtuais. "Antes, os internautas davam prioridade às lojas virtuais conhecidas, enquanto hoje o foco é o preço", afirma.
Governo
O governo brasileiro não poderia assistir a essa evolução da internet local sem pegar uma carona no sucesso da ferramenta de comunicação. Por isso, passou a criar canais para se relacionar com os cidadãos, oferecendo serviços e informações oficiais.
Uma das iniciativas de maior sucesso é a declaração de Imposto de Renda pela internet. Essa novidade entrou no ar em 1997 e, no ano seguinte, foi utilizada por cerca de 12,5 milhões de brasileiros. Em 2005, o número de contribuintes chegou a 20,5 milhões, o que representa 98% das declarações.
Há uma tendência para que as relações entre governo e cidadão fiquem ainda mais próximas com o M-Gov (Mobile Government), uma alternativa já utilizada, mas ainda pouco divulgada. Trata-se da oferta de informações de órgãos governamentais via telefones celulares e outros equipamentos portáteis, como PDAs.
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