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20/01/2006 - 09h42

Comércio de PCs sobe 36% com dólar fraco e isenção

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MAELI PRADO
da Folha de S.Paulo

A desvalorização do dólar e incentivos fiscais impulsionaram as vendas de computadores pessoais no ano passado no Brasil. Segundo dados preliminares da consultoria IDC Brasil, foram vendidos cerca de 5,5 milhões de PCs no país em 2005, 36,2% a mais do que o observado no ano retrasado.

É um crescimento superior às taxas observadas em anos anteriores. Em 2004, por exemplo, as vendas subiram 32% ante 2003. Em 2002, por exemplo, o percentual foi próximo a zero.

De acordo com estimativa da consultoria, o faturamento com a venda de computadores pessoais somou US$ 12,8 bilhões em 2005, o que representou 29% do faturamento da indústria de tecnologia. Em 2004, o percentual foi de 26%.

O bom desempenho do setor no ano passado é reflexo do crescimento da economia, da desvalorização do dólar ante o real e do incentivo fiscal dado pelo governo para computadores pessoais.

"O dólar muito valorizado de anos anteriores havia postergado possíveis trocas de computadores pessoais. Assim, havia uma demanda reprimida. Quando se desvalorizou, em 2005, houve um boom no consumo", diz Dênis Gaia, analista da IDC.

O incentivo fiscal --em meados do ano passado o governo zerou as alíquotas de PIS e Cofins, de 9,25%-- também barateou o produto, incentivando o consumo. "Foi uma conjunção de fatores muito positivos", diz Gaia.

Segundo ele, o bom momento no Brasil também é observado em outros países da América Latina. Na Argentina, por exemplo, a estimativa é que o crescimento de vendas observado em 2005 tenha sido de 46,8%, e no Chile, de 21,6%. Todas taxas superiores ao crescimento do mercado mundial. No último trimestre do ano passado, por exemplo, as vendas do mercado mundial subiram 17% na comparação com o mesmo período de 2004.

PC popular

O impacto do lançamento do PC popular --que no mês passado esgotou os estoques da rede varejista Magazine Luiza-- deve ser sentido somente nos resultados deste ano. Esse computador tem financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o que permite vendas com prazos longos para pagamento.

"O crescimento das vendas do PC popular deve acontecer não apenas no varejo, mas também nas pequenas revendas, que abastecem pequenas e médias empresas", diz Gaia.

Com os preços mais acessíveis, afirma, a expectativa é que gradualmente os usuários troquem os computadores montados ou "clonados" pelo PC popular.

Com o incentivo fiscal, muitas marcas estão voltando a vender também no varejo, caso da Itautec e HP, por exemplo.

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