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12/07/2006
-
10h10
SÉRGIO VINÍCIUS
da Folha de S.Paulo
Vanessa acorda no meio da madrugada angustiada. A respiração está apressada, meio ofegante. Sem pensar direito, levanta-se. Liga o computador. Conecta-se à internet. Checa os e-mails. Desliga a máquina. Aliviada e com a respiração novamente compassada, volta para a cama. De manhã, os sintomas se repetem até ela ligar a máquina novamente.
Vanessa é um nome fictício. Seu procedimento, não. Ele resume o que pessoas viciadas em internet sofrem: a compulsão por estar diante de um computador conectado à rede. O uso prolongado e contínuo da internet pode afastar pessoas do mundo real, atrapalhar o rendimento escolar ou profissional, causar danos físicos e psicológicos e até mesmo matar.
No mundo, há entre 50 milhões e 100 milhões de viciados em internet. Isso corresponde entre 5% e 10% do total de internautas do planeta, segundo artigo da pesquisadora Diane Wieland publicado em maio na revista "Perspectives in Psychiatric Care".
Embora não haja estudo conhecido sobre o assunto exclusivamente sobre o Brasil, o tema é tratado com seriedade no país. Em São Paulo, há serviços que cuidam de pacientes que deixaram a internet tomar conta de suas vidas.
O Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad), do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo, usa psicoterapia para tratar doentes.
Outra iniciativa é o trabalho feito pelo Núcleo de Pesquisas em Psicologia e Informática da PUC, que atende diariamente a pacientes por e-mail e tem um núcleo que visa estudar o comportamento dos netviciados.
Na clínica da PUC, os internautas podem ser tratados sem se identificar, protegidos pelo anonimato que a internet oferece. Rede que, ironicamente, pode servir de auxílio para tratar do vício que ela possibilitou.
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da Folha de S.Paulo
Vanessa acorda no meio da madrugada angustiada. A respiração está apressada, meio ofegante. Sem pensar direito, levanta-se. Liga o computador. Conecta-se à internet. Checa os e-mails. Desliga a máquina. Aliviada e com a respiração novamente compassada, volta para a cama. De manhã, os sintomas se repetem até ela ligar a máquina novamente.
Vanessa é um nome fictício. Seu procedimento, não. Ele resume o que pessoas viciadas em internet sofrem: a compulsão por estar diante de um computador conectado à rede. O uso prolongado e contínuo da internet pode afastar pessoas do mundo real, atrapalhar o rendimento escolar ou profissional, causar danos físicos e psicológicos e até mesmo matar.
No mundo, há entre 50 milhões e 100 milhões de viciados em internet. Isso corresponde entre 5% e 10% do total de internautas do planeta, segundo artigo da pesquisadora Diane Wieland publicado em maio na revista "Perspectives in Psychiatric Care".
Embora não haja estudo conhecido sobre o assunto exclusivamente sobre o Brasil, o tema é tratado com seriedade no país. Em São Paulo, há serviços que cuidam de pacientes que deixaram a internet tomar conta de suas vidas.
O Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad), do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo, usa psicoterapia para tratar doentes.
Outra iniciativa é o trabalho feito pelo Núcleo de Pesquisas em Psicologia e Informática da PUC, que atende diariamente a pacientes por e-mail e tem um núcleo que visa estudar o comportamento dos netviciados.
Na clínica da PUC, os internautas podem ser tratados sem se identificar, protegidos pelo anonimato que a internet oferece. Rede que, ironicamente, pode servir de auxílio para tratar do vício que ela possibilitou.
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